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Mudanças necessárias – e urgentes!

Qualquer um com mais de 40 anos de idade sabe que as gerações anteriores receberam uma educação mais qualificada que a atual. Nossos pais e avós são a prova de que pessoas com mais de 50 anos, que tenham feito apenas o equivalente hoje ao ensino fundamental, têm maior preparo em disciplinas como língua portuguesa, matemática, história e geografia do que os alunos que atualmente terminam o ensino médio.


Não obstante o crescente investimento de recursos no ensino público brasileiro, o desempenho dos estudantes não atende às necessidades de um mercado global, em cujo contexto a qualificação da mão da obra é requisito essencial não apenas ao sucesso pessoal, mas também ao protagonismo econômico que os países assumem graças a inovações tecnológicas, gerenciais e comerciais capazes de alavancar setores estratégicos ao crescimento econômico nacional.


Apesar de o governo Dilma ter ostentado o slogan Pátria Educadora em seu segundo mandato, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) estabeleceu metas modestíssimas (em uma escala de 0 a 10) para as escolas das redes pública e privada. Pelo plano, elas estariam obrigadas a atingir a nota 6 até o ano de 2021.


Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) tal exigência equivale à média alcançada em 2003 pelos alunos de nações desenvolvidas no Pisa, a mais importante avaliação educacional do planeta.


Em outras palavras, se o brasileiro médio chegar a esse patamar em 2021, estará quase duas décadas atrasado em relação à média estudantil nas maiores potências mundiais – e até mesmo a vizinhos de menor porte da América Latina, como o Chile.


Esteio das profundas mudanças sociais e econômicas dos chamados países asiáticos, que vislumbraram, já no período posterior à Segunda Guerra Mundial, da qual saíram arruinadas, a reconstrução da estrutura socioeconômica por parte do Japão e Coreia do Sul mostraram que o caminho da pedras passa pela oferta de educação de qualidade.


Quatro décadas de esforços dos japoneses levaram à ascensão à segunda colocação no ranking dos mais ricos, atrás apenas dos Estados Unidos. O fato de que os chineses, um país de orientação comunista, mas que aderiu ao sistema de mercado, e cuja mão de obra barata alavancou a economia de forma rápida, desbancou a colocação japonesa, que passou ao terceiro lugar – mas com equanimidade da qualidade de vida japonesa, que passou ao terceiro lugar – mas com uma sociedade bem mais saudável em vários aspectos que os apresentados pelos vizinhos novos ricos.


Ciente do atraso que nosso modelo educacional pode impor às nossas pretensões de crescimento, Temer propôs nesta quinta-feira, 22, algumas mudanças no quadro atual.


Não obstante o lobby por mais gastos em educação, cujos padrões destes acompanham as despesas dos governos desenvolvidos com o setor, faz crer que não apenas de mais recursos necessita a educação.


A mudança proposta pelo atual governo é proporcional aos interesses e inclinações de cada estudante, que ao invés de conteúdos planificados em 13 disciplinas comuns para todos, daria ênfase a determinadas matérias de acordo com o interesse individual dos estudantes.


Pela nova regra, que será submetida ao Congresso me forma de Medida Provisória, para acelerar o trâmite no Congresso Nacional, os alunos teriam como escolher as disciplinas que melhor lhes convém, e as demais teriam peso menor na plataforma escolhida por eles.


É uma tentativa de criar maior interesse pelo que os trai no universo do conhecimento, sob o pressuposto de que se dedicariam mais a disciplinas que lhes dão prazer por estarem no foco de suas inclinações naturais.


Isso bastaria para que se reduzissem as evasões escolares, um dos principais entraves à formação continuada.


Não que a iniciativa seja o Ovo de Colombo da educação brasileira. Mas já nos parece um passo importante para diminuir o risco de colocarmos no mercado de trabalho os recém-saídos da escola pública, cuja característica é não dominar noções de disciplinas essências à realidade de um mercado em expansão no mundo das relações comerciais – porque em franco desacordo com as propensões naturais.


O resto ficará aos especialistas no assunto, alguns já bem otimistas com o anúncio de que o governo Temer vislumbra que erros de décadas precisam ser corrigidos desde já.


Resta a constatação de que o complexo tema da educação será, por suposto, muito melhor gerido por um homem de formação como Michel Temer do que foi com a limitada Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, que já de jactou de nunca ter lido um livro na vida.


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