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Traições, circo, reviravolta e idade definiram eleição da Amac

A eleição para a presidência da AMAC, que até ontem o prefeito Marcus Alexandre (PT) era o favorito para permanecer no cargo, teve componentes de última hora que mudaram a configuração da eleição: uma das mais importantes foi a entrada em cena do senador Gladson Cameli (PP), que passou o dia cabalando votos, transformando a escolha de um cargo técnico numa disputa entre oposição e o PT, o que fugia do contexto. A oposição sabia que o prefeito de Porto Valter Zezinho Barbary (PMDB) não voltaria atrás na decisão de ser vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre (PT). Somados os votos estava configurado o empate. A oposição então colocou a prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino (PSD), como candidata à presidência, que, por ela ser mais velha, o Estatuto da AMAC previa que, o desempate se daria pela idade. A eleição se decidiu no momento em que o prefeito André Maia (PSD) votou. Ele até momentos antes da votação tinha garantido seu voto no prefeito Marcus Alexandre (PT), tanto que mantinha o seu nome na chapa. Quando chegou sua vez de votar, silêncio geral:  André votou na prefeita Marilete (foto) e decidiu a presidência. Os petistas saíram resmungando com o que consideram uma “traição” do prefeito André. A disputa teve todo clima de uma eleição parlamentar. Foi um circo. E vista como a primeira vitória da oposição sobre o PT em anos.


Temor pelo voto
Antes de a votação começar o vereador Roberto Duarte (PMDB) e Pádua Bruzugu (PMDB), comentavam baixinho perto de onde me encontrava: “o André Maia vai com o PT”, lamentavam. Quando André votou na prefeita Marilete Vitorino (PSD) comemoraram.


Grande responsabilidade
O prefeito Marcus Alexandre (PT) foi um grande gestor da AMAC. O que se espera é que a agora presidente Marilete Vitorino (PSD) não coloque em cargos chaves do órgão, afilhados incompetentes, mas faça a opção pelo lado técnico, porque a AMAC é de prefeitos de todos os partidos. Durante a presidência do Marcus foram elaborados 1072 projetos, beneficiando todos os municípios.


Dupla responsabilidade
A prefeita Marilete Vitorino (PT) tem agora dupla responsabilidade: administrar bem a prefeitura de Tarauacá e também a AMAC. Não sei se dirigir a AMAC será bom para quem tem um município problemático e quebrado para gerir, tendo que agora investir na AMAC.


Um cidadão de caráter
Neste contexto da eleição não posso deixar de ressaltar o caráter do prefeito de Porto Valter, Zezinho Barbary (PMDB), que resistiu a todas as pressões para não apoiar o prefeito Marcus Alexandre (PT), mas preferiu manter a palavra empenhada do voto, mostrando ter seriedade.


Homem de palavra
Muito comedido, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, comentou a postura do prefeito de Porto Valter, Zezinho Barbary (PMDB), de votar em Marcus Alexandre (PT), com uma frase curta: “o Zezinho é um homem de palavra, não ia mudar a sua posição”. E foi o que se viu.


Jogou com o regulamento
Sabendo que tinha os prefeitos mais velhos a oposição foi inteligente e jogou com o regulamento, lançando a prefeita Marilete Vitorino(PSD) mais velha do que o prefeito Marcus Alexandre (PT).


O lado político
Sempre vi a eleição da AMAC como a escolha de um presidente de um órgão técnico. Mas o Acre respira política e a após a votação a oposição comemorou a eleição da prefeita Marilete Vitorino (PSD) como uma vitória do senador Gladson Cameli (PP) sobre o prefeito Marcus Alexandre (PT), que podem se encontrar em 2018 na disputa do governo estadual. Claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra.


Profundamente abatido
O prefeito Marcus Alexandre (PT) não conseguiu esconder na fisionomia o seu abatimento com o resultado. Nunca esteve nas suas contas perder e que a escolha da direção de um órgão sério fosse transformada numa disputa política partidária, com cabos-eleitorais e até torcida. Mas é da política de que numa disputa o que importa é ganhar. E nesta, ele perdeu.


Xingamentos duplos
Nos bastidores o que se ouviam eram xingamentos de petistas ao prefeito André Maia (PSD), o chamando de “traidor”, a quem tinham como voto certo; e de peemedebistas indignados, também chamando o prefeito Zezinho Barbary (PMDB) de “traidor”, por ter votado na reeleição do prefeito Marcus Alexandre (PT). Isso mostrou como foi partidarizada a disputa.


Reflexo zero
O resultado da eleição da AMAC na disputa de 2018 é zero. Os 12 prefeitos da oposição apoiarão o candidato ao governo senador Gladson Cameli (PP) e os 10 prefeitos da FPA estarão no palanque do nome que vir a ser lançado para governador. Assim é o jogo da realidade.


Faz parte do jogo
O ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), comentou ontem que vê como normal o fato da oposição ter cinco candidatos a senador, porque é um direito dos partidos, e que este tipo de questão só deve ser discutido no próximo ano.


