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Num ano de cão, bandidos dominaram a cidade em 2016

2012_janeiro_thumbnails_emilson_farias_coletiva_foto_sergio_vale_1O que a imprensa vinha mostrando no cotidiano, uma cidade dominada pelos bandidos, com assaltos às residências, roubos de veículos, furtos, latrocínios, uma polícia impotente por estar desaparelhada, as facções praticamente ditando normas de conduta, foi confirmado nos números mostrados ontem pelo secretário de Segurança, Emylson Farias. Em 2016 aconteceram 301 mortes violentas no Acre, um recorde. Como exigir que um profissional esforçado e competente, como o Emylson (foto), pudesse  cobrar um melhor desempenho de seus comandados, com racionamento de gasolina, boa parte das frotas de carros e motos quebrados e jogados na garagem, não recuperados por faltas de recursos, coletes vencidos e armas ultrapassadas? Fez o que dava. Só alguns babões ainda engrossaram o coro de uma avaliação fajuta que a capital era a quarta mais segura do Brasil. Ressalte a honestidade da equipe de segurança ao revelar para os jornalistas os números reais e o que se pretende fazer em 2017 para reverter a onda de violência que varreu o Acre e, principalmente, Rio Branco. E por uma negra ironia, a coletiva caminhava para o fim quando mais um PM foi morto na cidade em um assalto. Mais um para o rol de mortes em assalto em plena luz do dia.


Uma polícia mais presente
Os planos anunciados para 2017 deixam uma ponta de esperança de reversão do quadro violento. Serão investidos 18,2 milhões de reais no sistema se segurança. Já em fevereiro chegarão 50 novas viaturas, o que poderá tornar a presença policial mais efetiva. Uma polícia mais presente nos bairros pode não resolver o problema, mas inibe a ousadia dos bandidos.


Presídio federal
Cabe ao governador esquecer um pouco a questão partidária, pedir uma reunião com toda a bancada federal e encetarem uma luta para que seja criado um presídio federal para colocar os chefes de facções com um regime diferenciado. Porto Velho tem, por que não o Acre?.


Idade da pedra
O que não é mais aceitável é que não se tenha um completo sistema de monitoração eletrônica de quem entrar nos presídios. Ou vamos continuar a enxugar gelo, apreendem 50 celulares em um dia e no outro dia já tem 100. Estamos na idade da pedra das revistas. Se a polícia tiver o domínio dos presídios dá um grande passo, é de lá que planejam muitas ações.


Todos presos
Chega a notícia que os envolvidos na morte do policial militar já foram presos.


Deputado federal
Com a eleição do aliado Mazinho Serafim (PMDB) para a prefeitura de Sena Madureira o deputado Gehlen Diniz (PP) decidiu disputar uma cadeira de deputado federal em 2018.


Político do ano
Pode se buscar qualquer ângulo de análise que se chegará sem temor de errar a um porto: o prefeito Marcus Alexandre (PT) é o político destaque de 2016. Reelegeu-se com o seu partido numa condição popular adversa e impôs à oposição a sua maior derrota para a prefeitura da capital. E inovou na campanha, deixando longe todos os medalhões do seu partido.


Um nome muito forte
Marcus Alexandre tem reiterado que cumprirá o seu segundo mandato. O certo é que em toda discussão que for aberta sobre a sucessão estadual a partir do ano que chega, o seu nome vai aparecer na mesa, porque é o mais forte que tem o PT. É natural que ocorra pela conjuntura.


Ney Amorim
Com Marcus Alexandre fora do páreo por opção pessoal, não existe outro nome mais palatável e melhor de ser trabalhado no PT do que o do deputado Ney Amorim (PT). É jovem, foi o mais votado entre os deputados estaduais e a maior parte de sua votação aconteceu no interior.


Nenhum com perfil
Na equipe do governador não há um secretário que tenha o perfil para a disputa do governo. No máximo, a bela e recatada vice-governadora Nazaré Araújo, que poderia ser bisada.


Senador gladson cameli
Na oposição o senador Gladson Cameli (PP) é consenso para ser o candidato ao governo em 2018. Um novo nome só será discutido se por algum motivo não quiser ser. Veio de uma estupenda votação para o Senado e em todas as pesquisas aparece sempre em alta aceitação.


