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Falta de combate às queimadas no Acre reflete a conveniência política

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A sensação é que não há fiscalização das queimadas no Estado. Já tivemos anos no Acre em que não respiramos esse ar repleto de micropartículas poluentes. Por que houve esse retrocesso? A situação em Rio Branco é caótica com o calor, a falta de chuva e o efeito das queimadas gerando doenças respiratórias nas pessoas. Conversei com o geógrafo e ambientalista Claudemir Mesquita que me disse o seguinte: “O problema das queimadas é a conveniência política em ano eleitoral. É confortável para os bens instalados que não sofrem com esse caos ambiental. Eles acham que não sofrem, mas o futuro vai cobrar uma tonelada desses personagens que mandam no Acre. Alguns políticos que estão no poder, no momento, quando acabar os seus mandatos vão morar fora do Estado enquanto nós vamos continuar por aqui de pires na mão pedindo um gole de água,” desabafou Claudemir.


Hipocrisia
Não adianta conhecer e comungar com a luz da floresta e deixar empresários ambiciosos destruírem essa mesma floresta por um punhado de dólares. A extração madeireira é uma afronta à natureza e à inteligência de qualquer um.

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A real
Já escrevi e vou repetir porque já vi uma área com o famigerado manejo florestal madeireiro. A destruição é real, quem não acreditar que vá visitar uma dessas áreas legalizadas pelo nosso poder público. E depois compare com outra onde a floresta está intacta.


Consequências danosas
O regime de chuva no Acre poderá ser alterado com essas atividades de exploração de madeira em grandes áreas da floresta. É o caso do rio Purus, em Manoel Urbano, em que 100 mil hectares estão na mão de uma empresa.


Alternativas
E não adianta vir com aquela ladainha de geração de emprego. É só ver quanto recebem os “peões” que trabalham para essas madeireiras. Se ao invés de cortar árvores estivéssemos empenhados na produção dos óleos vegetais e outras formas de extrativismo teríamos muito mais empregados e mais renda familiar em atividade cooperativada e humanizada.


O sonho acabou
A Florestânia foi um sonho bom. Não se tornou realidade porque os governos do PT, que criaram essa filosofia, não investiram em tecnologia para tornar a atividade extrativista rentável. A Florestânia reunia premissas como o cooperativismos, produção familiar, extrativismo não-madeireiro e preservação ambiental. Mas a premência de vencer eleições colocou o “caminho certo” de lado. Foi trocado por uma industrialização que só acontece nas propagandas.


Erros de percurso
O auge da Florestânia coincidiu com Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente. O IBAMA exagerou na dose. Onde poderia ter educação ambiental aos agricultores houve repressão, radicalismo e multas descabidas. Resultado, um excelente projeto de produção sustentável para o Acre foi jogado na lata de lixo.


Lógica
Produzir química, frango, porco qualquer estado produz. Mas quem tem ainda floresta tropical intacta com milhões de novos produtos a serem conhecidos? O Acre e outros poucos. O produto florestal é diferenciado, tem valor agregado e gera empregos decentes às famílias. E quando o Acre vai poder competir, até mesmo por uma questão de logística geográfica, com os outros grandes estados brasileiros com seus produtos industriais?


O maior ramal
O deputado estadual Gehlen Diniz (PP) ironizou a bancada do PT que acusava as prefeituras do interior de não preservarem os seus ramais rurais. “O maior ramal do Acre, a BR 364, está quase intransitável. Ao invés de criticarem os prefeitos deviam olhar para a obra que custou mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.”


Vitória
O deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), finalmente conseguiu as assinaturas necessárias para instaurar a CPI da BR 364 na ALEAC. Se superar as barreiras que devem surgir pela frente essa CPI poderá dar “dor de cabeça” para muita gente que enricou com as obras da BR, que continua a ser um ramal.


Ele voltou
O folclórico ex-prefeito de Xapuri, Vanderlei Viana (PROS), será candidato novamente. Agora, num partido da FPA, coligação a qual costumava dar um “cotoco”. Terá como seu padrinho, o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Dêda (PROS).


Muita moral
Por falar em Dêda, parece que ele tem mais moral junto ao governador Tião Viana (PT) do que os petistas de Porto Acre. Viana vai apoiar o candidato do PROS, Bené Damasceno, em Porto Acre. Zé Maria (PT) terá que se virar com Jonas Lima (PT) e Sibá Machado (PT) na corrida pela prefeitura do município.

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O passado te condena
Zé Maria caiu no desagrado dos Vianas nas eleições de 2010. Tião perdeu, em Porto Acre, para Bocalom (DEM) e Jorge Viana (PT) perdeu para Petecão (PSD) e João Correia (PMDB) para o Senado. Um reflexo do esforço de Zé Maria para eleger os “companheiros”.


Comunistas unidos
Em Plácido de Castro, Tião Viana vai apoiar o candidato do PC do B, vereador Camilo, que conseguiu unir todos os partidos da FPA. O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) tem feito um bom trabalho para manter o seu partido em alta depois das duas derrotas seguidas ao Senado.


Homens fortes
Uma pessoa ligada ao candidato à reeleição em Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), me confidenciou que as suas articulações políticas passam pelas mãos do vereador Gabriel Forneck (PT) e André Kamai. Segundo a fonte, os “homens fortes” de Marcus. Os dois apoiam Rodrigo Forneck (PT) para vereador. Isso ainda vai dar muita “ciumeira”.


Em nome de Jesus
O PSOL conseguiu reunir mais de 500 pessoas na sua convenção para a prefeitura de Rodrigues Alves. Jailson Eugênio (PSOL) e a vice Marizia Souza (PSOL) formam a chapa dos socialistas. Gente nova tentando desbancar os antigos caciques da política do município. Segundo as minhas fontes, quando dizem para Jailson que não terá chances contra Sebastião Correia (PMDB) e Márcio Queiroz (PROS), os favoritos, o argumento dele é simples: “tenho Jesus ao meu lado”.


 


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