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“Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo” – Zezinho Melo, o gogó de ouro da locução esportiva

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zezinho_02Foi na rua da Goiaba, nº 83, em Brasiléia, que um garotinho franzino de 07 anos de idade sonhou pela primeira vez em ser um narrador de futebol. 


Do quintal de casa, brincado com os colegas, o garoto Zezinho ficava fascinado quando ouvia a voz de um certo Fiori Gigliotti iniciando a narração de uma partida de futebol com a célebre frase: “abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”. O menino corria, largava tudo, colocava o ouvido no radinho de pilha e se imaginava no estádio do Maracanã narrando um Fla-Flu. Depois das partidas, ia para frente do espelho pegava uma caixinha de fósforo, amarrava num barbante e começava a imitar seu ídolo. Narrava um jogo inteiro no seu imaginário e repetia os bordões de Fiori Gigliotti, um dos maiores nomes da crônica esportiva brasileira. Repetia todas as frases. “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”, “e o tempo passa…, torcida brasileira” (quando uma equipe precisava fazer um gol), “Tenta passar, mas não passa!”, “Agüenta  coração!”, “Crepúsculo de jogo”,”É fogo” (antes do grito de gol) “Agora não adianta chorar” (logo após narrar um gol), “Torcida brasileira”, “Uma Beleeeeza de Gol!” e “Um beijo no seu coração”. 

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“Todo mundo me ouvia narrando. O pessoal ficava na frente da casa ouvindo eu narrar o futebol”, conta. 


Como a maioria das crianças e adolescentes da época, José Francisco de Melo Filho, o Zezinho Melo, trabalhava para ajudar nas despesas de casa.  Ele era auxiliar de serviços gerais em um barracão do seringalista Joaquim Falcão Macedo, que mais tarde se tornaria governador do Acre.   


Até que um dia seu pai José Francisco de Melo resolve se mudar com a família para Rio Branco. Junto com sua bagagem individual, Zezinho Melo trazia o sonho de ser locutor da rádio Difusora Acreana. Nos 240 km entre Brasiléia e a capital, o garoto Zezinho, com 11 anos de idade, relembra ao pai a vontade que tinha de trabalhar na Difusora.


Um dia após chegar à capital, o pai de Zezinho fez a ele uma surpresa: o levou à sede da Rádio Difusora, na rua Benjamin Constant.  Seu José Francisco de Melo conhecia o então diretor da emissora, o radialista Natal de Brito, e pediu para que o filho tivesse uma oportunidade de trabalhar na rádio. O Pedido foi atendido. Ainda criança, aos 11 anos, Zezinho Melo começou como office boy na emissora. Depois trabalhou na técnica de som. Mas para ele não bastava apenas esbarrar pelos corredores da rádio com os locutores esportivos da época, Delmiro Xavier, Joaquim Ferreira e Campos Pereira. Ele também queria se tornar como um deles. A primeira oportunidade veio através do “programa de mensagens”. 


“Eu sempre pedi ao meu pai que quando ele viesse para Rio Branco, ele me trouxesse na rádio que eu queria trabalhar na Rádio Difusora Acreana. Aí foi quando meu pai me trouxe e falou com o Natal de Brito, diretor da emissora na época, porque ele já conhecia o Natal de Brito. Eu comecei a trabalhar como office boy, fazendo compras, recado, e depois fui pra técnica de som. Passei duas semanas e aprendi na técnica. Aí depois eu comecei a estudar e a me interessar pela locução. Foi quando eu pedi a direção da rádio para trabalhar na locução. E comecei como locutor lendo as mensagens com a Rosa, com o Mota de Oliveira, até mesmo o Natal de Brito me orientando, e aí eu dei a seqüência de radialista, jornalista”, conta Zezinho Melo.


 


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Narração esportiva, o começo


Era o período áureo do rádio AM. Na Voz das Selvas o programa de auditório, que revelou talentos como o de Nilda Dantas, considerada a Rainha do Rádio Acreano até hoje, era um verdadeiro palco para o surgimento de talentos da radiofonia.


