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Narciso Mendes


NARCISO_100Esteve e estará, até porque, enquanto for mantida a estrutura partidária que está aí, nenhum dos nossos governantes, do presidente da República ao prefeito do mais modesto município do Brasil, passando pelos governos estaduais, conseguirão compor as maiorias parlamentares que tanto necessitam sem ceder às pressões, diria até, as chantagens dos nossos dirigentes partidários, afinal de contas, a grande maioria dos nossos atuais partidos políticos foi constituída com o propósito, não nobre, de se apropriarem de importantes funções nas nossas diversas estruturas governamentais.

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Decerto, a podridão da nossa estrutura político-partidária jamais teria chegado aonde chegou se os nossos congressistas, tanto os de hoje quanto os ontem, particularmente, os de hoje, houvessem reagido, e não se acumpliciado, com a crescente fedentina que, há anos, já vinha exalando das negociatas havidas entre os nossos governantes e seus respectivos parlamentos.


Nossos mais emblemáticos e escabrosos escândalos derivaram de tais negociatas. E deles, categoricamente, podemos afirmar: um escândalo só deixava de ocupar as principais manchetes de nossa grande imprensa quando vinha outro e ocupava seu lugar. O “petrolão” foi pior que o “mensalão”, este pior que o dos “sanguessugas”, e este, pior que o dos “anões do orçamento”.


Enquanto cada um dos escândalos acima citado esteve ocupando os mais destacados espaços de nossa grande imprensa, hipocritamente, e o termo é exatamente este, nossos agentes políticos, sobretudo, nossos congressistas, a que devemos responsabilizá-los, lançavam a culpa na nossa estrutura político-partidária, e enquanto os mesmos estiveram ocupando as suas principais manchetes, não se falava em outra coisa, a não ser, da urgente necessidade de se fazer a nossa propalada reforma política.


. Mas nada, até porque, ao invés de desativadas, as nossas fabriquetas de partidos voltavam a operar e com mais intensidade ainda. A provar que sim, já estamos contamos com 35 partidos políticos legalmente instituídos, e 30 deles, com representação no nosso Congresso Nacional.


Sejamos honestos: enquanto a nossa reforma política continuar dependendo de quem advoga e defende a mesmice, ou seja, dos nossos congressistas, continuaremos regidos pela legislação político-partidária que está aí e novos escândalos estarão por vir.


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