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Com registro no Acre, “febre do oropouche” pode se espalhar pelo Brasil, alerta cientista do Pará

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A edição desta terça-feira, do Jornal O Globo, que circula nas grandes capitais do Brasil, fez destaque a uma reportagem que trata sobre a epidemia de zika, que, na análise do jornal, trouxe o medo da microcefalia e de complicações neurológicas e a certeza de que as chamadas doenças da floresta se tornaram uma ameaça concreta para as cidades.


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Novos vírus podem se espalhar pelo ambiente urbano, diz cientista – Divulgação/Kelvin Souza

Uma entrevista exclusiva com o virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas, que fica em Ananindeua, no Pará, ficou clara a já comprovada relação entre o zika e a microcefalia, entre outros. Além disso, o especialista explicou sobre um estudo ligado ao mayaro, vírus aparentado com o chicungunha e que causou um surto este ano em Goiás. O mayaro é transmitido pelos mosquitos silvestres Haemagogus.

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“É um vírus importante. Estudos de laboratório revelaram que ele se adapta bem ao Aedes aegypti. Ele merece atenção porque pode se urbanizar”, observa Vasconcelos.


Considerado um dos maiores caçadores de vírus do mundo, Pedro Vasconcelos há anos alerta para os riscos da mistura explosiva de intensificação do mau uso da floresta, falta de controle de insetos transmissores e mudanças climáticas. É essa combinação que torna possível a emergência de doenças como a do zika. Outro vírus que não pode ser desprezado é o oropouche.


“Ele causa surtos com frequência e está urbanizado. Nosso único alívio é que ainda não se mostrou transmissível até agora pelo Aedes nas cidades. Seu vetor é o maruim (Culicoides paraensis), um tipo de mosca hematófaga. Já tivemos epidemias recentes este ano no Brasil”, observa ele.


A febre do oropouche afetou cidades grandes como Manaus, Belém e Santarém. E há registros de casos em Tocantins, Maranhão, Roraima, Rondônia e Acre. No exterior, o vírus atinge Panamá, Trinidad e Tobago e Peru. E, como o mayaro, é receptivo em laboratório ao Aedes.


Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Febres Hemorrágicas Virais e do Comitê de Febre Amarela da Organização Mundial de Saúde (OMS), Vasconcelos está assombrado pela transformação do zika, de um micro­organismo sem importância num agente infeccioso capaz de provocar alterações neurológicas incapacitantes ou letais.


 


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