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É difícil imaginar em que clima se darão as eleições deste ano em Rio Branco. De um lado, o prefeito Marcus Viana, cujo partido é acusado de saquear o país desde que Luís Inácio assumiu a Presidência da República. De outro, a deputada Eliane Sinhasique, do PMDB, com seus caciques Sarney, Renan, Jucá e Cunha à beira do precipício.


Se de um lado o atual prefeito petista terá de responder, sim, pelos desmandos do PT, ainda que deles nunca tenha participado, ainda que nunca tenha sido beneficiado, Sinhasique terá de se apresentar ao eleitor como correligionária do execrável Eduardo Cunha, do processado Renan Calheiros, do afastado Romero Jucá e do indigitado José Sarney.

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Não haverá, portanto, espaço para acusações mútuas. Nem unilaterais. Quem usar o discurso de que o adversário integra uma sigla de bandidos, sendo ele (ou ela) próprio pertencente a outra, tão enxovalhada quanto, certamente cairá em desgraça perante a opinião pública.


Pior para os marqueteiros, obrigados que serão a dosar a ofensiva e se esmerar na defesa. Melhor para o eleitor, que acabará por ter uma campanha talvez livre de baixarias e mais focada nas propostas.


Por sinal, a cidade de Rio Branco não é um exemplo para o resto do mundo, como quer o governo, como tentarão mostrar os iluminados do marketing eleitoral. Mas também não é o pior.


Marcus Viana, em que pese a crise criada por seu partido, tem feito uma administração – é preciso dizer – que não envergonha os rio-branquenses. Problemas existem em todos os setores, e a falta de recursos os agravou, é verdade. Mas o prefeito compensa a carência com disposição e boa vontade.


Quanto a Eliane Sinhasique, a despeito de sua ascensão rápida e desejo de ir mais além, ela pode ser, na visão do eleitorado, a alternativa de renovação que a política sempre apregoa como prioridade – e que, com certa frequência, é absorvido pelo eleitorado. Terá de convencer a maioria de que, a despeito de sua inexperiência no executivo, é mais apta que o adversário aos desafios de governar a capital.


Além deles, correm por fora o ex-prefeito de Acrelândia Tião Bocalom (DEM), Raimundo Vaz (PR) e Waldir França (PSOL). Ao que tudo indica – e mesmo aparecendo com destaque na primeira pesquisa de intenção de voto publicada recentemente – o deputado federal Alan Rick (PRB) não disputará o pleito.


Há também a chance de que Bocalom, Raimundo Vaz e Alan Rick se juntem num único bloco. Este poderá ser beneficiado em caso de troca de insultos entre as coligações capitaneadas pelo PT e PMDB.


Com as indefinições atuais no campo da política, tudo é possível. E esse raciocínio certamente dá algum alento ao pequenino PSOL.


 


 

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