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Gratas surpresas da Assembleia Legislativa do Acre

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Tivesse que pinçar dois destaques desta legislatura que findou na Assembléia Legislativa, sem o mínimo temor de estar sendo injusto, apontaria o deputado Gehlen Diniz (PP) pela oposição e o deputado Daniel Zen (PT) pela base do governo. Gehlen cumpriu à risca o seu papel de fiscalizar os atos do governador e seus secretários, criticou, denunciou sem trégua, agiu como deve agir todo parlamentar oposicionista. Pela FPA, surpreendeu o deputado Daniel Zen (PT). Atuou na defesa dos atos do governo sem histeria, com dados, numa fala ponderada, calma, mas segura. Fugiu daquele padrão tradicional de quem ocupa a liderança governamental do bate-boca rasteiro e do espetáculo deprimente. Ghelen e Zen foram as gratas surpresas, ambos em primeiro mandato, mas agindo na tribuna com desenvoltura. O que marcou ainda  mais de forma positiva a ambos foi o fato de manter o alto nível em todos os debates.


Formas de cumprir um mandato
Há formas diferentes de cumprir um mandato. Há os que atuam também fora do plenário. Neste ponto não pode deixar de ser citado o presidente da Comissão de Segurança da Aleac, deputado Heitor Junior (PDT), que denunciou a violência, o sistema de segurança, promoveu debates e conseguiu trazer para a Saúde os medicamentos de ponta no combate à hepatite C.


Entre as mulheres
As deputadas Juliana Rodrigues (PRB), Leila Galvão (PT) e Maria Antonia (PROS) são todas nota dez no quesito cordialidade e educação. Mas, das mulheres a que mais se destacou na tribuna foi a deputada Leila Galvão (PT). Melhorou muito, mas precisa ser menos paroquial nos temas.


Condução de magistrado
Não se pode analisar o período que encerrou na Aleac sem citar o deputado Ney Amorim (PT). Foi um magistrado na condução da casa, em momento algum tentou tolher o debate entre oposição e a base do governo. Por isso foi votado por unanimidade para mais um mandato.


Não foi omisso
Um deputado que também não foi omisso foi o Eber Machado (PSDC), sempre tem posição.


Vereadora mais atuante foi uma deputada
Não é uma brincadeira o título acima. A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) foi a vereadora mais atuante da Câmara Municipal de Rio Branco. Explica-se: deixou o mandato de vereadora para ser deputada, e os vereadores que ficaram não a superaram em atuação parlamentar.


Balsa carregada
O fato dos vereadores atuais não divulgarem os seus mandatos nivelaria todos por baixo, sempre fiz o comentário na coluna. Se teve vereador com uma boa produção parlamentar, pela falta de divulgação ficaram nivelados por baixo com os que se limitaram a receber salários. Por isso é que a balsa para Manacapuru saiu lotada de vereadores.


O leão urrou alto
Entre os prefeitos do interior ninguém brilhou mais do que o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), que derrotou pela terceira vez seguida o PT e a máquina do governo estadual. Elegeu-se duas vezes prefeito e elegeu o sucessor, Ilderlei Cordeiro (PMDB).


Temporada 2018
Na política acreana, a temporada eleitoral é 2018, mas a pré-campanha começará em 2017. Pela oposição, o nome do senador Gladson Cameli (PP) é unanimidade para a disputa do governo. Só um fato externa o impede. E pela FPA, tem Marcus Alexandre ou Ney Amorim.


Nunca deveria ter sido passada
O governo estadual com o DERACRE não tinham estrutura para gerir as obras da BR-364. Mas para inflar egos conseguiu que a competência para comandar o asfaltamento fosse estadual. O resultado foi a porcaria que ficou. Tivesse o DNIT sido o executor, por certo a obra seria de vergonha.


Basta manter o ritmo
A publicitária Charlene Lima foi a grande baluarte da vitória do empresário Mazinho Serafim (PMDB) para prefeito de Sena Madureira. Basta se manter na visibilidade em 2017, que chegará em 2018 como uma candidata a deputada estadual bem competitiva na região.


Tudo na mão
Caso não transforme a prefeitura municipal de Brasiléia num curral eleitoral do PT, entupindo de afilhados e promovendo o empreguismo, a prefeita eleita Fernanda Hassem (PT) fará um bom mandato. Tudo que fizer de intervenção na cidade vai aparecer, porque pegará a zona urbana destroçada pela péssima atuação do seu antecessor e a zona rural pior ainda.


Nas contas dos simpáticos
Aliados do prefeito Marcus Alexandre dão como um dos vereadores que não é da FPA, mas que será simpático nas votações, o tucano Célio Gadelha. Isso será prejudicial à sua imagem. Político tem de ter lado, não importa qual, não pode se eleger pela oposição e não fazer oposição.


