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“Estávamos dormindo com o inimigo” dizem petistas do Acre sobre relação de PT e PMDB

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Todo fim de relacionamento marca um momento de tristeza, ressentimento, solidão e troca de acusações acaloradas após o rompimento. Estes sentimentos também estão marcando o fim do casamento de PT e PMDB em nível nacional. Na manhã desta quarta-feira (30), os deputados Jonas Lima, Lourival Marques, Leila Galvão e Daniel Zen, todos do PT, se alternaram na tribuna da Aleac para reclamar do que eles classificam como traição do PMDB na relação que já durava mais de 14 anos entre os cardeais petistas e caciques pemedebistas.


O líder do PT na Casa, deputado Lourival Marques, comparou o desembarque do PMDB com o filme “Dormindo com o inimigo”. “Da decisão que os líderes do PMDB tomaram, eu só posso ao filme Dormindo com o inimigo, e isso há 14 anos. Nós do PT estamos dormindo com o inimigo. Em março de 2015, eu falei que tinha iniciado uma crise nacional e foi só ter um banzeiro no navio que os ratos começaram a pular. Eles tinham mais de 600 cargos e sete ministérios na administração Dilma Rousseff, mas eles querem mais”, diz Marques.

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Para o petista, “o PMDB quer aplicar um golpe e tomar a Presidência da República. Querem ganhar no tapetão. Isso é muito ruim ver o oportunismo de Michel Temer e dos demais políticos que estão apoiando golpe político. Não estou defendendo quem fez falcatruas, todos têm que ser presos e investigados, mas num momento como este que o país passa por uma crise, um único partido, com 68 deputados federais decide sair para impedir a presidente. Este é o golpe político que estamos passando. O PMDB quer o governo”, destaca.


O deputado Jonas Lima disse que o PMDB é o principal personagem “do golpe que estão querendo aplicar no governo da presidente Dilma. O PMDB está tentando de todas as formas chegar à presidência. O PMDB está dentro de todos os governos, sugando. Já estava anunciado 14 anos atrás, o golpe que a aliança com o PMDB iria resultar num golpe. Líderes políticos do Acre, em 2014 já sinalizavam isso. Mas nós sabemos com quem nos aliamos. Para mim, não é surpresa. Isso é um golpe político anunciado”, enfatiza Lima.


Segundo Jonas Lima, o que ele classifica como movimento golpista está sendo comandado “pelo deputado Cunha, um mal caráter, acusado de diversos atos de corrupção. Quando o navio está afundando, os ratos começam a pular e esses ratos estão todos na Lava Jato. Nós nunca questionamos a Justiça, pelo contrário, nesses últimos 14 anos a Polícia Federal está liberada para fiscalizar quem quer que seja, diferente de antes que havia repressão no trabalho deles. São sete ministérios, 800 cargos, que moral eles têm para falar para o Brasil?”, questiona.


A deputada Leila Galvão afirma que “não poderíamos deixar de expressar a nossa indignação. Esse é o nosso sentimento, não só de quem milita no PT, mas também das pessoas de bem. Muitas pessoas o que ouvimos que existe de fato um interesse. Em nenhum momento nós compactuamos com a corrupção, a ideia é punir aqueles que afetaram o erário público. Mas há um sentimento que a política nacional não pode ser conduzida da forma que vem sendo conduzida. Existe um golpe político. O PMDB nunca nos enganou”, ressalta a petista.


Para deputada, os peemedebistas teriam um rejeição grande e não teriam condições de chegar ao poder pelas próprias pernas. “Nós temos inclusive acesso a pesquisas para 2018, há uma rejeição tão grande do PMDB. O Michel Temer aparece com 3% nas pesquisas. Quando a situação está difícil ele pula do barco.


O que me deixa indignada é todo processo decidido em apenas três minutos e ainda conduzido por um deputado mais corruptos do Brasil. Que país nós queremos? Que país é esse? Não podemos ser coniventes”.


O líder do governo, Daniel Zen, tratou com ironia a reunião do PMDB. Zen relatou a foto dos líderes peemedebistas publicadas nos jornais de circulação nacional onde aparece o vice-presidente Michel Temer e outros membros do partido. “Os xeleléus do capitão do golpe, Temer é o capital do golpe. O cunha é o capitão do mato, ele deveria renunciar ao posto de presidente da Câmara, já que é um cargo onde ele chegou com ajuda do PT e de todos os partidos da base de sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff”, dispara o petista.


Zen comparou Micheo Temer ao personagem Frank Underwood, da série House of Cards. O Michel Temer é o Frank Underwood, ele fica de butuca esperando a presidente cair para ele assumir o cargo. O PMDB correr sério risco de governar sem receber um único voto do povo brasileiro. Não tenha uma viva alma neste país, nenhum jurista dos mais qualificados que concorde com o impeachment.


É o golpe com apoio das cinco famílias que controlam os principais veículos de comunicação do país”, finaliza o líder do governo na Casa.


Peemedebista Eliane Sinhasique trata com ironia os discursos do petistas

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) usou a tribuna para dizer que não aguentava mais “choro e ranger de dentes. Todo mundo esperneando. Eu não entendo. Às vezes eles ficavam aqui dizendo que o PMDB tinha que sair. Agora, eles ficam reclamando que não deveria sair. Eu batalhei muito para o PMDB deixar esta relação nefasta com o PT. Por isso comemoramos. Até que enfim conseguimos fazer com que o PMDB nacional abrisse os olhos. Se o PMDB estava com o PT por conveniência, será que o PT também não estava com o PMDB por conveniência? Pessoas de bem nós temos em todos os partidos. Tenho certeza que muitas pessoas dentro do PT – que ajudaram o partido a chegar no poder estão frustradas. Estas pessoas também são do mal, porque viram que o projeto faliu e colocou o país num abismo?”, questiona a peemedebista.

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