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A violência nossa de cada dia

Os representantes do PT no Acre nunca gostaram do jornalismo policial. A ojeriza de dá por um motivo óbvio: a violência só aumentou no Estado deste que Jorge Viana chegou ao governo em 1999, criando as condições para que seu espólio político continue nas mãos dos companheiros até (pelo menos) 2018.


Uma vez no comando do país e do Acre, embalados que foram pelo discurso de que a violência é gestada nos bolsões de miséria, os petistas, com o tempo, passaram a alardear que do crescimento econômico é que decorre a criminalidade. Trata-se de duas teses acanalhadas pela indecência. Vejamos por quê.


Primeiro porque países pobres não são necessariamente violentos. E um exemplo gritante está bem debaixo dos nossos narizes: a Bolívia. Enquanto a taxa anual de homicídios no Brasil é de 113,2 por 100 mil habitantes (dados do Ipea de 2014), esse índice na Bolívia é de apenas 10,8 por 100 mil.


E segundo porque crescimento econômico nunca foi sinônimo de aumento de violência. Caso contrário, a China e o Japão seriam expoentes de explosões de criminalidade nas últimas décadas, já que ambos saíram de meras sociedades agrícolas para se tornar a segunda e terceira economias do mundo, respectivamente. Longe de ser violento, o Japão tem os menores índices de criminalidade do mundo. Quanto à China, não dá para acreditar no que dizem seus governantes, por comunistas que são.


A violência no Brasil decorre de inúmeros fatores, porém o mais gritante e indecoroso de todos, sem dúvida, é o tráfico de drogas. Os cartéis de cocaína da Bolívia e do Peru contam com a fragilidade da vigilância nas nossas fronteiras para abarrotar o mercado interno com o seu produto.


(O governador Tião Viana, preocupado com as consequências que o tráfico e o consumo de drogas causam às suas vítimas, e também aos familiares daquelas, ousou criticar dia desses o governo Temer por menos de três meses de indiferença com o tema. Esqueceu-se de fazer o mesmo em mais de 14 anos de mandato dos companheiros Lula e Dilma Rousseff).


Levantamento do Instituto Avante Brasil, de 2013, revela que a população carcerária do Estado foi engrossada pelos pequenos e médios traficantes. Foram 141,4 registros de tráfico de entorpecentes para 100 mil habitantes. Esse desempenho nos colocou em primeiro lugar no ranking.


Outro estudo, este realizado pela Secretaria Nacional da Juventude, revelou no ano passado que o Acre é o Estado com maior taxa de jovens presos do país. Segundo o Mapa do Encarceramento: Os jovens do Brasil, o ranking dos estados com maior taxa de jovens presos é liderado pelo Acre, que se encontra na mesma posição desde 2007, com crescimento de 25% de jovens atrás das grades neste mesmo período.


O governo que já comemorou o aumento de inscritos no programa Bolsa Família é o mesmo que se gaba de construir presídios, como se isso fosse resolver o problema da criminalidade.


Não custa lembrar que quando o PT chegou ao governo do Acre pela primeira vez, a maioria dos presidiários do Estado – e os jovens delinquentes que nos roubam a paz no dia a dia de violência – ainda estava nos cueiros.


Bons e sossegados tempos, aqueles.


 


 


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