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Diz a história

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Entre nós, cada eleição é uma nova eleição e seus  resultados, via de regra, não guardam coerências.


Se os nossos partidos políticos não fossem tão desacreditados, diria até, tão desmoralizadas, muito provavelmente, os resultados das eleições municipais, recém concluídas, sinalizariam os resultados das eleições presidenciais, em 2018, mas como os nossos partidos são o que verdadeiramente são, volto a repetir: desacreditados e desmoralizados, nossos comentaristas políticos, assim como, os nossos cientistas políticos, jamais deveriam correlacioná-las. Senão, vejamos;

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Fernando Collor conseguiu se eleger presidente da República filiado a um partido nanico, um tal de PRN, que não dispunha de nenhum prefeito e de nenhum governador. À nível parlamentar, o PRN só dispunha de um deputado federal e de um suplente de senador que se encontrava no exercício do mandato em razão da morte do seu titular. Ainda assim, Collor conseguiu se eleger derrotando Ulisses Guimarães, do PMDB, Covas do PSDB, Brizola do PDT, Lula, do PT e Maluf, do PP, entre os outros. Feito um trator, o caçador de Marajás, conseguiu passar por cima de todos eles.


Ainda assim, os nossos comentaristas políticos, notadamente, dos nossos principais veículos de comunicação – TVs, jornais e rádios – a despeito de já terem cometido as mais diversas e grotescas barrigadas, insistem em dar palpites sobre a sucessão presidencial de 2018, tendo por base os resultados das eleições municipais deste ano.


Que o PSDB, sobretudo, o governador Geraldo Alckmin, foi o grande vitorioso nas eleições deste ano, não há o que se discutir, afinal de contas, nem ele esperava que suas urnas viessem lhes dar tantos prazeres, entre eles, a eleição do seu candidato, João Dória, à prefeitura da cidade de São Paulo, já no primeiro turno. Diria mais: no que dependesse do alto tucanato, João Dória sequer teria sido candidato pelo PSDB.


Mesmo que tenha se cacifado, o bastante, para se tornar o candidato à presidência da República pelo PSDB, o governador Geraldo Alckmin ainda terá que enfrentar os senadores Aécio Neves e José Serra, numa disputa interna que promete destroçar o próprio ninho dos tucanos, disputa esta, com potencial de retirar as chances de qualquer um deles se eleger.


Se do governador Geraldo Alckmin podemos afirmar que foi o grande vitorioso das recentes disputais eleitorais, por igual raciocínio, também podemos afirmar que o senador Aécio Neves foi o grande perdedor, afinal de contas, ele sequer conseguiu eleger o prefeito da capital do Estado. Pior ainda: seu candidato foi derrotado por um “não político” filiado a um dos nossos partidos nanicos, no caso, ao PHS, e dos 41 vereadores eleitos em Belo Horizonte, só três pertencem ao PSDB. Em 2014, na disputa com Dilma Roussef, Aécio Neves foi derrotado nas suas Minas Gerias.


As sucessivas derrotas do PSDB nas disputas presidenciais, duas para Lula e duas para Dilma Rousseff, em parte, deveu-se as brigas internas quando da escolha do seu candidato, e com vistas às eleições de 2018, tudo está nos levando a crer que os tucanos caminham para uma quinta derrota, até porque, mais que das vezes anteriores, os tucanos nunca estiveram tão desunidos, diria até, em clima de guerra.


 


 


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