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Independência em campo

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Fundado em agosto de 1946, o Independência Futebol Clube, chamado por seus torcedores pelo glorioso epíteto de Tricolor de Aço, acaba de completar 69 anos de existência. Juntamente ao Juventus, ao Rio Branco e ao Atlético Acreano, o Independência forma o quarteto dos times mais tradicionais do futebol do Acre.


Na década de 1970, talvez a época mais fértil de bons valores do futebol acreano, o Independência formou esquadrões de altíssimo nível. E, nesse sentido, qualquer torcedor que hoje está na casa dos cinquenta e poucos anos é capaz de lembrar as memoráveis batalhas travadas entre os times citados, bem como os nomes dos jogadores que desfilaram a sua técnica entre 1970 e 1979. Grandes craques!

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De memória, enquanto escrevo, eu que sou testemunha dessa história, lembro de virtuoses, verdadeiros artistas, como Aldemir Lopes, ponta de lança que parecia levitar em campo; Escapulário, armador bailarino que dançava com a bola nos pés; Bico-Bico, ponteiro veloz e driblador, lendário pela vida boêmia; e Palheta, zagueiro ao mesmo tempo duro  (no combate ao adversário) e clássico (com a bola nos pés).


Mas não somente esses. Muitos outros jogadores que vestiram a camisa do Independência nos anos 1970 foram de suma importância para estimular a imaginação de milhares de acreanos que tiveram a ventura de viver aquela época. Cito mais alguns: João Carneiro, Jangito, Chico Alab, Flávio, Eró… Inquestionáveis!


Mesmo depois dessa época que eu chamo de “áurea”, o Independência ainda montou boas equipes. Tanto que levantou o “caneco” de campeão acreano em duas oportunidades na década seguinte: 1985 e 1988. Vários jogadores de ótimo nível técnico vestiram a camisa tricolor nessas campanhas. Casos, por exemplo, de Paulinho Rosas, Emílson, Klowsbey, Paulo Roberto, Mariceudo, Isaac, Paulão etc.


Na era do profissionalismo, entretanto, o Independência parece ter perdido o rumo das conquistas. Em 27 disputas, de 1989 para cá, o time foi campeão apenas em duas oportunidades: 1993 e 1998. Como se não bastasse, os seus dirigentes, ante a total falta de recursos para encarar as despesas, optaram por tirar o time de campo.


Com o time fora de campo, uma legião de apaixonados torcedores ficou numa espécie de estado de orfandade. Muitos é certo, até ainda vão ao estádio. Mas esses costumam assistir aos jogos em estado de letargia, olhando para o gramado presente, porém enxergando o tempo passado. A maioria, entretanto, nem ao estádio vai mais.


Esses devaneios todos me vieram à cabeça diante da notícia, chegada aqui ao meu exílio litorâneo por obra do parceiro Manoel Façanha, de que o Independência vai voltar a campo para disputar a segunda divisão do campeonato acreano. Se chegar ao título, o Tricolor volta à elite em 2016. Se não ganhar, pelo menos tentou. O que o Independência não pode é permanecer fora de cena. Isso não pode, de jeito nenhum!


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