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Livres do fardo, afinal

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Por 61 votos a favor do impeachment e 20 contra, o Senado da República livrou os brasileiros nesta quarta-feira, 31, do malfadado governo de Dilma Rousseff. Enquanto seu afastamento definitivo do cargo era confirmado pelos senadores, os jornais noticiavam que a retração do PIB (Produto Interno Bruto) é o mais forte da economia mundial.


Há quem afirme, por isso, que foram os resultados desastrosos na economia nacional que derrubaram o governo. Certo ou errado, o certo é que, afinal, nos livramos do fardo.

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O mais correto seria afirmar que Dilma caiu pelo conjunto da obra. E aqui nos referimos não apenas às obras dela, mas de um partido que fez diversos acenos aos governos ditatoriais de esquerda, em detrimento de ações internas extremamente necessárias ao crescimento do Brasil.


O PT, que não se curva à derrota e nem às evidências dos próprios malfeitos, precisa ser responsabilizado pelos problemas que afetam a vida dos brasileiros diariamente e pulverizaram, nos últimos 20 meses, cerca de 12 milhões de empregos.


Ao contrário de um mea-culpa, o que se viu foram representantes do petismo, reconhecidamente atolado no maior histórico de corrupção da República, a arrotarem a mesma arrogância de outrora, como se capazes de ainda de dar lições de ética aos adversários.


No plano local, esse comportamento se repete, com o governador Sebastião Viana a declarar que Lula é um “injustiçado” e a propalar que estará com Dilma sob “sol ou chuva”.


Nos debates na Assembleia Legislativa, o destaque é do líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), cuja insistência em confrontar a colega Eliane Sinhasique (PMDB) – a partir da folha corrida dos aliados desta última no plano nacional – apenas reforça a postura altiva de quem não se deu conta ainda de que a lama bate no pescoço dos próprios companheiros.


Quanto à economia, cuja retração do PIB nos coloca atrás até mesmo de países como Malásia, Chipre e Bulgária (que cresceram 0,7%, enquanto apresentamos retração de 0,6%), Daniel Zen recorre aos números na tentativa de provar que estamos na contramão do desemprego criado pelo governo deposto.


Com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em mãos, Zen enalteceu nesta quarta o saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no Estado no mês de julho deste ano.


Ocorre, porém, que no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado, segundo o próprio Caged, foi a extinção de 1.439 empregos – uma queda de 1,70% comparado ao mesmo período do ano anterior.


As falácias dos companheiros, portanto, seguem a mesma linha de raciocínio, não importando se o tema é o desemprego ou o impeachment de Dilma Rousseff.


O PT continua sendo o PT.

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