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Colheita maldita

O inferno astral de Lula e Dilma mostra a verdade contida da máxima bíblica segundo a qual “o plantio é opcional, mas a colheita, obrigatória”.


Nesta terça-feira, 16, os companheiros receberam duas notícias ruins. A primeira é que o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura do inquérito contra a presidente afastada, o ex-presidente Lula e dois ex-ministros do governo petista.


A segunda má notícia é que o juiz federal Sérgio Moro ignorou a pressão dos advogados de Lula e decidiu que é de sua competência julgá-lo com base nas suspeitas de que foi ele o arquiteto do esquema criminoso que se instalou na Petrobras.


Dia desses, em entrevista a um programa de rádio da capital acriana, o deputado federal Léo de Brito, do PT, repetiu a ladainha de que Moro é suspeito para julgar o ex-presidente. Com base nesse discurso mixuruca, o partido recorreu à Organização das Nações Unidas (ONU) para “denunciar” o que eles chamam de “imparcialidade” do juiz de Curitiba.


Os autores da petição, encaminhada ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, não contavam com as vicissitudes da vida. No dia 29 de julho, o juiz federal Ricardo Leite, de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público segundo a qual Lula comandou o esquema montado para sabotar a Operação Lava Jato. E ele virou réu, devendo ser julgado por tentativa de obstrução da Justiça.


Afirmar que Sérgio Moro é um tucano de toga foi o mantra preferido dos que desejaram que a justiça brasileira, como um todo, fosse complacente com as traficâncias dos governos petistas.


Ao aceitar as denúncias contra o ex-presidente, o magistrado Ricardo Leite provou que não há perseguição de Moro contra o PT, mas a urgente necessidade de mostrar ao mundo – incluindo, claro, os companheiros – de que as leis no Brasil valem para todos.


A decisão do ministro Zavascki em desfavor de Dilma ajudou a esfrangalhar o discurso esquizofrênico de que há uma conspiração contra o líder maior do petismo.


Insistir nessa tecla é tão eficaz quanto repetir a lengalenga de que o impeachment de Dilma Rousseff é um golpe orquestrado pelas elites.


Enredado em denúncias de corrupção, formação de quadrilha e desvio de recursos públicos, o Partido dos Trabalhadores nunca esteve tão vulnerável. Com suas principais lideranças enxovalhadas pelos próprios malfeitos, os companheiros estão à deriva, lhes restando tão somente martelar a estupidez de que são os injustiçados.


Por todo o País, o vermelho de outros tempos deu lugar a outras cores, na tentativa de que o eleitor não associe os candidatos petistas aos desmandos praticados nos últimos anos e à crise econômica que a todos nos assola.


Como dissemos no início, quem planta colhe. Pena que os frutos amargos dessa colheita faça parte da dieta de todos nós.


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