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Tucanos mais perdidos que cego em tiroteio nas eleições do Acre

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tucano morto


Antes de qualquer coisa quero destacar que o deputado federal Major Rocha (PSDB), presidente do PSDB acreano, está fazendo um excelente mandato em Brasília. Também o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) tem tido uma atuação muito positiva na ALEAC. Mas por outro lado, o partido não conseguiu se articular bem nas eleições municipais no Estado. Mesmo depois de oito meses de pré-campanha o PSDB parece não saber o que quer. Não aproveitou bem o período para negociar com os outros partidos de oposição e terminou isolado. Vejamos algumas situações para ilustrar. Em Cruzeiro do Sul, num único dia, o candidato Henrique Afonso (PSDB) negociou uma chapa de composição com a FPA, comandada pelo PT, para ter Carla Brito (PSB) como vice. Depois se reuniu com a tropa do prefeito Vagner Sales (PMDB) para tentar ser vice de Ilderlei Cordeiro (PMDB). Ainda nesse mesmo dia acabou protocolando no TRE a sua candidatura, chapa pura, a prefeito. Em Rio Branco, algumas horas antes da convenção de Raimundo Vaz (PR) e Francineudo Costa (PSDB), Rocha tentou abrir negociação para apoiar Eliane Sinhasique (PMDB). Mas condicionou o apoio dos tucanos a uma decisão da ex-deputada Antônia Lúcia que teria que também vir no pacote. Quer dizer que um deputado federal, presidente do segundo maior partido do Brasil, vice-líder do presidente interino Michel Temer (PMDB), dependia da concordância de uma ex-deputada para tomar uma decisão? A realidade é que todas essas idas e voltas ficaram muito estranhas.

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Racha no ninho
Tanto em Rio Branco como em Cruzeiro do Sul muitos tucanos irão apoiar as candidaturas majoritárias do PMDB. Seguirão a lógica de candidatos com mais chances de vitória e identidade em relação a oposição ao PT. Isso é real.


Mais uma patuscada
Conversei com o candidato a prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB), se tinha alguma possibilidade de abrir para Toinha Vieira (PSDB). A resposta foi impublicável. Ele me disse que não abre um milímetro para o Major Rocha porque a sua adversária tucana é “remédio vencido na prateleira”.


Falta de diálogo
Não teve ninguém do PSDB que tivesse se empenhado em dialogar mais intensamente com as outras forças de oposição. E não adianta jogar a culpa no PMDB e no PP. Teve tempo de sobra para que composições mais “rentáveis” politicamente para os tucanos acontecessem.


A culpa é sempre do outro
Por muito tempo jogaram todas as mazelas das composições no colo do deputado federal Flaviano Melo (PMDB). Mas quantas conversas Rocha e Flaviano tiveram até esgotar possibilidades? Não usaram bem o tempo disponível e nem a hora certa de aparar arestas.


Oposição a quem?
Já estou antevendo um pouco do final dessa história. A tendência é que o PSDB coloque o PMDB como seu principal adversário. O culpado pelo resultado previsível das urnas. Se bobear irão fazer mais oposição ao PMDB do que ao PT, mesmo os tucanos tendo um vice-líder do Governo Temer.


Mercadoria boa
O PSDB é uma grande força política. Teve recentemente candidaturas majoritárias de peso para enfrentar o PT em 2012 e 2014. Por que então o partido acabou se limitando a uma aliança com os partidos de Antônia Lúcia?


Luz no fim do túnel
Os registros das chapas majoritária definitivas poderão acontecer até o dia 15 de agosto. Rocha ainda pode dar a volta por cima nessa reta final e rever algumas decisões. Na política tudo é possível e o PSDB tem tradição na política do Acre suficiente para reverter os seus rumos e sair como fator de união.


A hora da verdade
Quem vai mostrar quem estava errado ou certo na hora das composições nas eleições municipais serão as urnas. O fato é que o isolamento em que os tucanos se meteram terá consequências nas próximas eleições de 2018. Política se faz juntando e negociando.


Disputa “besta”
Essa projeção das disputas para as vagas do Senado e do Governo em 2018 foi outra estupides. Rocha elegeu Vagner Sales seu adversário na corrida ao Senado. Mas qual a possibilidade real do pemedebista ser candidato? Ela é muito pequena.


Vareio de bola
Vamos ser sinceros, não dá para você ir jogar contra um time grande na “casa dele” e ainda se achar favorito. Será que alguém achava que Vagner estando na prefeitura há oito anos iria facilitar as coisas para os tucanos em Cruzeiro do Sul?

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Caminho pavimentado
Seja qual for o resultado das eleições municipais dois partidos de oposição sairão fortalecidos da disputa, o PMDB e o PP. O senador Gladson Cameli (PP) se “fazendo de morto” emplacou candidatos majoritários em 19 dos 22 municípios acreanos. O PMDB tem chances nos dois maiores colégios eleitorais do Acre, Cruzeiro do Sul e Rio Branco.


Estratégia eficiente
Vamos falar a verdade. Com todo o desgaste do PT nos últimos tempos conseguiram jogar bem, pelo menos na Capital. A polêmica da indicação a vice de Marcus Alexandre (PT) foi abafada e resolvida com três meses de antecedência. Chegaram na Convenção só fazendo festa com a chapa fechada. Resolveram a possível dissidência do PRB e de outros partidos “nanicos” para não gerar mais desgastes. Estão na rua em campanha.


Nem tudo são flores
Mas vale frisar que em outros municípios o PT não jogou tão bem. Em Cruzeiro do Sul apoiam uma boa candidata, mas desconhecida da população. Lá prevaleceu a “genialidade” política do coordenador do Governo do PT na região, Itamar de Sá (PT) apoiado pelo deputado federal César Messias (PSB). As urnas decretarão o sucesso ou o fracasso da empreitada


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