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Mulher denuncia suposto erro médico durante procedimento no Hospital do Câncer, na capital

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A produtora rural Maria Paixão Pereira, de 52 anos denunciou na manhã desta quarta-feira, 20, o que ela classifica como “descaso” e “negligência médica” promovida pelas equipes médica e de enfermagem do Hospital das Clínicas (HC) do Acre. Ela acompanha o marido, Francisco Alves pereira, de 51 anos, que tem câncer e está internado na Enfermaria A do hospital.


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O casal, que vive na zona rural do município de Capixaba (AC), a uma distância de 131 quilômetros da capital Rio Branco, tem passado dias de medo e incertezas quanto ao real quadro clínico de Francisco. Maria conta que o marido teve a barriga perfurada cinco vez para que fosse realizada uma punção abdominal, o que viabilizaria a retirada do líquido que estava concentrado na região da barriga.

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“Eu fico pensando: ‘Será que um médico vai abrir cinco cortes na barriga de uma pessoa para ver onde é que tem que fazer a cirurgia: Se for assim, desculpa, mas tem alguma coisa errada’. Meu marido não tinha líquido não, porque quando eles furaram as cinco vezes, dizendo para mim que era normal, não sabia água; só saiu sangue, e muito sangue. Agora, meu marido está aí, com hemorragia, e meu medo é que ele morre assim, sangrando”, desabafa.


Maria contou ao ac24horas que pela madrugada pediu apoio da equipe de enfermagem para que vissem o que estava acontecendo com o esposo dela, mas recebeu uma resposta que nunca pensou escutar: “Não temos nem gaze para fazer os curativos. Se é isso que a senhora quer, tem que ir lá no Tião Viana para ele mandar matéria de curativo, porque aqui não tem nada disso. Tá faltando tudo!”.


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Não bastasse a situação dramática que vive a mulher, os servidores teriam, ainda, impedido que a médica fosse chamada para atender a emergência, alegando que pela madrugada a profissional estava de repouso, o que seria garantido por lei, e que ela não podia ser incomodada, o que, logo pela manhã, teria sido confirmado pela própria médica a Maria Paixão.


“Enquanto isso, meu marido estava lá, sangrando, e eu, claro, desesperada com o que estava acontecendo com meu marido, um homem trabalhador, que não merece morrer assim, tão doente, e sem o socorro que a gente precisa ter quando está doente. Aqui tem muita omissão. Essas funcionárias foram omissas. Vou procurar a Justiça, e até a polícia, mas isso não pode continuar acontecendo”, alega Paixão.


Ao chegar às dependências do hospital, a reportagem conseguiu flagrar várias reclamações sobre os serviços oferecidos no HC de Rio Branco. Contudo, os pacientes têm medo de reclamar a situação à imprensa e terem os tratamentos prejudicados. Faltam inclusive fraudas descartáveis para os pacientes, além de gazes e até esparadrapo, relatam usuários.


A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que o procedimento recebido por Francisco é normal e que foi feito da forma correta. Além disso, o órgão esclareceu que o paciente não corre risco de morte e já está sendo assistido pela Gerência do Hospital do Câncer.


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