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Oposição precisa de um projeto de gestão e união para vencer em 2018

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As especulações antecipadas sobre a disputa ao Governo do Acre ocuparam o noticiário político do Estado nesses dias. Creio que mesmo com os problemas sérios na segurança pública e outros setores sociais a falta de assunto tem estimulado a imaginação dos colunistas. É assim mesmo, as eleições por aqui são sempre muito antecipadas. Mas uma coisa é certa, a oposição continua a errar ao começar o seu projeto por um nome e não um projeto. Não existe salvadores da pátria e uma campanha pode apresentar surpresas. Quem deseja governar um estado deveria começar a articulação pelos propósitos comuns entre os partidos. Não se trata de dividir o “butim” de um saque com a distribuição antecipada de cargos. Se trilhar esse caminho não será fácil para a oposição vencer a próxima eleição como muitos imaginam. A FPA não está morta e acabou de ter uma vitória retumbante à prefeitura de Rio Branco.


As lições de 2016
Muitos apostam no desgaste da sigla PT. Mas a solução desse problema é muito simples para a FPA. Existem outros 16 partidos para o candidato a governador da coligação se filiar. Para o eleitor comum o candidato estando livre do karma petista a visão já muda. Como foi visto na eleição de Marcus Alexandre (PT), na Capital, que se afastou da sigla e o seu desgaste e venceu com folga.

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É preciso unir…
A candidatura de Eliane Sinhasique (PMDB) parecia a mais forte da oposição, em Rio Branco. O resultado eleitoral mostrou que não era. Eliane enfrentou o descrédito dos próprios partidos da oposição. Perdeu muito tempo em convencer aliados enquanto seu adversário “passeava” entre os eleitores.


…para não espalhar
Alguns líderes oposicionistas como Bocalom (DEM) e o senador Petecão (PSD) entraram na campanha da Capital no dia da Convenção. E não estavam convictos da candidatura de Sinhasique. Tiveram uma participação superficial que deixou ainda aquela imagem de desunião da oposição contra um candidato forte.


Projeção futura
O senador Gladson Cameli (PP) é, no momento, o melhor nome da oposição para disputar o Governo. Mas se não tiver um preparo adequado poderá chegar desgastado na disputa. Gladson assumiu muitos compromissos nas eleições municipais. É preciso saber se os seus aliados ficaram satisfeitos internamente com a sua participação.


Peru não morre de véspera
Um outro detalhe importante é que ninguém vence uma eleição antecipadamente. Na política dois anos é uma eternidade. O quadro atual pode não ser o mesmo quadro no dia seguinte. As coisas mudam como nuvens, já preconizava o ex-governador de Minas, Magalhães Pinto.


Fator importante
Como será que o presidente Michel Temer (PMDB) terminará o seu Governo? A avaliação será positiva ou negativa? Medidas duras deverão ser tomadas nos próximos meses e isso trará um desgaste natural para Temer e os seus aliados acreanos. Então ainda tem muito caminho a ser percorrido até 2018.


Só um nome
No momento, a FPA tem apenas um nome com condições reais de disputar o Governo em 2018 com chances de vitória. O prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT) que surfa na popularidade depois de um banho de votos nas urnas quando se esperava uma eleição apertada. Mas muita água ainda vai passar por debaixo da ponte.


Renovação
Com todos os seus problemas a FPA renovou suas lideranças mais rapidamente que a oposição. Além de Marcus, a coligação tem boas perspectivas para outras disputas majoritárias com o presidente da ALEAC, Ney Amorim (PT), deputado federal Léo Brito (PT) e Nazaré Araújo (PT).


Equação complicada
Mesmo sem os cargos federais a FPA ainda tem muita gente empregada sob o seu comando político. Qualquer candidato da coligação não terá menos de 40% dos votos devido a essa questão. Então a margem de disputa é com os 11% que faltam.


Consciente
Durante as eleições municipais o próprio Gladson me disse que “o outro lado ainda é muito forte”. O fato do senador ter consciência desse fato o ajuda. Porque não dá realmente para subestimar adversário antes do jogo começar pra valer.


Reflexão
Mas existe também um outro fator que merece uma reflexão. A FPA precisa renovar o seu discurso. Não sei qual vai ser o saldo ao final do Governo de Tião Viana (PT). Se o “desastre” anunciado continuar então ficará muito difícil para qualquer candidato. Mas ainda há tempo para uma reviravolta.

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Fique de olho
Uma outra questão para a oposição. O PSDB se descolou bastante dos outros partidos durante as eleições municipais. Se colocou como a única “oposição verdadeira”. Não acho difícil que os tucanos tenham um candidato ao Governo em 2018, com o apoio do seu presidenciável.


Os dois lados da moeda
Se o Governo do PT não deixar um saldo positivo será preciso ver também qual será o resultado das prefeituras administradas por prefeitos da oposição. Nas mais recentes eleições ao Governo o PT ganhou onde a oposição governava as prefeituras e perdeu onde os prefeitos eram aliados da FPA. Com exceção de Rio Branco, em 2014.


Lideranças reais
O prefeito Marcus Alexandre deverá comandar os destinos da FPA. Adquiriu essa prerrogativa através dos votos nas urnas. Ele deverá decidir nos próximos meses se vai ou não disputar o Governo. Vai tratar de igual para igual com os caciques antigos da FPA que terão que ouvi-lo. Por outro lado, Gladson foi o político com o maior número de votos na história eleitoral do Acre. É preciso saber se ampliou essa margem ou se perdeu. Gladson também está sendo julgado pelos acreanos pelo seu mandato no Senado. E o quadro de 2014 não será o mesmo em 2018. O fato é que, na minha opinião, tudo indica, nesse momento, uma disputa entre Marcus e Gladson. E será uma campanha para “gente grande” que muita coisa poderá acontecer.


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