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Prefeito Vagner Sales diz que é vítima de uma nova armação política

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O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (25) e disse que é vítima de uma nova armação política na questão da gravação que ele aparece conversando com um candidato a vereador que o acusa de cooptação para desistência da candidatura mediante o pagamento de cinco mil reais. Sales afirma que os responsáveis pela gravação estariam omitindo o que realmente aconteceu no encontro com candidato do PSDB.

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Vagner Sales diz que desconhece a origem do dinheiro apreendido pela PF durante a prisão em flagrante do chefe de gabinete da prefeitura de Cruzeiro do Sul, Mário Neto e o presidente da executiva municipal do PSDB, Edson de Paula. “Eu não dei nenhum centavo para este cidadão e duvido que Mário Neto e Edson de Paula também tenham dado. Quem é que pode não imaginar que este cidadão estava com dinheiro na cueca, na perna, na meia para armar a criar este fato”.


Questionado pela relação com Edson de Paula e a gravação que suscitou a denúncia na Justiça Eleitoral, o prefeito disse que foi procurado pelo dirigente tucano, “que depois chegou para mim e disse que tinha um outro cidadão que não iria mais ser candidatos por falta de condições financeiras e queria conversar comigo para apoiar a candidatura de nossa coligação. Este candidato foi na minha casa e alegou que estaria passando por sérias dificuldades”.


Segundo Sales, o candidato que fez a gravação “disse que trabalhava como músico e estava com três pensões alimentícias para pagar e iria para cadeia se não pagasse e pediu para ver a possibilidade de eu pagar. Ele pediu um trabalho na prefeitura para resolver os problemas, mas falei que não podia dar, já que em período eleitoral não pode fazer nomeações, foi quando falei que poderia ajudar com os cinco mil para pagar as pensões e colocar comida em casa”.


O prefeito destaca que ofereceu a ajuda como faz para qualquer pessoa que o procura em sua casa, necessitando de auxílio. “A população sabe que não é a primeira que vez que pessoas procuram meu auxilio. Ajudou, tirando do próprio bolso, dentro de minhas condições. Este candidato que foi na minha casa, depois não apareceu mais. Só notícias deste cidadão soube depois da prisão do Mário Neto e do Edson de Paula neste denúncia que fizeram à Polícia Federal”.


Para Vagner Sales, “um cidadão que vem clandestinamente com um gravador na minha residência pode muito bem a mando de terceiros, que tenham interesse no pleito eleitoral, fazer toda armação, levando meu secretário que foi deixar um documento na casa de Edson. Este filme nos já vimos antes, muda os personagens, mas o artista é o mesmo que na última eleição foi derrotado e procurou a justiça para dizer que eu tinha falsificado uma certidão”.


Sobre a gravação que poderá ser usada no pedido de impugnação da chapa de Ilderlei Coerdeiro, Sales acredita que é uma gravação sem importância jurídica, que ha jurisprudências que consideram gravações sem autorização da Justiça, como provas podres. O peemedebista falou ainda de uma situação que envolveria a candidata Carla Brito (PSB) e o deputado federal César Messias (PSB), que foram gravados oferecendo cargos para o PSDC abandonar a aliança com PMDB.


“A candidata Carla Brito e o César Messias foram gravados chamando o PSDC para ajuda-los que ganharia cargos no governo e depois de eleita colocaria os membros do partido na prefeitura. O povo de Cruzeiro do Sul me conhece e sabe que não uso estas artimanhas. Faço politica desde 1978 e sempre tive respaldo do povo para ganhar eleições”. Sales falou ainda da participação de Ilderlei Cordeiro na gravação realizada pelo candidato a vereador do PSDB.


“Ilderlei Cordeiro tem portas abertas para entrar a qualquer hora na minha casa. Ele pode perfeitamente ter entrado no meu escritório, mas em nenhum momento fechou nenhum acordo ou fez promessas”, ressalta o prefeito, ao comentar que o chefe de gabinete da prefeitura, Mário Neto pediu para o advogado que o representava solicitar sua exoneração para responder as acusações de corrupção eleitoral  fora do cargo na administração municipal.


 Advogado fala da gravação

 


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O advogado Erick Venâncio, que defende a chapa majoritária do PMDB falou sobre o pedido de impugnação e da gravação que será usada como prova. “Há uma especulação de apresentação do pedido de impugnação, mas não fomos notificados ainda. Demanda tempo para elaborar a peça. Estamos tranquilos neste caso e aguardando para fazer a defesa dos candidatos do PMDB nesta denúncia que O PSDB promete apresentar na Justiça Eleitoral”.


Ele afirma que, “em primeiro lugar a gravação é clandestina e não pode ser usada em processo na justiça eleitoral. Existe jurisprudência sobre este tipo de prova. Do ponto de vista jurídica, ainda que seja verdadeira esta gravação, que nós não sabemos, ela é ilícita”. Erick Venâncio destaca que não há argumento para o pedido de afastamento do prefeito Vagner Sales, que o PSDB afirma que vai pedir na Justiça. “E devaneio. Não existe a menor possibilidade de isso ocorrer”.


Erick Venâncio questiona as acusações contra Mário Neto e Edson de Paula. “Este fato que está narrado no flagrante não constitui crime também não é crime de compra de votos e é insustentável neste caso da prisão”. O advogado informa que entrou com pedido direto com a juíza para reavaliar o valor da fiança e que aprecie a questão da admissibilidade do fato para configurar a prisão. A liberdade provisória dos acusado foi concedida sob pagamento da fiança.


 


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