É bom não menosprezar
As candidaturas do Márcio Bittar (PSDB) e do Tião Bocalon (DEM) para o Senado, em 2018, não podem ser tidas como cartas fora do baralho. Ambos provaram que são bons de votos quando disputaram o governo e a prefeitura da capital e conseguem se mexer bem na campanha.


Deixou de ser novidade
O senador Sérgio Petecão (PSD) não conseguiu no mandato uma visibilidade que pudesse lhe projetar para uma reeleição tranqüila. O seu maior adversário é que na disputa de 2018 não será mais “novidade” e tampouco o único nome da oposição para carrear todos os votos.


 Recebendo escombros
O prefeito eleito de Assis Brasil, Zum (PSDB), passará boa parte do ano de 2017 resolvendo pepinos deixados pelo prefeito Betinho (PR). Zum está recebendo uma prefeitura em escombros. Assis Brasil disputa com Manuel urbano que tema prefeitura mais quebrada.


Confundindo alhos com bugalhos
O TCE não tomou nenhuma medida contra as votações nas Câmaras Municipais que fixaram aumentos para prefeitos e vice-prefeitos. Não é sua competência. Mas é sua competência intervir quando um reajuste salarial supera o teto fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.


Escaparam da tempestade
Dentro da equipe do governador acho que quem conseguiu escapar da tempestade foram o Gemil Junior na Saúde, com problemas pontuais, mas sempre procurando resolver; e, o diretor do DETRAN Pedro Longo, que conseguiu desburocratizar o atendimento no órgão. E acho que só.


Grande vantagem
O prefeito eleito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, terá uma vantagem sobre os demais, o de ter uma parlamentar, a deputada federal Jéssica Sales (PMDB), destinando verbas exclusivamente para a prefeitura de Cruzeiro do Sul, tocar as suas obras. O que é um maná.


É uma beleza
Vez por outro vejo petistas descendo a lenha em seus comentários no vereador eleito Roberto Duarte (PMDB). Ser criticado de forma veemente para quem está na oposição é um presente dos Deuses. Projeta a sua imagem de opositor firme. Ser atacado pelo PT é ótimo para ele.


Não conseguiu decolar
Um prefeito da oposição que não conseguiu decolar foi o de Xapuri, Marcinho Miranda (PSDB). Tinha tudo para se destacar porque seria comparado com o prefeito Bira Vasconcelos (PT), que deixou a prefeitura em baixa popular. Mas ficou no velho rame-rame e acabou fracassando.


Gira sem parar
A roleta do ex-presidente lula não fica parada. Agora já é réu em cinco processos. Pelo grande número de acusações de supostos crimes fica até difícil sustentar a tese de que é um perseguido pela justiça. Até porque, a Lava Jato não tem poupado dirigente de nenhum partido. Diz o velho ditado de que, onde tem fumaça tem fogo.


Exemplos que ficam
Quando se vê tanta sujeira na política dá para sentir saudades de um Mario Covas, Ulisses Guimarães, Teotônio Vilela; e, vindo para o regional: Nabor Junior, Joaquim Macedo, Geraldo Mesquita e Iolanda Lima são belos exemplos de seriedade no modo de fazer política.


Pelo menos isso
Os funcionários estaduais vão chegar ao final do ano com todos os salários recebidos. Pelo menos isso. Se for levado em conta que não acontecerá em estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais: é mesmo para comemorarem. Ponto positivo para o governo acreano. Não deve ter sido fácil fazer a travessia de 2016, um ano de crise e recessão.


É preciso competência
Para conduzir as finanças de um estado que não tem um parque industrial, não gera empregos, a sua economia flutua em torno do FPE, é preciso ser um bom secretário de Finanças. Neste ponto deve se ressaltar a importância do secretário Tinel Macedo em todo este processo. E conduzindo uma pasta antipática, onde dizer o não é comum.


Ano difícil para os prefeitos
Quem se elegeu prefeito já fez a festa da vitória, mas o principal não será nada positivo: o que vão encontrar quando se sentarem na cadeira de gestores de massas falidas. Porque a expressiva maioria deverá pegar prefeituras sucateadas, com cidades destroçadas em suas estruturas. E com dinheiro regrado que mal dará para manter em dias as folhas de pagamentos. Se não chegarem cortando despesas, reduzindo secretarias e cargos de confiança, se afundarão como se afundaram os seus antecessores. Por enquanto tudo é doce, o amargo começa em 2017. A partir da posse o povo não aceitará desculpas para não ver obras. Até porque na campanha tinham soluções para todos os problemas.


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