Cantores, locutores, narradores, apresentadores surgiam nesse cenário. Já familiarizado com a técnica de som, Zezinho não deixara a velha mania da infância de narrar jogos sozinho dentro de casa. Na rua Pernambuco, em Rio Branco, ele era vizinho de José Lopes, comandante do programa de auditório da Rádio Difusora. Foi quando num determinado dia, Lopes ouviu seu vizinho Zezinho Melo disparar bordões em voz alta como se tivesse narrando um gol de Garrincha pela Seleção Brasileira da Copa 62. Ele gravava todas as narrações e em seguida ouvia. Seu vizinho também. Até que José Lopes sugeriu a Zezinho que participasse do programa de auditório da Difusora. E não deu outra. No primeiro teste, Zezinho Melo fora classificado com os votos favoráveis de um corpo de jurados exigente com nomes como Delmiro Xavier e Eduardo Mansour.


“O José Lopes comandava aqui juntamente com outras pessoas. E tinha as atrações. Quem queria ser cantor, quem queria ser locutor, narrador esportivo e eu optei por ser narrador esportivo porque eu morava do lado da casa dele, ali na rua Pernambuco, e ele ouvia eu narrando jogo deitado. Eu gravava, né, na Copa de 62, e ele pediu para que eu fizesse um teste aqui no programa de auditório, onde tinha como jurados o Delmiro Xavier, Eduardo Mansour, Vladimir, que também trabalhava aqui, eu fui escolhido. Entre cinco, três foram ao meu favor. Depois daí eu estou até hoje como narrador esportivo.”

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A inspiração e o encontro com o ídolo 


Foi em São Paulo, no estádio do Morumbi, durante uma partida entre o time da casa e o Rio Branco, que Zezinho Melo conheceu sua inspiração, o narrador esportivo Fiori Gigliotti, que morreu em 2006 aos 77 anos. Em sua carreira, o locutor paulista carregava na bagagem a cobertura de 10 Copas do Mundo de Futebol.


AC 24horas – Na época existiam grandes nomes da crônica esportiva nacional no rádio. Quem foi sua inspiração?


Zezinho Melo – Naquela época tinha Fiori Gigliotti, tinha Valdir Amaral, Aroldo Fernandes, grandes narradores da rádio Tupi, da Bandeirantes. Tinha o Jorge Cury, o Zé Carlos Araújo vinha surgindo, José Silvério. Mas quem me inspirou mesmo foi o Fiori Gigliotti. E eu tive o maior orgulho de conhecer ele no Morumbi, no jogo do Rio Branco contra o São Paulo, na Copa do Brasil. Eu conheci o Fiori Gigliotti e até hoje eu me inspiro nele. Já o Delmiro Xavier se inspirava no Aroldo Fernandes, que era da rádio Tupi, da rádio Bandeirantes. E a gente sempre tem um pouquinho do Fiori Gigliotti, do Aroldo Fernandes, do Zé Carlos Araújo. 


AC24horas – É verdade que você foi narrador e jogador de futebol ao mesmo tempo. E que no mesmo dia dos jogos você narrava? Como era isso?


Zezinho Melo – Nisso aí tem uma façanha. Eu jogava futebol, jogava pelo Rio Branco, depois joguei pelo Internacional. Quando essas equipes jogavam a partida preliminar eu narrava a partida de fundo, e me uniformizava na cabine mesmo. E quando essas equipes jogavam a partida de fundo eu narrava a preliminar. E quando terminava a narração eu vestia a roupa lá mesmo na cabine.



