A cada eleição as ações das militâncias na internet através das redes sociais se tornam mais fortes. Nesses dias o debate era em torno da candidatura à prefeitura de Rio Branco de Raimundo Vaz (PR). Setores da oposição o acusavam de estar a serviço da FPA. Conversei com o candidato por telefone. Ele me disse o seguinte: “Sou um homem livre e não tenho que aceitar ordens de ninguém e isso incomoda os dois lados. Sempre me elegi com os meus votos e não da FPA. Por isso, não dou satisfação às fofocas, mas à sociedade. A minha candidatura é uma opção para quem está em busca de mudanças. Não tive pressa e esperei mais de 30 anos por esse momento. Serei uma opção aos eleitores com um projeto de gestão bem elaborado. Agora, como estou sendo apoiado por partidos que não estão envolvidos em corrupção farei críticas ao PT e ao PMDB no plano nacional, mas sem agredir os seus candidatos à prefeitura de Rio Branco. O meu trabalho é para chegar ao segundo turno, mas se isso não acontecer sou um político fiel e seguirei no mesmo rumo dos meus principais apoiadores, a ex-deputada Antônia Lúcia (PR) e o deputado federal Major Rocha (PSDB),” desabafou Vaz.
A novela continua
O DEM ainda não bateu martelo para caminhar com a candidata do PMDB, Eliane Sinhasique (PMDB), na Capital. Questões relativas as vagas de vereadores têm sido o entrave. Pelo que me disseram o DEM não quer que o PSD faça parte de um chapão de vereadores que teria PMDB, DEM, PPS e PSD. Continuam as negociações de bastidores.
Cesta cheia
Por outro lado, o PMDB de Cruzeiro do Sul deve anunciar nas próximas horas mais dois “possíveis” aliados que estavam apoiando Henrique Afonso (PSDB). O PPS e o PSD, partidos que chegaram a ter nomes de vices do PSDB cogitados, podem passar a apoiar Ilderlei Cordeiro (PMDB). Assim a aliança ficaria com 17 partidos.
Implosão
O vice anunciado de Henrique é o Dr. Carlos (PSD), anteriormente, era a ex-deputada Idalina Onofre (PPS). Se houver a mudança de lado do PSD e PPS, a candidatura do PSDB ficará seriamente comprometida. Seguiria apenas com a Rede e os partidos de Antônia Lúcia.
Negociações adiantadas
Segundo as minhas fontes, o PPS já é certo que marchará com Ilderlei. Em relação ao PSD, o senador Sérgio Petecão (PSD) já teria concordado com a mudança. Mas o diretório municipal do partido ainda não fechou questão.
Pendenga judicial
Os partidos que gravitam em torno de Antônia Lúcia, em Cruzeiro do Sul, estão num processo judicial pela posse nos diretórios municipais. Militantes do PR, PTC, PSC, PEN e Solidariedade lutam na Justiça para manterem os seus diretórios anteriores que foram destituídos pela ex-deputada. A decisão sairá a qualquer momento. Se isso acontecer voltarão a apoiar Ilderlei.
Rocha questionado
O dirigente do DEM, Frank Lima, escreveu um longo texto nas redes sociais questionando as recentes decisões políticas do presidente do PSDB acreano, Major Rocha. Na postagem reconhece o excelente mandato de Rocha na Câmara Federal, mas o acusa de estar “diminuindo” o PSDB no Estado com apoios questionáveis nas eleições municipais de 2016.
Situação delicada
Se as candidaturas de Raimundo Vaz, em Rio Branco e, de Henrique Afonso, em Cruzeiro do Sul, não decolarem o PSDB realmente ficará isolado na oposição. Terá que apostar em Toinha Vieira (PSDB) em Sena Madureira e Zum (PSDB) em Assis Brasil.
Poucas alianças
O fato é que o PSDB não encheu seu cesto de alianças nos municípios acreanos. Apoia algumas candidaturas do PMDB, em Rodrigues Alves e Porto Walter. Uma do PSD em Tarauacá. Mas tem poucos tucanos como cabeça de chapa ou vice no Estado.
Adversário forte
Em Sena, a união de Mazinho Serafim (PMDB), deputado estadual Gehlen Diniz (PP) e Charlene Lima (PV) criou uma candidatura forte. Toinha Vieira terá que enfrentar dois pesos pesados nas eleições, o atual prefeito Mano Rufino (PSB) e Mazinho. Uma tarefa complicada.
Quinari em foco
Outro problema para os tucanos. Em senador Guiomard, as candidaturas que despontam na oposição são fortes. André Maia (PSD) e Jorge Catalan (PP), apoiado pelo atual prefeito James Gomes (PP) e o senador Gladson Cameli (PP). Assim, Branca (PSDB) terá um embate dentro da oposição.
Colheita
Se o quadro das candidaturas tucanas no Acre não se reverterem até o final das convenções, depois na campanha e nas urnas as consequências poderão ser nefastas. Como o PSDB vai negociar vagas para o Senado e deputado federal na oposição, em 2018? Política se faz pensando no presente, mas projetando o futuro.
Uma vela para Deus…
Falam muito da união dos partidos da FPA. Mas se a gente olhar bem verá que o PRB, PDT, PSDC e PHS, que são da coligação, apoiam vários candidatos da oposição no interior. Não existe mais o controle político sobre as legendas como nos tempos de Jorge Viana(PT).
…outra pro diabo
Será que o articulador político do PT, Carioca, perdeu as rédeas dos aliados? O que se percebe é que esses partidos infiéis apoiam somente candidaturas favoritas no interior do Estado. Ou seja, querem sempre tirar uma lasquinha do poder. E ter cargos de confiança em todas as esferas.
Bola nas costas
Desde que acompanho política nunca tinha visto uma reviravolta tão espetacular como na eleição de Mâncio Lima. Conforme a coluna avisou em primeira mão, a candidata das oposições será Wilsilene Gadelha do PP. Quem sonhava com o trono era a ex-candidata do PMDB. Mas nas voltas que a política dá ela ficou pelo caminho. Agora, o PMDB do atual prefeito Cleidson Rocha (PMDB), indicará apenas o vice de Wilsilene, segundo o que me disse o senador Gladson Cameli. É aquele ditado que deve ser levado a serio: o canto de vitória antes do tempo pode virar choro. E mais, na política é preciso tratar as pessoas com educação e não ficar arrumando adversários gratuitamente. Quem lutava contra moinhos invisíveis era Dom Quixote que terminou a sua vida num hospício.
