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Após derrota no Judiciário, agricultores do Seringal Capatará bloqueiam a BR-317 em protesto

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A BR-317, que dá aceso à fronteira Sul do Estado, foi interditada na tarde desta terça-feira, 31 de maio, na altura do município de Senador Guiomard. Agricultores do Seringal Capatará, após perderem uma ação que exigia a reintegração de posse de uma área em que os trabalhadores rurais vivem. O protesto deixou o transito totalmente bloqueado.


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Na semana passada um grupo que representa os trabalhadores se reuniu com os membros da Comissão de Legislação Agrária, na Assembléia Legislativa. Numa extensa pauta, os trabalhadores clamava por uma ação mais efetiva por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de remeter o processo para a Procuradoria Geral da União (PGU) por entender que as terras em litígio são da União.


Segundo apurou o ac24horas, ao menos 800 famílias vivem na localidade. A área de terra que é disputada no Judiciário fica entre os municípios de Senador Guiomard e Capixada, cidades que margeiam a rodovia federal que liga o Brasil à Bolívia e Peru, e possui mais de 44.420 hectares.


Para José Apolônio Florentino, o Incra precisa intervir e promover uma ação discriminatória de terras particulares e terras da União para pôr fim ao impasse. “O Incra precisa promover essa ação discriminatória. Não entendo porque esse conflito se arrasta a tanto tempo. Quais forças atuam para que isso ocorra e o processo não ande?”, disse o líder comunitário durante a reunião com parlamentares.


DISPUTA ANTIGA
Uma reportagem da BBC mostrou que a possibilidade de uma expulsão já preocupava os agricultores desde o início da década. Em entrevista à rede internacional, o agricultor Adalcimar Alves da Silva, de 36 anos, um dos 14 filhos de Graça Alves, que chegou ao local quando tudo ainda era mata, comentou a situação já judicializada.


“Eu nasci no Capatará, me criei aqui, não sei fazer nada além de plantar e colher minha produção. Se eu for para a cidade com mulher e filhos, passarei fome”, afirma.


Assim como os irmãos, ele nasceu e cresceu na floresta, mas está apreensivo com a possibilidade de ver a polícia na porta de casa com a ordem de despejo, mesmo com sua mãe tendo a titularidade de sua área.


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