Menu

Gladson Cameli abre o jogo sobre sua candidatura ao governo em 2018

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​


Se havia alguma dúvida, não há mais: o senador Gladson Cameli (PP) será candidato ao governo acreano na eleição do próximo ano. Numa entrevista exclusiva à coluna, a primeira após a primeira reunião da oposição, Gladson se mostrou muito tranqüilo, ponderado e convicto do que quer. Passou a imagem de um político desprovido de revanchismo, embora seja alvo preferencial dos ataques do PT. Falou sobra campanha, a ferrenha disputa pelas vagas do Senado dentro da oposição, como conduzirá a escolha do seu vice, como vê a oposição, e a onda dos seus aliados de que já ganhou a eleição. Abaixo, como foi a conversa ontem pela manhã no seu apartamento:


CANDIDATURA AO GOVERNO- Está decidido, é uma opção pessoal e pelos pedidos que recebo por onde passo, é uma decisão pensando no povo acreano, porque se assim não fosse continuaria o meu mandato, do qual restam ainda seis anos. A candidatura é por opção política.


VICE DA CHAPA- Não convidei, não escolhi ninguém e nem autorizei ninguém a dizer que será o meu vice. Será uma escolha discutida entre os partidos, dentro de uma composição de forças e em cima de uma discussão franca. Não foi ainda aberta essa conversa.


PERFIL DO VICE– Um nome que traga além da confiança a experiência, para não ficar só uma chapa com dois candidatos jovens.


DISPUTA DO SENADO – Não vou me meter nesta disputa, os candidatos terão que se entender.  Mandei fazer uma pesquisa em todos os municípios acreanos para saber quais os preferidos para o governo e para senador. Vou liberar para publicação e o candidato ao Senado poderá ter uma base de como está a sua popularidade. Para deixar o resultado bem amplo nenhum município deixará de ser pesquisado.


A SUA FIGURA TEM SIDO ALVO DO PT, CHEGANDO AO GOVERNO HAVERÁ O CHAMADO TROCO? – De maneira alguma. Se eu for eleito vou administrar o Acre sem olhar pelo retrovisor, mas pensando num futuro melhor para os acreanos. Não usarei o método do PT.


QUEM FALA PELA SUA CANDIDATURA AO GOVERNO? – Eu.


COMO É QUE VOCÊ SE SENTE SENDO ALVO DO PT?– Chegou a uma situação que estou evitando até ir a um restaurante, porque aonde chegava tinha sempre alguém me filmando. Esse é o método do PT.


COMO VOCÊ RESPONDE ÁS AGRESSÕES DOS ADVERSÁRIOS? – Respondo com a justiça, estou com várias ações contra alguns deles, vieram me pedir para retirar, mas vou deixar até que saiam as sentenças, para que sirvam de exemplo.


COMO FOI SENTAR COM O GOVERNADOR TIÃO VIANA, APÓS A DISCUSSÃO QUE TIVERAM? – -Foi uma reunião para tentar colocar fim a esta violência que domina o Estado. Mostrei também a ele que, não somos concorrentes, pelo fato de que nem candidato ele será em 2018. Não guardo mágoa de ninguém. Estou para ajudar.


QUAL A CHANCE DA SUA CANDIDATURA ESBARRAR NA LAVA-JATO? – Zero possibilidade em trilhões. Isso não tem a menor chance de acontecer.


Opinião da coluna

Fazia muito tempo que não encontrava o senador Gladson Cameli (PP) para uma conversa política. O que achei? Que está muito centrado no que quer, equilibrado, condenando o “já ganhou” de alguns aliados, sem aquele ranço de vingança se chegar ao poder e consciente que a eleição se ganha na urna. Bem diferente da sanha do radicalismo de alguns setores da oposição.


Cada qual com seu cada qual


Este projeto do deputado federal Léo de Brito (PT) para que a União repasse aos Estados o que estes gastam em programas de obrigação do governo federal faz muito sentido. O Acre, por exemplo, que vende o almoço para comprar a janta, não pode bancar a segurança das fronteiras, que não é a sua competência constitucional.  Cada qual com o seu cada qual.


Pergunte para ele


O deputado federal Major Rocha (PSDB) encontrou comigo e surpreso com a calma do governador Tião Viana, na reunião com a bancada federal, me perguntou se sabia se ele tinha tomado chá de erva cidreira. Como não encontro o Tião quase um ano, não freqüento seu gabinete, não tive como lhe responder. Sugeri que perguntasse ao próprio governador.


Marcus fora da disputa


Um parlamentar petista amigo meu revelou ontem que, na última reunião da cúpula do PT no “Hotel Confort”, o prefeito Marcus Alexandre comunicou, oficialmente, que decidiu cumprir o restante do seu mandato e descartou uma candidatura ao governo. “E falou sério”, destacou.