PMDB terá candidato
Sobre a participação do PMDB na eleição para o Senado, o ex-prefeito Vagner Sales foi categórico, ao afirmar que: “o candidato tanto poderá ser eu como o Flaviano Melo”.


Turrão, mas sério
Leio uma acusação de que o prefeito de Capixaba, Vareda (PR), sumiu com 60 mil reais da prefeitura. O Vareda é uma figura grosseira; mal educado mesmo, mas ele é honesto.


Bem mais propositivo
Neste pouco tempo em que se encontra como deputado federal, Moisés Diniz (PCdoB), tem sido mais propositivo que o longo período do titular do mandato, deputado Sibá Machado (PT). E ontem foi protagonista de um ato raro na política: saiu na defesa do deputado federal Major Rocha (PSDB), inimigo número um do governo estadual, de uma acusação que saiu no “Jornal Nacional” sobre uso de notas fiscais, que considerou um simples erro. Política grande!


Não escondo fatos positivos
Costumo ser justo e não escondo fatos positivos deste governo. Por isso ressalto como muito positiva a ação do governador do Estado em ajudar a trazer para Rio Branco uma unidade avançada do Hospital de Barretos, especializado em oncologia, o SAMU aéreo e sedimentar em Cruzeiro do Sul o tratamento de oncologia. São ações que merecem ser ressaltadas.


Outro departamento
Tenho minhas críticas ao governo estadual, mas não entro no refrão do quanto pior, melhor.


Sistema de segurança
Tenho feito críticas ao sistema de segurança, mas não deixo nunca de reconhecer a ação dos policiais no combate ao crime e torço para que o secretário Emylson Faria consiga devolver a paz aos lares acreanos, principalmente, na capital, aonde os assaltos às residências recrudesceram. Porque se conseguir debelar a violência quem ganha é a sociedade. É a lógica.


Patrulhamento
O fato do prefeito de Senador Guiomard, André Maia (PSD), ter procurado o setor de Finanças da prefeitura da capital com os seus técnicos para conhecer experiências bem sucedidas da PMRB, é elogiável. Não é por isso que o André deixará de ser oposição, criticar sua ação de buscar informações, é um patrulhamento infantil. Não importa a gestão da PMRB seja petista.


Banquete das abelhas
No mês de dezembro o ex-presidente da Câmara Municipal de Brasiléia, vereador Mario Jorge (PMDB), gastou 14 mil litros de gasolina e 183 quilos de açúcar. Ou fez um festival de algodão doce ou fez um banquete para as abelhas da região. É muito açúcar em tão pouco tempo.


Não poderá ser visto como represália
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, investia mensalmente 80 mil reais na AMAC. É natural que reduza o investimento e que o maior investidor passe a ser a prefeitura de Tarauacá, através da nova presidente, Marilete Vitorino (PSD). Não se trata de represália.


Não sanciona os 4 reais
Uma fonte bem próxima do prefeito Marcus Alexandre (PT) me disse que ele só sancionará a decisão do Conselho Tarifário se vier abaixo dos 4 reais pretendidos pelas empresas de ônibus.


Carne e unha
A publicitária Charlene Lima e o senador Gladson Cameli (PP) estão carne e unha na política. Em todas as reuniões políticas no interior programadas pelo senador Gladson, ela está junto. Estiveram em Brasiléia, Sena Madureira, e a Charlene discursa sempre na defesa de mudança de governo. É uma das defensoras mais ferrenhas da candidatura Gladson ao governo.


Crucificação boba
Não se tratava de uma eleição partidária. Não sei porque esta crucificação do prefeito Barbary, pelo simples fato de cumprir a palavra empenhada. É, talvez, por cumprir palavra ser raro entre os políticos, Vejo a atitude deste moço como uma virtude e não como traição.


Duas coisas distintas
A secretária de Comunicação, Andréa Zilio, diz que o governador mandará grafiteiros exercer a arte (deve ser em locais públicos) para contrapor ao prefeito de São Paulo, João Dória, que diz ela, que os persegue. Está confundindo: o Dória combate os “pichadores” e não os grafiteiros, São duas coisas completamente distintas.


O Acre é impressionante
No Acre, até partida de peteca vira num embate entre o PT e os partidos que são contra o PT. Foi o que se viu ontem na eleição da AMAC, transformada num circo político, como se fosse uma eleição para governador ou senador, com direito a acordos de bastidores cumpridos e não cumpridos. Não passava de uma eleição para a presidência da Associação dos Prefeitos do Acre, um órgão técnico, mas falou em disputa o acreano faz política. Alguns podem dizer que foi uma vitória da oposição, de certa parte sim, porque fez o presidente, mesmo que o quesito tivesse sido o de maior idade. Para 2018, a eleição da AMAC não terá nenhum reflexo e foi apenas um simbolismo. Mas para quem perdia tudo, natural comemorar. Nada a condenar.


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