Jorge Viana
O senador Jorge Viana (PT) é o político acreano que viveu os momentos mais conturbados da política nacional, no confronto entre STF e Senado, no episódio Renan Calheiros (PMDB). Hábil na intermediação, ele foi decisivo para que a crise não se agravasse entre Judiciário e Legislativo. O episódio fez com que fosse manchete nos grandes meios de comunicação.


Um secretário a se destacar
Uma escolha difícil pela raridade. Mas se tiver que apontar um secretário de governo que mais se esforçou para cumprir a sua missão em uma das pastas mais delicadas de uma administração, apontaria o secretário de Saúde, Gemil Junior. Nunca se escondeu de uma resposta. E procurou resolver todas as cobranças que lhe foram feitas. Um segundo seria o diretor do DETRAN, Pedro Longo, pela modernização do órgão tornando-o mais próximo do público.


Serão cobrados
Um amigo da cúpula tucana conta que a bancada de vereadores do PSDB na Câmara Municipal de Rio Branco terá que se comportar como oposição pura. O presidente Major Rocha (PSDB) promete acompanhar de perto o comportamento dos vereadores tucanos para evitar desvios.


Jorge Viana e gladson cameli
O senador Jorge Viana (PT) pela sua intervenção nas grandes questões nacionais e o senador Gladson Cameli (PP) no coroamento da luta para a recuperação da BR-364 merecem registro positivo em 2016. Gladson, por sua vez, cumpriu à risca o seu papel de fazer oposição.


Prefeito do interior
Tal a sua dimensão que fica até sem graça escolher o melhor prefeito do interior: prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), que fechou seu ciclo de mandatos consecutivos derrotando o PT em três disputas para a prefeitura do município e elegendo a filha Jéssica Sales (PMDB) deputada federal. O PT virou freguês do Vagner nas eleições do Juruá.


Foi uma guerreira
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) foi uma guerreira. Perdeu por uma larga diferença de votos, mas dentro de uma conjuntura de uma oposição dividida e os que ficaram ao seu lado sem uma dedicação exclusiva na campanha. Sentiu na pele ser candidata de uma oposição esfacelada.


Boa cagão
A “Fazenda Boi Cagão” mais uma vez foi palco de churrasco e muita cerveja. Ontem, apoiadores da reeleição do senador Sérgio Petecão (PSD) se reuniram para bebemorar.


Criticar por criticar não resolve
A partir de janeiro os prefeitos eleitos esqueçam o disco furado de ficarem criticando os seus antecessores e de que estão recebendo prefeituras quebradas. Durante a campanha prometeram ao eleitor que tinham solução para tudo, como forma de conquistar seus votos.


Muito simples
Para o futuro presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, Manuel Marcos, se sair bem é simples. Primeiro entender que é presidente de um poder e não de uma aliança. Deixar os debates fluírem livremente no plenário sem amarras. E podar as viagens de turismo na casa.


Faz muita política
O deputado Jairo Carvalho (PSD) fez o trivial para quem se elegeu pela oposição: fiscalizar e cobrar do governo. E agiu de forma acertada para quem aspira a reeleição, visitou comunidades isoladas, não se limitando aos debates da tribuna, enfim, projetou a imagem.


Reforma política
Não fazer uma Reforma Política foi o grande mal que os detentores de mandato fizeram para o país. Hoje temos mais de 30 partidos políticos, com a grande maioria servindo apenas como balcão de negócios aos seus donos e prepostos. Se isso não acabar a patifaria descoberta na Lava Jato tenderá a se repetir no futuro. Ou se reduz o número de partidecos ou nada muda.


Predominância masculina
A política continua tendo a predominância dos homens. Apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas, a Fernanda Hassem (PT) em Brasiléia e, a Marilete Vitorino (PSD), em Tarauacá.


2016, o ano que não acabou
O ano político que se encerra foi um pesadelo para a classe política. A Lava Jato colocou à mostra às vísceras das relações promíscuas entre a classe empresarial e a classe política. Reputações foram derrubadas. Políticos foram presos. Outros se tornaram réus. Uma presidente foi deposta. E o pior está por vir, quando agora em 2017 forem revelados os depoimentos das delações da Odebrecht. Num castelo moral já em ruínas poderá sobrar pouca coisa de pé. Os grandes nomes da política nacional irão para a lama. 2016 é um ano que não acabou, 2017 será a sua continuidade na política. Para os meus leitores um grande abraço, muito respeito. Cada coluna é sempre um aprendizado. Esperança sempre, Feliz 2017!


 


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