AC24horas – Esse foi o período em que o futebol amador atraia multidões ao estádio José de Melo…


Zezinho Melo – O futebol amador atraia uma multidão de pessoas. Dava muita emoção ao narrador esportivo, ao repórter, porque o torcedor ficava próximo a cabine de rádio. Tinha o torcedor do Independência, do Atlético, Juventus. Sempre a torcida do Atlético ficava do lado do Vietnã, a do Independência em frente as cabines e a do Juventus mais aqui para o lado dos portões de entrada. O Rio Branco que era minoria ficava para o lado das jaqueiras. Até hoje quando os torcedores vão assistir o treino do Rio Branco  ficam ali para o lado das jaqueiras. Mas era uma movimentação uma agitação muito boa. Tinha o Grêmio Sampaio. A banda do quartel ia para incentivar. Era um futebol excelente onde surgiram muitos craques na época do amador. Depois que passou a profissional não teve uma seqüência de craques que vinha do juvenil. 


AC 24horas – Em campo, qual era a sua posição?


Zezinho Melo – Eu jogava na lateral esquerda e como zagueiro. Comecei no juvenil como outros jogadores. O Juventus na época foi criado praticamente com os juvenis do Rio Branco.


AC24horas – Qual foi o melhor jogador acreano que você viu jogar?


Zezinho Melo – O Dadão foi o maior craque do futebol acreano, mas também surpreendeu o Touca, grande centroavante que o Rio Branco tinha da década de 60, de 50. Eu ainda o vi jogar.


Ac24horas – Mas no rádio acreano também existia uma verdadeira seleção, uns craques do microfone…


Zezinho Melo – Na época tinha Delmiro Xavier, Joaquim Ferreira, Campos Pereira, bons comentaristas como o Alício Santos, que me orientou muito. O Luiz Rodomilson, o Raimundo Nonato Pepino, que também me orientou muito. Etevaldo Gouveia, que me orientou muito nas narrações. Às vezes eu narrava muito rápido e as palavras não saiam muito nítidas e ele me orientava. Mas tinha uma pessoa que sempre me orientou, que ficava na técnica só ouvindo e me orientava era o João Nascimento eu tenho saudades do João Nascimento (Nessa hora a voz de Zezinho embarga e ele não segura as lágrimas ao lembrar do amigo João Nascimento, já falecido).


A NARRAÇÃO DE GOLS NA VOZ DE ZEZINHO MELO:


Ac24horas – E qual avaliação que você faz do rádio esportivo hoje?


Zezinho Melo – Tá faltando profissionais. Nós temos poucos profissionais na narração esportiva, poucos mesmo. Nós temos aqui, se não me falha a memória, três ou é quatro. Temos o Deise Leite, temos o Gelton, que ta começando lá pela Ecoacre, tem o Paulo Roberto também, que sempre foi orientado pelo Campos Pereira, com um estilo do Delmiro Xavier, do Aroldo Fernandes, um bom narrador. E tem eu. São quatro praticamente. Quer dizer, não surgiram mais.


Ac24horas – A razão seria a remuneração que é baixa? 


Zezinho Melo – Eu acho sim que é isso. Eu já dei algumas palestras para os cursos de jornalismo nas universidades aqui falando do rádio, mas a opção das pessoas que estão estudando jornalismo é ser um assessor de imprensa, trabalhar numa televisão, num jornal escrito. O rádio não chama muito a atenção. Muito deles nos procuram para fazer seus trabalhos para falar sobre a Rádio Difusora e sobre o rádio, mas não chama atenção. Porque aqui são poucas rádios que narram os jogos. Aqui só tem a Difusora e agora também tem a Ecoacre FM. Só para você ter uma idéia, o Roberto Vaz era um excelente narrador esportivo. Trabalhou comigo. A gente andou esse Brasil, o Norte, cobrindo o Copão da Amazônia, Campeonato Brasileiro, de Juvenis, mas o Roberto Vaz praticamente deixou de narrar e procurou outro meio da imprensa porque narrador esportivo não dá. Não é um salário que atrai. 


AC24horas – No mundo da comunicação, como em quase toda área, em um dado momento, principalmente no início de uma carreira, as pessoas trabalham de graça. Você chegou a trabalhar de graça?


Zezinho Melo – Muitas e muitas vezes trabalhei de graça, sem nenhuma remuneração, sem diárias, sem gratificação.


