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Luto: familiares, amigos e autoridades prestam última homenagem a irmã Juliana

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O último adeus a irmã Juliana Ferreira, 103 anos, foi marcado por choro e comoção durante a missa rezada na capela do Colégio Imaculada Conceição pelo bispo Dom Joaquim Pertinez no final da tarde deste sábado (30).


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Dom Joaquim Pertinez ao orar pela ressurreição da irmã Juliana lembrou que “ela foi consagrada para a vida religiosa”

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Centenas de pessoas compareceram para despedida e entoaram louvores e orações. Muitos acompanhavam de pé a missa. Dom Joaquim Pertinez ao orar pela ressurreição da irmã Juliana lembrou que “ela foi consagrada para a vida religiosa. Rezemos a Deus pai para que o corpo de nossa irmã ressuscite no grande dia da vinda do Senhor”.


Familiares, amigos e religiosos prestaram homenagens a irmã antes do corpo seguir para o sepultamento no Cemitério São João Batista. Alzenir Martins de Souza, sobrinha da religiosa, fez um discurso que emocionou a todos.


“Minha tia foi uma pessoa que deixou um exemplo de fé, humanidade e amor ao próximo. Ela parecia que estava adivinhando. Na semana passada quando a visitávamos, ela disse que só sairia daqui para cidade dos pés juntos. Até a repreendemos: não diga isso, tia! Mas creio que ela já estava sentindo, pois completou dizendo que estava preparada para a partida. Ela era uma mãe para todos nós. O que eu mais admirava nela era sua fé”, disse.


O governador Sebastião Viana, que acompanhou toda a missa ao lado de sua esposa, Marlucia Cândido, também externou seu pesar e estendeu os sinceros sentimentos em nome de toda sua equipe de governo.


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Sebastião Viana fez um dos dicursos mais emocionantes sobre a trajetória de Irmã Juliana

“A irmã Juliana é uma figura fantástica. Ela viveu e exerceu uma história linda. Como cristã, ela teve uma vida exemplar que ficará definitivamente marcada na história religiosa do Estado do Acre. Dona de uma força, embora de aparência frágil, ela saía para visitar as pessoas, até meus pais ela visitava. Uma mulher de oração e cheia de disposição. Ao invés da gente fazer por ela, era ela quem fazia pela gente. Deixo meu sentimento e devoção por ela”, se emociona o governador.


A irmã Claudine, 83 anos, recordou seu primeiro encontro com a irmã Juliana quando chegou de Xapuri.  “Tive uma convivência de anos ao lado dela na luta pela educação. Quando cheguei de Xapuri, ela trabalhava na cantina e lembro que ela me perguntou se eu queria ajuda-la e respondi que sim. Depois lembro-me que perguntei a ela: irmã Juliana como faço para não vender fiado? e, ela de pronto me respondeu: escreva num papel assim: Fiado Só Amanhã! E eu, assim, acatei e não é que funcionou mesmo! Depois disso ninguém veio mais comprar fiado!”, contou arrancando risos de todos.


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A irmã Claudine, 83 anos, recordou seu primeiro encontro com a irmã Juliana

O médico Jackson Ramos, que acompanhava de perto a saúde da religiosa, lembrou dos cuidados e do exemplo deixado por ela quando ele começou os estudos no colégio ainda no jardim da infância. ”Aqui eu aprendi o dom da caridade, o dom de cuidar e foi esse exemplo que me motivou a seguir a medicina. Hoje quero deixar esse testemunho deixado pela irmã Juliana e todas as demais irmãs que desenvolvem esse importante trabalho. Muito obrigado as servas de Maria por estarem aqui cuidando de todos”, disse Jackson Ramos.


 Hospitalizada em Fortaleza, sobrinha lamenta morte e faz homenagem pela internet

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Outra sobrinha da religiosa, Telma Chaves, lamentou profundamente a perda da tia por estar hospitalizada em Fortaleza (Ceará). Coincidentemente, ambas foram submetidas a cirurgias no mesmo dia e horário, porém em hospitais diferentes.


“Minha tia Juliana meu porto seguro, meu exemplo de sabedoria, de humildade, de vida. Não tenho palavras neste momento de muita dor no meu coração. Nossa afinidade era sem tamanho. Tínhamos um pacto de nunca nos separarmos. Mais tive que viajar para fazer uma cirurgia e neste momento ela também fez uma cirurgia no mesmo horário e saímos juntas no mesmo horário. Infelizmente eu estou contando a história e ela chegando na festa do céu. Nunca deixei este amuleto. Agora sofro por não está do seu lado neste momento. Senhor recebe ela junto com tua mãe Maria. Tia, te amarei sempre”.


Em outro post, Telma Chaves disse que encontrou no céu uma resposta para suportar a dor. “Tia na madrugada de hoje fiquei horas e horas te buscando entre milhares de estrelas no céu. E de repente vi uma que piscava muito, era um brilho sem tamanho. Então senti tua presença. O que me confortou muito da dor que sentia naquele momento de saudade. Obrigada Senhor por todos os momentos que senti e convivi com esta santinha um amor sem limite. Obrigada juju por todos os conselhos e preocupações que tivesse comigo. Sei até o que você disse quando chegou no céu. Achei que nunca ia chegar aqui. Com um sorriso pacato que é só seu. Te amo.”


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Após as homenagens, o corpo foi sepultado às 17h20 no Cemitério São João Batista.


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Irmã Juliana morre ao 103 anos

Irmã Juliana Ferreira fraturou o fêmur (região bacia) no final da tarde do último sábado,23, após uma queda. No dia seguinte, domingo (24) ela foi conduzida ao Pronto Atendimento da Unimed, onde foi constatada a fratura. De lá, ela foi conduzida ao Hospital Santa Juliana onde realizou todos os exames para procedimento cirúrgico, mas às 8h desta sexta-feira, 29, não resistiu em decorrência de complicações. Irmã Juliana chegou a cidade de Sena Madureira (AC) aos cinco anos de idade e aos nove ingressou como noviça na Igreja Católica, na Ordem das Servas de Maria Reparadora, em Sena Madureira. Ela completaria 104 anos no próximo dia 13 de fevereiro e era natural da cidade de Iguatu, interior do Ceará.


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