Posição de equilíbrio


O prefeito Marcus Alexandre é muito equilibrado. Sabe que toda eleição é diferente. Teria que deixar o mandato seis meses antes e sem a garantia que estaria com a vaga de governador certa. Se encerrar o mandato na popularidade que se encontra ficaria muito forte para outros embates. Abandonar o mandato pela metade poderia contrariar os seus eleitores.


Com que roupa vai o PT?


Perguntei ao parlamentar petista que me passou a informação que o prefeito Marcus Alexandre não será candidato a governador por decisão própria, com qual roupa então iria o PT para a eleição do próximo ano. Resposta: “só temos o Ney Amorim, a Nazaré Araújo e o Raimundo Angelim”. Mas não soube precisar qual dos nomes seria o pinçado.


Não pode ter pressa


O deputado Ney Amorim (PT) está no seu momento político. Avalio que tem a maturidade suficiente para ver como se comportarão as pesquisas para o governo até o meado do próximo ano, quando se poderá ter uma noção aproximada do que pensa o eleitorado.


  Aliança em formação


O ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) trabalha para que, o SOLIDARIEDADE, PPS e PTB façam uma aliança para a disputa de 2018. Já teria convencido o ex-deputado federal Junior Betão a sair candidato pelo PTB. Com esta coligação quer formar chapas proporcionais competitivas para a eleição do próximo ano.


Ninguém pode ser contra


Aumento salarial ou reposição de perdas inflacionárias, não importa a nome do projeto do governo a ser apreciado pelos deputados, não acredito que em tempo de crise econômica um deputado tenha a coragem de ser contra ainda que, o acréscimo salarial fosse de um centavo.


Não pode simplesmente ser contra


Não se pode simplesmente ser contra um reajuste salarial para os funcionários estaduais por questões políticas. Estas devem ser resolvidas no palanque da eleição de 2018.


Alternativa aceitável


Foi uma alternativa aceitável a aprovação do projeto do prefeito Marcus Alex Andre, que não concedeu o aumento de 4 reais a passagem e 1,90 para os estudantes, pedido pelos empresários dos transportes coletivos. Ficou no aceitável patamar de 3,50 e 1 real estudante.


Furou o bolo


Os vereadores N.Lima (DEM), Roberto Duarte (PMDB), Célio Gadelha (PSDB), Emerson Jarude (PSL) e Lene Petecão (PSD) votaram contra. Político tem que ter posição. Da oposição só não vou contra o vereador Clésio Moreira (PSDB), que resolveu ficar em cima do muro, se abster de dar o seu voto.


O fusca rendeu


O “Dia do Fusca” foi o projeto mais relevante da ex-vereadora Roselane Sport (PRP). Perdeu a eleição com 166 votos, mas não ficou desamparada: ganhou um cargo de 5 mil reais na PMRB.


Melhor que faz


O ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, saiu de cena após a vitória do seu candidato Ilderlei Cordeiro (PMDB). O melhor que faz é ficar mesmo longe da nova administração e dar uma mergulhada, até para  um refresco à imagem política.


Não me perguntem


O PMDB diz que o candidato ao Senado, se não for o Vagner Sales será o deputado federal Flaviano Melo. O senador Sérgio Petecão (PSD) está no mandato. E tem ainda Tião Bocalon (DEM), Márcio Bittar (PSDB) e o Major Rocha (PSDB), e não me perguntem qual a fórmula para a oposição fechar em apenas dois candidatos a senador. Não saberia responder.


Não me convidem para juiz


Uma fonte do PT me passou a informação que, são azedas as relações entre o deputado Lourival Marques (PT) e o secretário Nil Figueiredo. O Nil é mestre em Karatê. Será por isso que o Lourival está tendo aulas de MMA, numa academia do Bosque? Coincidência?


Prestígio em alta


Ouvi ontem de três velhos amigos da Polícia Militar que, os dois nomes mais em alta política dentro da corporação são o do Coronel Ulisses e o do deputado federal Major Rocha (PSDB).


Seguindo o Regimento Interno


O presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Manoel Marcos (PRB), tem se comportado como deveria se comportar todos os que dirigem um órgão do Legislativo, com isenção, como um magistrado. Perfeita a sua conduta nos embates sobre o aumento do preço das passagens e da criação da CEI. Deixa rolar livremente os debates.


O FATO DA SEMANA
A reunião da bancada federal com o governador Tião Viana, organizada pelo senador Sérgio Petecão (PSD),  pode ser considerada o fato político da semana, por ser a primeira vez que isso ocorre após as turbulências da eleição e dentro de um clima de muita cordialidade. O mais relevante não foi só a civilidade do encontro, mas, o fato de que foi por uma causa que aflige a população acreana, a violência que dominou, principalmente, a capital. Que os 70 milhões de reais programados para serem liberados através de emendas parlamentares, saiam do mundo das promessas e caiam na conta do sistema público de segurança. A sociedade clama por paz.


Participe do grupo e receba as principais notícias na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.