Ac24horas – Ainda falta valorização…


Zezinho Melo – Eu hoje estou na Ecoacre recebendo um salário para narrar os jogos de futebol. Pedi aqui uma gratificação, mas não quiseram me dar e eu fui para a Ecoacre. Acho que o que falta é mesmo valorização de quem ama o esporte, de quem ama o futebol.


Ac24horas – O rádio desempenha um importante papel especialmente na Amazônia, porém o que se vê é que os governos, embora reconheçam esse papel, não valorizam como deveriam. É isso mesmo?


Zezinho Melo – É isso mesmo que acontece. E não é só nos governos. O mesmo acontece também com as empresas de rádio. É tanto que muitos locutores e narradores passaram a comprar horários porque é bem melhor a terceirização desses espaços. Mas eu não sei por que cai tanto assim. Por que os governos não olham para uma emissora tão importante como a rádio Difusora Acreana.   


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Ac24horas – Mas na Difusora alguns governos marcaram com grandes investimentos…


Zezinho Melo – Nos anos 60, 70. Nos governos do Nabor, do Flaviano e do Jorge Viana. O governo do Jorge Viana deu uma alavancada muito grande através dos transmissores, compra de transmissores. Mas depois teve uma recaída muito grande.


Ac24horas – Até que ponto o rádio perdeu espaço para a TV. Ou rádio não perdeu espaço?


Zezinho Melo – O rádio tem o seu público. Nunca perdeu espaço para a TV, principalmente na nossa região. Aqui a gente, por exemplo, tem a narração ao vivo. A TV passa depois. Isso no caso dos campeonatos locais. E também tem muitas pessoas que ligam TV, colocam no mudo e ouvem a narração pelo rádio. O rádio continua com o seu espaço.


Ac24horas – Você chegou a trabalhar na TV. Qual a diferença?


Zezinho Melo – Trabalhei alguns dias na TV. Na TV tem a imagem, no rádio é como se você criasse essa imagem. Na TV você tem que cadenciar mais a voz. No rádio tem mais emoção. Eu ainda prefiro o rádio.


Ac24horas – E como você avalia o atual momento do futebol brasileiro. Esse futebol que não convence mais, sem brilho e que não enche mais os olhos?


Zezinho Melo – O 7 a 1 foi a grande vergonha do nosso futebol. O Brasil perdeu uma Copa para o Uruguai aqui, no Maracanã. Mas esse 7 a 1 para a Alemanha está cravado. Nunca mais será esquecido. A nossa seleção, é uma seleção estrangeira. Os técnicos escalam quem atua fora, quem não tem mais essa identificação com a camisa da seleção, quem não tem identificação com a torcida. A gente não tem nem idéia da escalação do Brasil porque são jogadores sem identificação com a torcida. Está na hora de valorizar quem atua aqui no Brasil. Está na hora de valorizar e trabalhar mais as categorias de base. É isso que está faltando.


Ac24horas – Qual foi o jogador e o time que você viu jogar que encheu os seus olhos?


Zezinho Melo – Jogador foi o Garrincha. Igual ao gênio das pernas tortas não existiu. E time foi o Botafogo de Garrincha. Aliás, na época, era o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha. Não existiu nada igual. Essa era a base da seleção brasileira campeã do mundo de 62.


Ac24horas – Então foi daí que nasceu o botafoguense Zezinho Melo?


Zezinho Melo – Foi. Foi dos pés de Garrincha. Era algo que me fascinava ouvir e depois ver o time da Estrela Solitária.


zezinho_06Do Acre para o Brasil e o drama no aeroporto de Manaus


Narrar uma partida no mais emblemático palco do futebol mundial, o Maracanã, foi a maior emoção de J. Melo. Outro sonho de infância que se realizava. No estádio Mário Filho, Zezinho Melo narrou dois jogos válidos pela Copa do Brasil: um entre Flamengo e Rio Branco, o outro entre Fluminense e Adesg.


