Assistir à televisão, ouvir o rádio, ler jornais com veiculação nacional. Três coisas que deixam muita gente sem paciência. É trocar seis por meia dúzia, até porque ambos falam, diariamente, sobre a mesma coisa: corrução, corrupção e corrupção. Sai pra lá… Ninguém te aguenta mais! Deixa o Brasil!
Enquanto muita gente passa fome, frio e sede, algumas centenas estão por aí, gozando do luxo com o dinheiro público, aquele que deveria ser destinado às políticas governamentais que realmente alcançariam o povo, a gente. Dinheiro que iria para a saúde precária e para a educação em reprovação.
A verdade é que as denúncias sobre corrupção acabam, por vezes, desestimulando agentes que pensam em investir no Brasil. Também, não é para menos: uma economia que só degringola, um política instável, e uma indústria que fecha a cada dia mais portas parece estar se tornando “a cara do nosso país”.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já marcou posição sobre tantos episódios. Para o secretário-geral, Ban Ki-moon, só haverá desenvolvimento sustentável com o fim da corrupção. O líder mundial acredita que o crime “destrói vidas”, e isso é bem verdade.
Nem todo mundo é corrupto, mas a grande maioria paga a conta do que faz uma minoria. Estamos num ano eleitoral e a necessidade é de eleições limpas. A arma para isso, creio, deve ser as campanhas sem financiamento privado, ou seja, sem doações de empresas.
E não sou eu apenas que penso assim: a 32ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), em Genebra, apontou preocupação com a capacidade do Brasil em lidar com atos de corrupção do setor privado e sua influência em campanhas eleitorais e na formulação de políticas públicas. É mais um exemplo que precisamos agir!
Antes de tudo precisamos, prontamente, jogar a corrupção do dia a dia para longe de nós. Temos que denunciar os casos a que formos expostos e não aceitar, em quaisquer que sejam as “moedas”, chantagens para manter o silêncio. Temos de ser racionais, honestos.
Surpreende-me que, em meio a tanta crise, dezenas de escândalos e denúncias, ainda tem gente por aí “armando um esquema”, pensando em como driblar as leis, pensando em como “sacanear com o povo”.
Não precisamos de um novo país, precisamos de um novo Brasil. Um Brasil feito com e para o povo. Precisamos de um Brasil de oportunidades e igualdades.
*João Renato Jácome assina o blog “Opinar com Verdade”, é membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes internacionais pela Democracia, Meio Ambiente e Direitos Humanos.
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