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Com o PMDB “quase fora” o Governo Dilma vai balançar ainda mais

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Na convenção nacional do PMDB, no sábado, dia 12, em Brasília, o tom dos discursos da maioria dos representantes dos diretórios regionais foi de dissidência ao Governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Os peemedebistas querem abandonar o barco. Mesmo com seis ministérios e a possibilidade de ter mais um, o partido vai se desvincular do Governo. As consequências dessa postura do PMDB deverão complicar ainda mais a estabilidade e a governabilidade da presidente Dilma. A verdade é que o Governo agoniza como consequência de vários erros políticos e de gestão. A equipe de Dilma não está conseguindo equacionar a crise econômica que tem origem num cenário mundial negativo, mas que no Brasil se agravou devido a instabilidade política. Com o PMDB fora não há saída. Faltará apoio no Congresso Nacional para votações governamentais. O PT sozinho não será base suficiente para dar sustentação ao atual Governo. Mesmo porque a saída do PMDB deverá arrastar outros partidos para a dissidência.


Antecipação da agonia
Na sexta, dia 11, a presidente Dilma concedeu uma longa entrevista à imprensa nacional. O resumo de todas as falas é reafirmação de que não vai renunciar. O argumento são os resultados das eleições de 2014 e a constitucionalidade.

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A hora de ouvir o povo
Se a presidente Dilma e o PT tem tanta certeza da popularidade do seu governo deveria fazer um referendo. Isso poderia acontecer nas eleições de 2016 junto com a disputa municipal. Então a população poderia se manifestar para dizer se quer ou não a continuidade do atual Governo. Referendo é democrático.


Acre radical
A comitiva do PMDB do Acre, através da deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB), também se pronunciou na Convenção. Os acreanos querem a saída imediata do partido da coligação com o PT. Uma posição já conhecida. Mesmo nos momentos de alta popularidade dos governos anteriores do PT o PMDB do Acre sempre apoiou candidatos presidenciais de oposição.


A origem da crise
Em primeiro lugar o resultado apertado no segundo turno das eleições presidenciais de 2014 que revelou um país dividido politicamente. Pouco mais de três por cento dos eleitores garantiram a vitória ao PT. Resultado similar da vitória de Collor contra Lula (PT) em 88. E Collor não resistiu.


A origem da crise 2
Um outro ponto importante foi o aumento de denúncias de corrupção envolvendo recursos que teriam sido empregados nas eleições. Tanto que o marqueteiro do PT, João Santana e a esposa, estão presos. Essas investigações comprometem a lisura do resultado eleitoral de 2014.


Postura antipática
O PT projetou um longo governo. Assisti a um evento do partido, em 2008, que mostrava um plano de governabilidade do Brasil até 2022. Faltou combinar com o povo brasileiro e com alguns petistas que se consideravam “intocáveis”. A arrogância e a presunção de alguns membros do partido atrapalharam esse projeto de longevidade no poder.


Avanços consideráveis
O problema do momento atual é não se considerar os avanços sociais dos 12 anos de governos do PT. O “cabo de guerra” que se formou pode levar à destruição projetos de gestão positivos encabeçados pelo PT, principalmente, na área de educação. Não concordo que tudo não prestou.


A sedução do poder
O problema foram os métodos que o PT utilizou para se manter o poder. Agiu conforme os manuais da antiga direita brasileira. Caiu em tentação. Estava em observação e, como se diz no Acre, deu cabimento aos seus adversários políticos.


Corruptódromo
Não adianta nesse momento comparações para saber quem roubou mais, PT ou PSDB, nos anos que governou. O fato é que o escândalo da Petrobras é o maior da história do Brasil. Envolve o desvio de bilhões de dólares. Seja o partido que for isso precisa ser apurado até o final e os culpados punidos exemplarmente.


Desserviço ao Brasil
O presidente Lula (PT) deveria ter sido mais humilde nas suas declarações sobre as denúncias contra ele e a sua “possível” prisão. Teria saído de vítima se conseguisse provar não ter nada contra ele. Mas Lula fala grosso. Se projeta como futuro presidente, em 2018, e acirra os ânimos.


Lulinha, paz e amor
A postura de Lula nas eleições de 2002 deveria ter sido repetida nesse momento de crise. Lula deveria se valer mais do silêncio e da humildade. Deixar as coisas acontecerem e, se realmente, não tem nada que o comprometa dar a volta por cima na hora certa.

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Ilusão
Lula se considera realmente o Pai dos Pobres, mesmo tendo passado milhões nos últimos anos pelas suas contas, conforme reportagem da Revista Época. Claro dando palestras. Mas que palestras mais valorizadas essas… Sem falar no seu filho, Lulinha, que se tornou um milionário, exatamente no período que o PT governa o país.


Pérolas aos porcos
Lula poderia ser atualmente uma das mais fortes lideranças políticas do Brasil e do mundo. Mas as suspeitas que existem contra ele inviabilizaram essa possibilidade. Lula seria certamente secretário da ONU se tivesse se mantido fiel a sua origem humilde. Agora, precisa se defender para não ir preso.


Enquanto isso no Acre…
O governador Tião Viana (PT) está certo ao cobrar da sua equipe fidelidade política. Muitos que se beneficiaram desses anos de governos do PT no Acre querem tirar o “corpo fora” no momento de crise? Alguns já de olho em outros caminhos de “poder”.


Bola fora
Nessa cobrança do governador à sua equipe só tem um erro sério. Jamais o conteúdo da mensagem poderia ter vazado à opinião pública. Ficou claro como a “banda toca” no governo e que existem dissidências internas. Senão as informações não teriam vazado.


Manifestações pacíficas e democráticas
As manifestações contra a Ditadura Militar e o Governo Collor foram democráticas? Se a resposta é positiva as manifestações contra o Governo Dilma, neste domingo, 13, também fazem parte da democracia. Golpe é o povo não poder se manifestar e a imprensa não ter liberdade de expressão. Os brasileiros querem mudanças e o resultado das eleições presidenciais de 2014 ficaram para trás com os sucessivos erros políticos do PT. É preciso fazer essa transição dentro da democracia. Todo o poder emana do povo. Então 53% dos brasileiros quiseram, mas não querem mais esse atual Governo. É só ver os índices de popularidade da presidente Dilma, a maioria na casa de um dígito. Como o PT também marcou um ato a favor do seu Governo, Brasil afora, no mesmo dia, existe a preocupação de possíveis confrontos. Esperemos que isso não aconteça. Que todos os lados se manifestem democraticamente, mas que não haja violência. Acredito que tudo que está acontecendo no Brasil é uma apuração para um futuro muito melhor de uma das principais nações do mundo. E que a democracia prevaleça sempre!


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