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A oposição erra ao discutir nomes e não projetos para o Acre em 2018

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A credibilidade é essencial na política para o êxito eleitoral. Ainda mais num Estado que está sendo governado pelo mesmo grupo político há 18 anos. Essa longevidade no poder garantiu à FPA algumas conquistas sociais e também uma certa segurança relativa a alguns setores da gestão que influenciam os acreanos. Entre elas destaco um fator que seria uma simples obrigação, mas que no Acre tem um valor inestimável: o pagamento dos salários dos servidores em dia. A economia do Estado depende disso. E os governos petistas conseguiram ao longo desse tempo manter a folha paga. A disputa para o Governo passa por aspectos que tocam o inconsciente coletivo da população. Por isso, as candidaturas precisam conter uma certeza de que a possível mudança será segura. Se essa premissa não for atendida podem se preparar para a derrota. Ninguém vai querer trocar o certo pelo duvidoso. Mesmo que o atual Governo petista não agrade em vários outros setores e esteja naturalmente desgastado. É justamente por isso que a oposição começou novamente de maneira equivocada as suas articulações visando as eleições gerais. Se preocupam demasiadamente em debater nomes de candidatos. Desfecham uma batalha insana num jogo de personalidades e interesses pessoais que não são saudáveis ao processo de transformação social. Deveriam estar debatendo um projeto global para o Estado que passa não só pela escolha de um candidato ao Governo, mas por toda uma base política de sustentação com senadores, deputados federais e estaduais qualificados. Mais ainda: elaborar projetos para a saúde, educação e segurança. Como construir uma casa sem um alicerce bem estruturado? E o alicerce é justamente um projeto de gestão e transformação social que traga uma mensagem de confiança e credibilidade aos eleitores. Sem isso, estão debatendo como construir casas nas areias dos nossos rios amazônicos que na primeira cheia serão arrastadas pelas correntezas.


Tudo interligado

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As candidaturas ao Senado não devem atender simplesmente ambições pessoais. Mas fazerem parte desse projeto político para governar o Acre a partir de 2019. E os debates internos devem contemplar as necessidades prementes da população. É preciso um plano de voo para não se pegar um avião sem combustível e um piloto desqualificado.


Ainda mais…


O mesmo vale para as candidaturas a deputado federal. Para o Acre um representante na Câmara Federal tem quase a mesma importância de um senador ou prefeito. São esses os parlamentares que viabilizam recursos complementares para o bom andamento do Estado e das prefeituras. Afinal são apenas oito vagas na Câmara.


A reboque do poder


A ALEAC, infelizmente, tem funcionado como um apêndice do Poder Executivo. Aquilo que o Governo envia para os parlamentares estaduais é aprovado “quase” sem debate. Primeiro os interesses partidários e pessoais dos cargos na estrutura governamental. Bem depois a população. Ou não é assim?


Cartas marcadas


Como a maioria dos deputados estaduais têm sido governistas aprovar projetos do Executivo é empurrar bêbado ladeira abaixo. Aqueles que se rebelam perdem os cargos que são uma garantia para as “possíveis” reeleições. Um atentado à democracia acreana.


O outro lado da moeda


Por sua vez, o PT se quiser continuar governando o Acre terá que rever suas posturas. Sobretudo, a arrogância e o desprezo em relação as outras forças políticas de oposição. A FPA precisa se renovar profundamente. Mudar seus paradigmas e entender que o momento político do país é outro.


Distanciamento


As vitórias seguidas, algumas ajudadas pelos erros da oposição, deram uma autoconfiança perigosa aos petistas. A verdade é que se distanciaram da população. Criaram um bomba relógio que será detonada em algum momento pela insatisfação gerada. Sinceramente só não sei se essa explosão acontecerá em 2018.


Experiência desprezada


O político mais experiente da oposição é o deputado federal Flaviano Melo (PMDB). Já foi governador, prefeito da Capital e senador. Ao invés de ter se tornado um guru para os políticos mais jovens, às vezes, é acusado de ser ultrapassado. Ele poderia e deveria ser mais ouvido. Experiência é uma virtude do conhecimento e não um fardo para ser descartado.

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Vale o mesmo


Por sua vez a FPA tem no senador Jorge Viana (PT) o seu político mais experiente. O mesmo desprezo pela sua experiência acontece por parte de alguns petistas da nova geração. E não me façam escrever os nomes e personalizar essa postura.


Questão de equilíbrio


Não quero dizer que Flaviano Melo e Jorge Viana devam dar ordens a serem seguidas sem questionamentos. Muito menos que devem dar ordens. Mas a experiência de políticos assim deve ser ouvida e levada em consideração e não desprezadas.


Plano B em ação


O presidente da ALEAC, Ney Amorim (PT), se move politicamente para ser candidato a algum cargo majoritário, governador ou senador. Vai tentar se viabilizar usando a poderosa estrutura da Casa Legislativa. Quem sabe fazer aquilo que Edvaldo Magalhães (PC do B) não soube, apesar de ter feito a melhor gestão da história da ALEAC.


Direito de resposta a Bestene


O presidente do PP, José Bestene, questionou o deputado federal Major Rocha (PSDB). O tucano disse que Bestene estaria projetando uma futura eleição a deputado estadual e presidente da ALEAC. Inclusive, já oferecendo cargos. Bestene me enviou uma mensagem: “Quero que o Rocha mostre para quem já ofereci cargos na futura gestão da ALEAC?” Acho que o presidente do PP está sendo diplomático. Poderia ter respondido de maneira mais incisiva, mas sabe que a sua missão é aplainar os caminhos de uma possível futura candidatura do senador Gladson Cameli (PP). Se jogar pesado contra “aliados” será carta fora do baralho. Afinal, política se faz unindo e não espalhando.


 


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