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Romário: de independente a rabo preso

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Em meio à citação de possível conta bancária de Romário no exterior, nas conversas gravadas que levaram Delcídio Amaral à prisão, a pergunta que fica é quem vazou à Veja um extrato mostrando suposta manutenção de dinheiro do Baixinho na Suíça.


Uma comprovação do BSI da inexistência da conta foi a salvaguarda para Romário fazer uma foto a beira de um lago naquele país, debochando da revista. Mas o documento pode ser falso.

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Pelas gravações do áudio feitas pelo filho de Nestor Cerveró, o delator-mor da Lava jato, o senador cita suposto acordo de Romário com Eduardo Paes para apoiar o seu secretário Pedro Paulo de Carvalho, à prefeitura do Rio, na eleição do ano que vem.


O banco suíço BSI é desde 2014 do BTG Pactual, do André Esteves, preso no mesmo dia em que Delcídio e por motivo semelhante: obstrução às investigações da Lava Jato. O irmão do prefeito do Rio, Guilherme Paes, é sócio do BTG Pactual.


Romário seria preservado da denúncia da Veja com uma comprovação do BSI negando a conta na Suíça. Em troca, se afastaria da candidatura à prefeitura.


Na época da matéria da Veja sobre o extrato de Romário (julho), a maior suspeita de ter vazado a conta no exterior do ex-craque era a CBF, inimiga número um do senador que preside uma CPI no Senado contra a entidade (e criada pouco antes da matéria da revista).


Romário agora afirma que manteve conta no BSI, mas foi no período que atuava como jogador.


O Baixinho ficou conhecido pela postura independente no Senado, nem sempre seguindo posição de seu partido, PSB, sobre temas relevantes.


A CPI do Futebol foi o caminho encontrado por ele para tentar derrubar cartolas da CBF – a criação veio logo após a prisão do ex-presidente da entidade, José Maria Marin, no caso FIFA investigado pela FBI.


Agora, a comissão investiga a fundo contratos com patrocinador para saber se o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, se beneficiou dele.


Isso é uma ponta. A outra é dos acordos de transmissão da TV Globo com a entidade que, curiosamente, ainda não saiu uma mísera divulgação, investigação ou requerimento.


A CPI do Futebol, prorrogada até o meio do ano que vem, por certo não sobreviverá aos solavancos de seu presidente Romário – e o seu resultado será mais uma peça incompleta do Congresso.

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Com tudo isso, Romário vai aos poucos ficando de rabo preso aqui e acolá. Até que um dia cai na vala comum, como tanto outros colegas parlamentares.


 


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