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“Só baixo a cabeça para Deus, ninguém vai me fazer passar por canalha ”

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O vice-presidente do PSDC, Osmir Lima, falou na manhã desta segunda-feira (21) do imbróglio que envolve seu partido e as cincos siglas nanicas que integram a Frente Alternativa, um bloco independente criado por PSDC, PDT, PTN, PPL, PRB e PRP – para participar das decisões políticas da Frente Popular do Acre (FPA), coligação que tem como líder o Partido dos Trabalhadores (PT), que ocupa o governo do Acre há 17 anos.

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Lima afirma que muitos fatos noticiados pela imprensa, “não passam de boatos maldosos” criados por pessoas que tentam desestabilizar a relação política dele e do PSDC com o governador Sebastião Viana (PT). O dirigente confirma o diálogo ríspido com o Francisco Nepomuceno, o Carioca. “Criticas ao trabalho de articulação do Carioca, ele pediu permissão ao governador para responder”.


Osmir Lima não esconde a insatisfação com assessores de Sebastião. “Alguns assessores do governador são responsáveis pelos problemas que acontecem na Frente Popular. Não fui humilhado pelo Carioca, eu fui duro ao criticar seu trabalho da articulação política. Falei de igual pra igual, nunca falo com ninguém olhando de baixo para cima. O governador o autorizou a responder”.


“Só baixo a cabeça para Deus, ninguém vai me fazer passar por canalha e desonesto. Faço política porque é minha cachaça, não preciso de cargo, tenho mais de uma aposentadoria. Expliquei para o governador que meus inimigos estão do outro lado, aqui (na Frente Popular do Acre) tenho pessoas que não gostam de mim. Sou unanimidade na antipatia, mas não sou desonesto”, diz Osmir.


O dirigente partidário confirma a reunião que o PSDC participou com o governador petista. “Os partidos da Frente Alternativa tinha conhecimento das reunião. Inclusive, os interlocutores foram dois deputados de outros partidos. Não discutimos sobre cargos, o diálogo foi sobre a informação de um pedido de intervenção no PSDC, que o governador negou”, ressalta Osmir Lima.


Ele revela ainda que horas antes de se reunir com o cardeal petista, aconteceu um encontro dos seis partidos da Frente Alternativa. “Eu propus levar o documento da formação da Frente para apresentar ao governador. Também propus uma carta ao governador, onde os partidos entregavam todos cargos e saiam da Frente Popular, mas esta carta ninguém quis assinar”.


Segundo Osmir Lima, a maioria optou por negociar a permanência da FPA, que sua missão era apresentar a Frente Alternativa, mas demonstrando para o governo que os partidos teriam interesse em permanecer na base de apoio do governo e da Frente Popular. “Não vou ser execrado publicamente. A maioria não aceitou a proposta de entregar os cargos e criar uma terceira via”, enfatiza.


“Quero colocar as coisas em partos limpos. Não preciso de cargo no governo, faço política porque gosto. Eu poderia ser um homem rico, se tivesse sido desonesto nos vários governos que participei, mas não sou e jamais serei. Minha família até pediu para eu abandonar a política, uma decisão que estou refletindo, mas não saio antes de provar que não sou canalha, nem desonesto”, ressalta.


Em tom de desabafo, Osmir Lima disse que, “na minha vida política, já me ofereceram posto de gasolina, áreas de terras, mas eu nunca aceitei isso. Não seria agora que me rebaixaria a tal ponto de vender minha dignidade por um simples cargo. Já passei da idade de receber estas acusações que sou canalha. Não participo mais de reuniões da Frente Alternativa, eles até me ligaram. Estou fora, chega de ser escada para interesses escusos. Ninguém vai me usar”.


 


 

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