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Poder ou não poder, eis a questão!

Quem tem o poder em mãos pode muito, mas não pode tudo. O senador Jorge Viana que o diga. Com o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Jorge será alçado à presidência da Casa – a não ser, conforme noticiado pela imprensa, que resolva, de fato, convocar nova eleição para o cargo.


Como presidente da Câmara Alta, Jorge Viana teria poder para dificultar a vida de Michel Temer? Sim, claro, mas certamente não seria capaz de conter o ímpeto da imprensa.


Sob os holofotes da mídia, o senador acriano teria seu passado devassado por jornalistas, bem como seria instado a responder pelo recebimento de um dos mais altos salários da política brasileira, já que acumula os vencimentos do Senado e a pensão vitalícia de ex-governador – uma inconstitucionalidade, aos olhos do Supremo Tribunal Federal, que já deu parecer contrário a Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul, e uma imoralidade, aos olhos de todos nós.


Jorge Viana e seus companheiros de sigla, pelo jeito, não estão muito animados com a notícia de que o STF afastou Renan. Prova de que o bom senso precisa prevalecer sobre os atrativos do poder.


No Acre se pode ver que a tese inicial deste texto se aplica também ao governador Sebastião Viana, cujo poder tem sido limitado pelos cortes de verbas no orçamento estadual. Ao admitir, por exemplo, que seu governo está inadimplente com fornecedores, ele reconheceu, afinal de contas, que sua gestão está longe da excelência apregoada.


E o que é o poder, senão a imposição da vontade dos poderosos sobre os outros, incluindo aí até mesmo as suas presunções?


Ao fazer mistério sobre o pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais, o governador petista apelou medo a fim de ressurgir, nesta segunda-feira, como o salvador da lavoura.


Tal manobra foi anteriormente desmascarada por colunistas experientes, afeitos às idas e vindas de nossos representantes políticos – e intuída com precisão por quem já está cansado de ver a encenação dos mesmos atores em público.


Não que a medida anunciada em entrevista coletiva esteja destituída de méritos. Pagar os salários e o 13º é um feito, mas também uma obrigação.


E enquanto os servidores recebiam a boa notícia, aos fornecedores do governo era dado o conselho de que se contentem com o pouco que lhes será oferecido, até que as coisas melhorem. Ocorre que os experts afirmam que a economia não vai melhorar tão cedo.


Graças ao poder, os sucessivos governos da Frente Popular sempre conseguiram atrair para junto de si a nata do PIB acriano. Mas apesar dele, é possível que o empresariado fuja do PT nas próximas eleições.


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