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Grávida de 22 anos tem sangramento e teme perder o bebê

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João Renato Jácome | Rio Branco (AC)
joao.re.nato@hotmail.com


Nove meses de gravidez, sentindo contrações e perdendo sangue. Esse era o estado de saúde da jovem Rayane Espindola, de 22 anos, que nesta sexta-feira, 8, denunciou a demora nos atendimentos da Maternidade Bárbara Heliodora, que fica no Centro de Rio Branco (AC). Além delas, diversas grávidas aguardavam um atendimento demorado e denunciaram, também, a falta de médicos para os atendimentos.

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“Estou aqui desde ontem. Bateram uma ultrassom, e depois mandaram para casa. Eles dizem que é normal. Não tomou nada. Só dizem que estão aguardando um leito pra ela. A sensação é de descaso, de impunidade. Infelizmente, se meu neto morrer, eu vou ter que processar o hospital e os médicos, mas isso não vai resolver. É um descaso sem fim isso aqui”, reclama a mãe da jovem, Elenice Martins.


Segundo os familiares da moça, a jovem já estava sangrando desde o dia anterior, quando começou a sentir dores fortes e precisou, com medo, ir até a maternidade, em busca de socorro médico. Contudo, conta a mãe, o medo apenas aumentou. “Eu pensei que isso aqui ia ser a melhor saída, porque a criança já está na hora de nascer, mas infelizmente aqui é só descaso; aqui é uma vergonha”.


Outro caso, também classificado por pacientes como “grave”, é o da jovem Railane Borges, de 18 anos. Ela, que espera o primeiro filho, e está com seis meses de gravidez, conta que chegou à maternidade às 10 horas, mas, às 16 horas desta sexta-feira, ainda não havia sido atendimento nem mesmo para a avalição clínica.


“Eu cheguei aqui pela manhã, mas até agora não fui nem atendida. Tinha um médico, mas ele saiu ao meio dia e só apareceu uma médica aí às três da tarde. Já tá com quase uma hora de novo que to esperando, mas ainda nada. Há pouco a médica entrou acho que para fazer algum parto e não voltou ainda. Enquanto isso a gente fica aqui, com a sensação de que não estão nem preocupados com a gente”, reclama a jovem.


Já o marido de uma grávida, José Freitas, de 37 anos, a situação da maternidade tem sido a mesma nos últimos dias. “Já estou vindo com a minha mulher há três dias, e sempre mandam para casa. A gente já não sabe mais o que fazer. Aqui não tem vaga. No Santo Juliana também não. Estamos a mercê a boa vontade de os médicos darem alta. Se eles ao menos aparecessem aqui”, diz.


Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), haviam, sim, médicos na maternidade, contudo, a demora ocorre porque todos os atendimentos são baseados na classificação de risco, o que acontece logo que a gestante dá entrada na unidade. Além disso, informou o órgão, quando da necessidade, as gestantes podem inclusive ser encaminhadas ao hospital de Senador Guiomard.


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