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Representantes do governo e DNIT não aparecem em reunião para discutir trafegabilidade da BR-364

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Os representante do governo do Acre e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) não compareceram no encontro promovido pela Associação Comercial do Alto Juruá para discutir a trafegabilidade da BR-364, que aconteceu na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Estado. O evento foi organizado após comerciantes e empresários manifestarem as dificuldades de transporte mercadorias pela estrada.

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Segundo os empresários, as péssimas condições da rodovia têm refletido diretamente na economia dos municípios do Vale do Juruá, causando maior impacto ao consumidor final que recebe os produtos com preços mais elevados. Os comerciantes afirmam que a dificuldade para levar mercadorias para o interior do Estado, no cenário de crise nacional, começou a resultar na alta de preços, aliada a demissão de 30% no comércio de Cruzeiro do Sul.


O evento contou com as presenças dos senadores Sérgio Petecão (PSD), Gladson Cameli (PP), deputados estaduais que representam o Vale do Juruá, prefeitos vereadores, empresários e representantes do movimento comunitário. Mesmo convidado, o senador Jorge Viana (PT) não participou do evento, o mesmo acontecendo com o governador Sebastião Viana (PT) e o DNIT, que não enviaram nenhum representante para participar dos debates no Vale do Juruá.


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O presidente da Associação Comercial, Assem Cameli, fez uma avaliação do cenário e das dificuldades enfrentadas pelos comerciantes. “Estamos enfrentando uma das maiores crises já vistas. Para nós que dependemos da BR para trazer mercadorias, a situação é ainda pior. A preocupação é geral. Não vemos máquinas trabalhando e o verão está acabando. Como vamos poder abastecer o comércio? Não temos estoque para suportar o fechamento da 364”.


O empresário revela que a mobilização da classe empresarial foi sugerida pelos representantes do DNIT, para que comerciantes, representantes públicos e a população promovessem um evento para debater o problema e sensibilizar as autoridades federais para importância da estrada. Entretanto, mesmo o órgão tendo confirmado que participaria do encontro, de última hora, não apareceu nenhuma representação da instituição, alegando outro compromisso.


O senador Sérgio Petecão sugeriu uma mobilização mais enérgica e maciça dos empresários, representantes públicos e população. “Aposto que não há encontro mais importante no Acre que este. Agora, temos que mobilizar a população em geral. Ir às ruas, fechar acesso e órgãos importantes, reunir um grupo de pessoas para ir a Brasília e saber o que de fato acontece, porque até onde eu sei a rodovia não foi repassado ao DNIT, permanece sob a responsabilidade do Estado”.


Gladson Cameli também lamentou a ausência de representantes do DNIT e do Governo do Acre na reunião. “Os que aqui estão são os que realmente querer em resolver esse problema gravíssimo que os municípios mais distantes da capital estão passando. Infelizmente, não há mais tempo para recuperar a rodovia, antes do inverno e isso é preocupante não só para a classe empresarial, mas para a população, que sentirá a escassez de produtos e elevação dos preços”.


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O prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), depois de ouvir atentamente as justificativas por escrito do DNIT e da Polícia Rodoviária Federal, seguida por um relatório diagnóstico feito nos trechos mais danificados da BR-364, questionou a qualidade das obras e a responsabilidade do governo. “Até mesmo os técnicos do DNIT comprovaram que essa BR foi mal feita. Então para onde foi mais de um bilhão de reais, que esse governo disse ter investido?”, questiona.


Para Sales, o dinheiro não teria sido investido em asfalto. Ele afirma que o asfalto aplicado na estrada, “mais parece farinha, que não pode ver chuva que vira pirão. Estamos fartos de mentiras e justificativas falidas levam a um único sentido: a comprovação de que temos um governo sem responsabilidade, que não se importa com a população. Não vamos e nem podemos ficar de braços cruzados. Vamos unir nossas forças e pressionar para termos a resposta que precisamos”.

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Apesar de o órgão não enviar representantes para reunião, o gestor municipal isentou o DNIT da responsabilidade dos problemas de trafego apresentados na estrada construída pelo governo do Acre. “Não dá pra debitar a culpa do serviço mal feito no DNIT. É preciso cobrar de quem não fez direito o serviço. Esta obra foi propagandeada por muitos anos, que seria concluída, mas os governo dos PT mudaram o discurso. Agora, eles dizem que ela nunca vai ficar pronta”, finaliza Sales.


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