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Depois do impeachment as eleições municipais devem esquentar mais

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A legislação eleitoral brasileira é uma colcha de retalhos que nem mesmo os juristas sabem decifrar. O fato é que criaram tantas regras que acabaram com a alegria das eleições. Com a desculpa de dar condições iguais aos candidatos e tirar o fator “poder financeiro” acabaram com a essência e a espontaneidade das campanhas. E o pior é que não conseguiram remover a vantagem de quem tem mais recursos para investir. O que há é uma hipocrisia e o multiplicar dos caixas 2, 3, 4, 5 mil… Por isso, apesar de estarmos a exatos um mês da eleição a campanha nas ruas é quase imperceptível. Nada pode. O medo de se cometer alguma infração eleitoral é maior do que o movimento das militâncias dos candidatos. A festa acabou. Eu não diria que as eleições foram judicializadas, mas criminalizadas. A política no Brasil se tornou um crime. Uma rota na contramão da verdadeira democracia. Mas mesmo assim, depois da novela impeachment ter acabado no Congresso Nacional, acredito que nos próximos dias a campanha nos municípios deverá esquentar. A busca de voto deverá se intensificar. Vai aumentar o movimento nas ruas e, talvez, as pessoas lembrem que estamos em período de campanha e que terão que escolher prefeitos e vereadores, no próximo dia 2 de outubro.


Rebelião dos nanicos
Uma fonte da FPA me contou que os presidentes do “partidos nanicos”, em Rio Branco, andam revoltados. Formaram grandes chapas de candidatos a vereadores e o dinheiro não apareceu para as campanhas. A verdade é que a “festa do boi” acabou.

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Quanto maior pior
O candidato Marcus Alexandre (PT) que tem 208 candidatos a vereadores dos 15 partidos que compõe a sua aliança vai ter trabalho nessa reta final. A cobrança vai aumentar a cada dia. Afinal, todos pensam que se tiverem recursos já estão eleitos. Mesmo levando em conta que só existem 17 vagas na Câmara da Capital.


Cachimbo deixa a boca torta
Em outras eleições qualquer presidente de “partidinho” recebia recursos suficientes para ser um manda-chuva. Agora, que a fonte secou, esse poderio sazonal das eleições acabou. Quem quiser que gaste sola de sapato. Os descontentamentos serão enormes ao final do primeiro turno.


Ladainha
Podem escrever. Os candidatos a vereadores que perderem vão achar que isso aconteceu por falta de dinheiro. Eles pensam assim: “Se tivesse mais recursos eu certamente teria ganho”. É a ladainha de todas as eleições. Ninguém considera a possibilidade de simplesmente não ter votos suficientes para se eleger.


Vantagem natural
Alguns candidatos a vereadores da Capital se prepararam e fizeram pré-campanha. Aqueles que deixaram para pedir votos só no período eleitoral oficial terão muito poucas chances. Mesmo porque ninguém se torna conhecido e amado da noite para o dia.


Vale quanto pesa
Outra questão é que alguns candidatos têm recursos próprios e outros não. Não digo que isso significa vitória certa, mas ajuda bastante. O fato é que as leis não conseguiram retirar o fator financeiro das campanhas. E aí vale a máxima de que quem pode mais chora menos.


Indiferença
Todos os problemas políticos recentes que o país está vivendo também tira o ânimo do eleitor. A maioria pensa que não adianta votar porque as coisas não vão mudar. Existe um conformismo negativo de que a política não cumpre o seu papel social. A culpa é de quem não sabe escolher seus candidatos.


O problema continua
Em Cruzeiro do Sul, tiveram a impressão de que o PSDB teria retirado a ação contra o PMDB. Mas na verdade o que houve foi uma mudança na forma do pedido de impugnação da chapa Ilderlei (PMDB) e Zequinha (PP). Passaram para um formato jurídico que exige uma decisão mais rápida da Justiça.


Fio da navalha
Se a Justiça Eleitoral acatar o pedido do PSDB de Cruzeiro do Sul o PMDB poderá trocar os seus candidatos e continuar a concorrer na disputa. Ainda assim a força política do atual prefeito Vagner Sales (PMDB) pesaria na balança. Mesmo porque, nesse caso, partirão para o discurso de “perseguição”.


Quanto mais rápido, melhor
Realmente é importante que a juíza eleitoral da Quarta Zona decida logo sobre esse caso, PSDB/PMDB. Seria muito ruim chegar ao dia da votação sem o eleitor saber se o seu voto na urna estará valendo ou se será cassado por uma decisão judicial.


Nem pensar
O deputado federal Major Rocha (PSDB), presidente do PSDB do Acre, acha que se a chapa PMDB/PP for cassada o senador Gladson Cameli (PP) poderá apoiar o candidato Henrique Afonso (PSDB). Não acredito que exista a mínima possibilidade de isso acontecer.

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Reviravolta
O fato é que toda essa confusão em Cruzeiro do Sul colocou na disputa a candidata da FPA, delegada Carla Ivani (PSB). A coligação do PT está assistindo de camarote o PSDB e o PMDB se engalfinharem. Carla recebeu uma ajuda com a qual não contava.


Guerra jurídica
Estou sabendo que a FPA também fará uma representação contra o PMDB nas eleições de Cruzeiro do Sul. Por outro lado, em breve, o PSDB também fará uma denúncia de abuso de poder econômico contra a candidata Carla Ivani. Pelo andar da carruagem o voto que vai valer mesmo em Cruzeiro será o da Justiça.


A pedra virou vidraça
O presidente Michel Temer (PMDB) não terá tempo fácil. O PT voltará para a oposição e deverá criar dificuldades para o novo presidente. Cada ato do peemedebista será sucedido por protestos no Congresso Nacional e nas ruas do país. E as medidas que Michel Temer terá que tomar serão amargas. Mexer com o Sistema Único de Saúde (SUS) e as leis trabalhistas (CLT) trarão um enorme desgaste para Temer. Mas essa é conta do impeachment. Os empresários que apoiaram o movimento agora vão querer receber o seu quinhão. O fato é que os brasileiros ainda vão sofrer muito até as próximas eleições de 2018.


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