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Constelação Sistêmica-Organizacional para compreender as dinâmicas entre os elementos de um sistema

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Luciano Trindade*


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Luciano Trindade

A partir do dia 19 deste mês se iniciará em Rio Branco uma formação em constelação sistêmica-organizacional, oferecida a líderes, gestores, empresários, consultores, treinadores, empreendedores, coaches e todos os interessados em desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional.

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Sob condução da Master Trainer Cornelia Benesch Bonenkamp, a formação abordará a teoria do pensamento sistêmico e a prática das constelações organizacionais, uma ferramenta que vem auxiliando o trabalho de professores, juízes, advogados, médicos, psicólogos e gestores públicos e privados em temas diversos, tais como: solução de conflitos através de negociações e conciliações, identificação da causa de problemas complexos nas organizações, percepção de contextos ocultos, visualização de novas possibilidades de melhoria, etc.


A constelação sistêmica-organizacional é uma evolução da técnica de constelação familiar criada pelo terapeuta alemão Bert Hellinger, que através da observação das histórias familiares de seus clientes descobriu que muitos problemas e dificuldades estavam ligados a situações e conflitos vivenciados por membros anteriores do grupo/sistema familiar. Ao descobrir os 3 princípios fundamentais dos sistemas de convivência humana (direito de pertencimento; equilíbrio entre dar e receber; e ordem hierárquica ou lugar adequado de cada um), Hellinger desenvolveu o conceito de simetria oculta do amor, que é a ligação inconsciente de cada membro ao seu sistema, onde naturalmente o indivíduo sente leveza e sentido na vida. Com isso, tornou-se possível compreender que por lealdade oculta aos nossos ancestrais todos nós temos a tendência de inconscientemente repetir os passos dos membros anteriores do nosso grupo familiar.


O interessante é que ao longo do tempo os profissionais que trabalham com constelações passaram a perceber que essa ferramenta pode ser usada em todas as áreas das relações humanas e nos contextos familiar, social e organizacional. Exemplo disso é o do Juiz Sami Storch, do Tribunal de Justiça da Bahia, que há mais de 10 anos usa a constelação para auxiliar a pacificação de conflitos familiares judicializados, sendo que a partir desse trabalho vanguardista e já reconhecido até internacionalmente, hoje diversos Tribunais de Justiça (TJBA, TJGO, TJMT, TJRS, TJAL, dentre outros) tem buscado integrar profissionais consteladores aos seus núcleos de conciliação e mediação, reconhecendo-se que a constelação sistêmica é uma ferramenta que possibilita a paz real e efetiva a todo o sistema, seja familiar ou organizacional.


No âmbito das organizações a constelação sistêmica pode ser usada em empresas privadas ou instituições públicas sempre que existirem problemas sistêmicos, como por exemplo: a organização não se desenvolve, os clientes desaparecem, não se consegue inovar os produtos, os funcionários estão em permanente conflito, a liderança se sente sobrecarregada e sem apoio dos colaboradores, alto índice de turnover, um serviço ou produto considerado excelente inexplicavelmente não tem demanda, etc.


Com a utilização séria e habilidosa da constelação sistêmica-organizacional, consegue-se descobrir dinâmicas que estão funcionando de forma oculta nas instituições ou empresas e causando problemas complexos, bem como se possibilita a ampliação da visão dos envolvidos, revelando soluções de grande impacto que antes não eram vistas.


É essencial na visualização sistêmica perceber que as organizações são compostas de seres humanos que pertencem ao mesmo tempo a diferentes sistemas dos quais recebem grande influência. No entanto, ninguém consegue seguir a um só tempo sistemas com valores e práticas comportamentais opostas. Assim, cada pessoa da organização experimenta tensões causadas pela incompatibilidade das necessidades de um e de outro sistemas que pertence. Por exemplo, suponhamos que, no mesmo dia, um funcionário quer ir à confraternização de natal da empresa e também quer ver seu filho jogar futebol num evento da escola. É impossível para este funcionário/pai estar nos dois locais ao mesmo tempo e, inevitavelmente, se sentirá culpado ou desconfortado em relação ao sistema que “decepcionar.”


A forma prática de se usar a ferramenta da constelação sistêmica é através de uma vivência fenomenológica, onde o cliente escolhe pessoas para representar os elementos que considera mais importantes no seu sistema (por exemplo: a empresa, os fundadores, departamentos, propósito da organização, funcionários, clientes, fornecedores, produtos, concorrentes, sócios, aposentados, demitidos, etc). Após, intuitivamente o cliente posiciona cada um destes “representantes” no lugar que sinta que é adequado. Depois, esses “representantes” dizem quais sensações físicas e emoções que estão sentido, que movimentos gostariam de fazer e se sentem que falta alguém. Eventualmente os representantes também podem se mover e encontrar um local onde sintam ser adequado para si dentro do sistema. Durante toda a prática o constelador orienta os passos dados, bem como apóia e observa atentamente as reações físicas e os impactos emocionais das dinâmicas no cliente.


O interessante da constelação é que o cliente efetivamente amplia sua visão. Além da imagem da sua situação atual, passa a ter a imagem da eventual solução e dos caminhos que tem de percorrer para alcançá-la. E tudo ocorre de uma maneira intuitiva e fluida, favorecendo para que a solução seja de mais fácil aplicação e melhor integrada pelo cliente.


Como já dissemos, qualquer pessoa numa posição de responsabilidade, seja na indústria, no comércio, nos serviços ou no governo, numa organização de saúde, educacional ou da justiça, pode beneficiar-se desta metodologia e encontrar boas soluções em muito pouco tempo.


 


Segundo Jan Jacob Stam, “pensar e olhar o mundo de forma sistêmica permite que nos conscientizemos dos mecanismos e das dinâmicas que estão presentes nos sistemas e que, normalmente, não notamos. Tais dinâmicas podem, em um determinado momento, dar-nos asas para voar e, em outro, deter-nos, paralisando-nos e nos impedindo de agir”.


Se esse tema te interessou e se você quer conhecer a técnica ou até mesmo fazer a formação  em constelação sistêmica-organizacional, informamos que a formação será conduzida pela Coach, Consteladora e Treinadora Cornélia Benesch Bonenkamp. De origem alemã, Cornelia é Master Trainer em PNL e Constelações Sistêmicas Familiares e Organizacionais, com experiência profissional de 19 anos desenvolvendo trabalhos na Alemanha, México e Brasil.  Em Rio Branco a formação em Constelação Sistêmica Organizacional terá carga horária de 96 horas, distribuídas em 3 Módulos (Módulo I  de 19 a 22/05 – Módulo II de 11 a 14/08 – Módulo III de 29/09 a 02/10). Mais informações com Caterine (92290007) ou Luciano (84170007).


* Luciano Trindade é Master Coach  e Constelador  Familiar/Organizacional


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