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Fim de festa

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Conselho editorial


Na atual conjuntura política do país, alegria de petista tem durado pouco. Foi assim na manhã desta segunda-feira, 9, quando os militantes e a alta cúpula do partido respiraram aliviados ante a decisão do presidente interino da Câmara do Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular os efeitos da aprovação da admissibilidade do impeachment. À tarde, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acabou com a festa.

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Um batalhão de parlamentares, juristas, comentaristas políticos e cientistas sociais foi instado a falar sobre a decisão extemporânea de Maranhão. Com exceção dos argumentos monótonos dos aliados de Dilma, houve unanimidade sobre a decisão do presidente interino da Câmara: ela fere o rito do impeachment, desrespeita os 367 deputados federais que disseram sim ao afastamento e decorre, talvez, do desespero dos palacianos petistas.


E nem mesmo o banho de água fria, dado por Calheiros, foi capaz de cessar o burburinho – dele se encarregando, no plenário do Senado, os parlamentares da base aliada.


No começo da tarde, antes do anúncio do presidente do Senado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, admitiu ter estado ontem, domingo, com Waldir Maranhão. Negou ter interferido na opção do deputado em anular os efeitos da votação do impeachment na Câmara. Mas desconversou sobre o fato de a reunião não constar na sua agenda oficial.


Os petistas tinham a esperança de que a manobra na Câmara pudesse afetar a ordem das coisas no Senado. Enquanto isso, os líderes dos partidos favoráveis ao impeachment anunciavam a disposição de recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra Waldir Maranhão. Mais uma vez, pelo que se pode ver, os ministros do STF serão instados a colocar fim à balbúrdia deflagrada pelo processo de impedimento.


Enquanto Dilma e seus acólitos fazem de tudo para postergar a entrega temporária do cargo ao vice-presidente Michel Temer, o país, a cada dia, amanhece pior do que fora dormir.


Ora é a inflação que fica acima da meta, ora são novas denúncias da Lava Jato que implicam ainda mais os notáveis do governo, ora é o aumento da taxa de desemprego. Acima de todos esses problemas, cujas consequências são piores para a parcela mais pobre dos brasileiros, situam-se as prioridades dos que estão no governo.


O PT faz a política de terra arrasada. Não importam os custos da delonga do processo de impeachment, da guerra suja nas redes sociais, do opróbrio lançado contra as instituições. Tampouco importam a imagem do Brasil no exterior e as consequências do agravamento da crise para a população.


Do que se depreende que os interesses do PT são conflitantes com as urgentes necessidades do Brasil.


 


 

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