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Secretário de Saúde faz acareação entre pais e equipe médica que atendeu bebê morto em UPA

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A morte de Pedro Lucas Muniz, de apenas três meses, ocorrida numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Rio Branco (AC), no último dia 15, continua gerando polêmica nos corredores da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Nesta sexta-feira, 26, foi realizada uma acareação entre os pais da criança e a equipe médica que teria prestado atendimento ao paciente.


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Segundo a Sesacre, a proposta do encontro era de esclarecer fatos ligados ao atendimento do menor e, ainda, deixar os pais da criança, bem como os demais familiares, mais tranquilos em relação ao que vem sendo feito para elucidar o caso. Contudo, os parentes do bebê ficaram de fora da reunião e, na análise de uma das tias, o encontro serviu apenas para abalar ainda mais o quadro emocional dos pais.


“Olha, o que fizeram aqui foi muito ruim. Agora, o meu irmão e minha cunhada vão ficar ainda mais abalados. Eles fecharam a porta e não permitiram que a gente entrasse lá no gabinete do secretário. Isso aí é um tipo de pressão com essa reunião. Isso não é bom para o momento. A gente sabe que na verdade não vão resolver é nada com essa reunião. Até o governador já os recebeu e disse que ia investigar. Queremos saber do resultado”, disse Eliane Santos.


20160226113610Para Meury Marinho, a mãe de Pedro Lucas, um dos médicos mentiu ao afirmar, durante a conversa, que a jovem teria informado um quadro de diarreia no filho, o que, segundo ela, não é verdade. “Ele teve a coragem de dizer isso na minha cara. Eu olhei bem nos olhos dele e deixei bem claro que o que meu filho tinha era febre, e que ele não teve nenhuma diarreia”, comenta revoltada.


Questionamento semelhante fez também o pai do menino, José Veronico. Segundo ele, “a médica olhou para mim e ainda fez uma cara de deboche, dizendo que estava ‘com a consciência tranquila’. Tudo bem, então! Mas se fosse o filho dela, ali, morto e colocado num pedra, como fizeram com o meu, tenho certeza que ela não estaria assim, tão tranquila. Isso aqui é uma vergonha, é um descaso total. Houve negligencia, sim”, afirma o pai.


Para o secretário de Saúde do Acre, Gemil Júnior, não há nada de errado em fazer a acareação. Na verdade, explica ele, “essa é uma forma de deixar os pais cientes de tudo que estamos fazendo aqui na Sesacre para resolver o caso. Já temos o Ministério Público nos ajudando e certamente encontraremos um esclarecimento certo e justo para dar a família, mas para isso é preciso aguardar todas as investigações”, contesta o gestor.


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