“A primeira vez foi no jogo do Flamengo e Rio Branco, naquela partida em que o Valtemir, goleiro do Rio Branco, que Deus o tenha, agrediu o juiz. O Flamengo tinha um timaço com Romário no ataque e meteu uma goleada no time acreano. Depois com a Adesg e o Fluminense, que também foi uma goleada.”


  1. Melo narrou jogos no Morumbi e Pacaembu, em São Paulo; Serra Dourada, Goiás; Mineirão, Minas Gerais; e Beira Rio, Rio Grande do Sul. 

Ao lado do colega Deise Leite, Zezinho Melo chegou a narrar Brasil e Croácia, no antigo estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, em Manaus. “Esses momentos são marcantes”.  


Zezinho Melo relembra o dia em que retornava de uma transmissão feita em Boa Vista, Roraima. No aeroporto de Manaus, para sua surpresa, quando se preparava para embarcar para Rio Branco, foi avisado pelos funcionários da extinta Vasp que não tinha mais vaga no avião.


“Tinha a passagem de ida e de volta, que era a Vasp que doava através do doutor Alencar. E só viajava se tivesse a vaga. Eu cheguei a Manaus, despachei minhas bagagens, e aí fui avisado pelos agentes da empresa que não tinha vaga. Eu sem dinheiro. O pouco dinheiro que eu tinha tomava um cafezinho. Passei uma noite toda e um dia no aeroporto de Manaus sem conhecer ninguém, dormindo naquelas poltronas. Ligava pra cá ninguém me dava satisfação nenhuma. Foi um momento muito difícil, com uma bolsa muito grande, diga-se de passagem, eu sozinho no aeroporto. Mas Deus foi grande e eu consegui retornar. Surgiu uma vaga, eu contei minha situação, dos dias que eu estava no aeroporto de Manaus, aí eu consegui embarcar.” 


Foi nessas viagens Brasil afora que Zezinho teve a oportunidade de trabalhar em emissoras renomadas. Recebeu dezenas de convites para atuar fora do Estado, mas escolheu ficar no Acre por causa da família. 


“Fui convidado a trabalhar na rádio Itabuna da Bahia; Rádio Club do Pará; Difusora do Amazonas; e Nacional de Brasília. Apegado com a minha família com os amigos eu rejeitei todos os convites.”


Deus e a família 


Ser locutor de futebol é ter que abrir mão da companhia da família durante alguns finais de semana. Casado e pai de cinco filhos, três do primeiro casamento e dois do segundo, Zezinho Melo conta que esse é outro lado difícil da vida de narrador. “Infelizmente a gente tem que se dividir. Faz parte”. 


Católico, J. Melo não esquece seus momentos de devoção espiritual. Aos domingos vai à missa com a esposa Ercília e com as filhas Ana Beatriz, de oito anos, e Aline Cristine, de sete. 


“Vou às missas com a família. É um momento muito importante. Fundamental pra família”, diz.  


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 O sonho que morreu e o sonho que continua vivo


Como todo narrador de futebol, Zezinho Melo sempre sonhou em narrar um grande evento. A Copa do Mundo no Brasil, que aconteceu no ano passado, era o maior deles, “mas não deu, infelizmente”, diz.


Mas os planos do narrador, que completará 65 anos este mês, dos quais 54 anos só no rádio, ainda permanecem vivos. 


“Minha vontade ainda é de narrar um jogo num estádio como o do Corinthians ou do Palmeiras, o Arena Palmeiras. São sonhos que eu ainda tenho e que se Deus quiser vou realizar”, finaliza. 


Atualmente, Zezinho Melo, além de narrador da rádio Eco Acre FM, conduz o Tarde de Emoções na Rádio Difusora. O programa, que há 15 anos está no ar, é veiculado das 14h às 16h de segunda a sexta-feira. Além de locutor esportivo Zezinho Melo foi repórter do programa Gente em Debate por mais de 10 anos, onde participava ao vivo pela unidade móvel com informações da cidade sobre o trânsito. Também, durante anos, foi repórter do Jornal Difusora, considerado o carro chefe do rádiojornalismo da emissora, que vai ao ar entre 6h e 7h da manhã. 


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