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À mercê do crime

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O governo de Sebastião Viana, do PT, que já distribuiu apito para que a população refutasse a violência, convocou nesta quarta-feira, 17, o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) para combater os incendiários que, na madrugada, aterrorizaram, uma vez mais, a população da capital.


Não se sabe os resultados do encontro, uma vez que a assessoria de comunicação do governo se dá sempre por satisfeita em propagar os encontros de nossas autoridades como se eles bastassem para dirimir os problemas.

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O fato é que em três dias apenas tivemos alguns exemplos de como os bandidos desdenham a ação das polícias, atazanando a vida de quem trabalha e paga impostos e não consegue ser protegido pelo Estado.


Diz a agência de notícias do governo que o tal GIGC “é composto pelas polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e Instituto Socioeducativo”. Além deles, entrou na dança representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal, além do Exército Brasileiro, Superintendência de Trânsito de Rio Branco e Ministério Público do Estado do Acre.


Com o agravamento dos crimes na capital, numa escalada nunca vista em outros tempos, seria de bom alvitre, também, convocar os fuzileiros navais norte-americanos. Ou quem sabe pedir ajuda às policiais mais eficientes do mundo, a saber: SWCU da China, a Swat dos Estados Unidos, o Yaman de Israel, o Bope do Brasil, a Oman da Rússia, o CO19 da Inglaterra e o GSG9 da Alemanha.


À parte as brincadeiras, a seriedade do caso reside no fato de que a bandidagem desafia o poder público de forma despudorada – a ponto de até mesmo uma delegacia de polícia ter sido incendiada pelos bandidos na madrugada desta quarta.


Aos contribuintes envergonha que o País não nos preste os serviços à altura dos preços fixados nos impostos. E ao governo do PT resta a constatação aviltante de que a maioria dos criminosos de hoje, entre menores de idade até os de 20 anos, sequer tinham nascido quando os eleitores confiaram aos companheiros os destinos do Estado.


Grande parte dos encarcerados nos presídios locais amargam penas por tráfico de drogas. Nossas fronteiras sempre foram vulneráveis à entrada de entorpecentes e armas que fazem frente às polícias sempre com desvantagem para estas últimas.


A reação rápida das autoridades da segurança pública do Acre revela tão-somente o aceno à sociedade, por parte do governo, de que eles estão atentos ao problema da criminalidade. Isso, porém, não comprova que suas estratégias e ações tenham alguma eficiência em combatê-la.


Não cabe culpar os policiais, que no dia a dia, mesmo lidando com precariedades de toda ordem, dão tudo de si para manter a paz e nos resguardar dos malfeitores.


O exemplo maior dessa dedicação foi o a morte em serviço do cabo Alexandre dos Santos, cujas homenagens, por parte do governo estadual, se resumiram a uma manifestação chinfrim assinada pela vice-governadora, Nazaré Araújo.


Aparelhar as polícias antes de encarregá-las de combater o crime organizado é uma obrigação do Estado – ainda que alguns dos seus membros, por princípios ideológicos, tendam a justificar as atrocidades dos que vivem à margem das leis.

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