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Clubes são mais efetivos que a CPI do Romário

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Enquanto a CPI do Futebol joga na retranca, clubes criam liga, ignoram a CBF e apresentam torneio próprio para o ano que vem.


No mesmo período em que Romário criou a CPI no Senado para investigar os desmando no futebol brasileiro, alguns clubes começaram a discutir publicamente a criação de uma competição paralela aos famigerados estaduais. O movimento cresceu, tentou apoio da CBF, depois a ignorou e, no fim, anunciou a tabela do torneio entre eles em 2016.

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Os integrantes da Liga Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Flamengo, Fluminense, Atlético-PR e Coritiba têm um respeitável público e sabem de sua força diante de uma enfraquecida CBF, fruto de denúncias que vem recebendo dos Estados Unidos e Suíça.


A CPI do Romário nasceu no bojo dessas ações demeritórias. A comissão iniciou até bem, fazendo requerimentos importantes de movimentação financeira de empresas e de pessoas chaves do esquema. Também sugeriu a convocação de denunciados e possíveis envolvidos no chamado caso Fifa.


No entanto, nada disso ainda se materializou na CPI, passados quase três meses de trabalho. Por enquanto, falaram à comissão do Senado jornalistas conhecedores dos meandros do futebol. Depois, convocaram os clubes, mas quase nenhum foi – levando Romário a mudar o tom e intimar a presença dos mesmos à CPI.


Hoje, presidentes de federações é que têm comparecido perante ao colegiado. Eles focam críticas a Lei Pelé, que tirou o poder de formação de atletas nos clubes; mostram-se preocupados com a adequação das pequenas agremiações ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), por que não possuem condições de se adaptar tão rapidamente à nova realidade (cita-se que são estes mesmos pequenos clubes que dão sustentação nos Estados às federações); e elogiam os campeonatos estaduais que organizam.


Porém, quase não falam da CBF e raramente apresentam ideias originais para o futebol brasileiro. Vale ressaltar que os poucos presidentes de clubes que participaram de audiência na comissão, também não se viu grandes proposições – nenhum que faz parte da nova liga compareceu à CPI (ainda).


Clubes e federações são agentes importantes do futebol brasileiro e precisam se expor numa comissão desse tipo. Como sempre cita Romário, presidente da CPI, os depoimentos podem apresentar sugestões valiosas para o aprimoramento do esporte.


Mas por que é que a CPI ainda não avançou sobre aqueles suspeitos apontados nas investigações do FBI, como partícipes dos escândalos no futebol? Alguns deles: Marco Polo Del Nero, Ricardo Teixeira, empresas patrocinadoras e a emissora que detém os contratos das competições organizadas pela CBF e Fifa, a TV Globo.


Nesse período de denúncias contra a CBF, pelo menos alguns clubes se mexeram em meio à omissão geral e criaram uma liga. É um passo maior do que a letargia da CPI.


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