A Medida Provisória 665 que restringe direitos trabalhistas relacionados ao Seguro Desemprego, Abono Salarial e pensionistas teve apoio dos petistas do Acre. Os deputados federais Léo Brito (PT), Sibá Machado (PT) e Raimundo Angelim (PT), na noite de quarta, 6, votaram a favor de uma medida altamente questionada pelos sindicalistas e que prejudicará milhões de trabalhadores. Agora, só depois de um ano de carteira assinada quem for demitido poderá requerer o Seguro Desemprego. Mais uma lei que beneficia empregadores e prejudica trabalhadores. A argumentação é que a medida é fundamental para o ajuste fiscal que a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende promover.
Quem votou e quem vetou
Os deputados do PMDB do Acre, Flaviano Melo (PMDB) e Jéssica Sales (PMDB) também votaram favorável. Só os deputados acreanos César Messias (PSB), Major Rocha (PSDB) e Alan Rick (PRB) votaram contra.
Sem hipocrisia
O atual Governo está longe de ser popular. Tem feito um jogo escancarado a favor dos empresários. Não diminuiu em nada os impostos para as empresas. Mas está aliviando no que se refere aos direitos trabalhistas. Ou seja, continua arrecadando para manter a sua máquina pesada e joga o fardo nas costas do trabalhadores.
Promessas rasgadas
Durante a campanha a presidente Dilma prometeu que não tiraria direitos dos trabalhadores. No entanto, fez exatamente ao contrário. Essas duas MPs aprovadas na Câmara Federal prejudica também os direitos de aposentados e pensionistas.
Cadê a esquerda?
Comunistas do PC do B também votaram a favor dessa PL que tira direitos trabalhistas. Fica difícil identificar no atual quadro político brasileiro os partidos de esquerda. PT e PC do B caminham inexoravelmente para a direita.
PDT, na oposição
Toda a bancada federal do PDT votou contra as MPs da Dilma. Um sintoma claro de que o partido fundado pelo falecido governador Leonel Brizola caminha para a oposição. Será que a sigla trabalhista seguirá o mesmo rumo no Acre? Com a palavra o presidente regional, ex-deputado Luiz Tchê (PDT).
Ninguém corta na própria carne
Se a presidente Dilma deseja tanto incentivar a produção no Brasil e diminuir o fantasma do desemprego deveria diminuir impostos. Mas com a sua atual máquina administrativa pesada isso não é possível. Pelo visto a corda continua a quebrar do lado mais frágil, a dos trabalhadores.
Uma no cravo e a outra na ferradura
Em mais um das enfadonhas sessões solenes da ALEAC o deputado estadual Gehlen Diniz (PP) elogiou o governador Tião Viana (PT) pela escolha da sua equipe de segurança pública. Mas criticou os baixos salários da categoria e a falta de estrutura para os policiais civis trabalharem.
Oposição unida
Em seguida a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) criticou a não contratação dos 162 agentes que passaram em concurso público e as péssimas condições dos prédios das delegacias do Acre.
Eco do discurso
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) reforçou o discurso da colega da bancada oposicionista com mais críticas à falta de estrutura para os policiais civis exercerem suas profissões.
Pra ver o Lula passar…
Quase toda a bancada governista não compareceu à sessão da ALEAC, desta quinta, 7. Apenas deputados dos partidos da base considerados “nanicos” foram bater o ponto. Os outros acompanharam a agenda do ex-presidente Lula (PT), em Rio Branco.
Saindo do ninho tucano
Mais um jovem político deixa o PSDB para se filiar ao PMDB. João Marcos Luz, foi candidato em 2008 a vereador da Capital e depois em 2010, pelo DEM, a deputado estadual. Voltou ao PSDB, mas agora resolveu se filiar ao mesmo partido que seus pais militam para tentar uma vaga na Câmara em 2016.
A vaidade separa e o Lula une
Durante a visita do ex-presidente várias fotos mostram os irmãos, governador Tião Viana (PT) e o senador Jorge Viana (PT), lado a lado. Parece que só mesmo o Lula para acabar com os possíveis desentendimentos entre os dois.
Só para inglês ver
O candidato derrotado ao Governo, Márcio Bittar (PSDB) fez uma reunião esses dias em Cruzeiro do Sul que, segundo relatos, deu muita gente. Foram anunciadas seis pré-candidaturas à prefeitura do município.
Do vera
Mas no próximo dia 30, o futuro presidente regional do PSDB, deputado federal Major Rocha (PSDB), fará outra reunião em Cruzeiro do Sul. A nível de decisões, sem dúvidas, a que valerá será a de Rocha. Afinal o parlamentar já estará no comando do partido.
Desdém
Um tucano muito ligado ao Bittar fez o seguinte comentário: “O Rocha pode ser deputado e presidente, mas terá o mesmo peso que qualquer outro filiado do partido. Ele não poderá rasgar o estatuto interno do PSDB”. É o grito da turma que quer o Bittar ainda dando as cartas entre os tucanos do Acre.
Doce ilusão
Entre os seis nomes de pré-candidatos a prefeito de Cruzeiro do Sul do PSDB não vejo nenhum com potencial à vitória. Se o partido tiver juízo deve começar a trabalhar para conseguir uma vice e uma boa chapa de vereadores.
Os personagens da eleição em Cruzeiro
Não adianta espernear. Quem vai decidir candidaturas competitivas em Cruzeiro do Sul são os políticos que têm liderança no município. A saber: governador Tião Viana (PT), o atual prefeito Vagner Sales (PMDB), o senador Gladson Cameli (PP) e o deputado federal César Messias (PSB).
A pesquisa do Burica
O atual prefeito de Rodrigues Alves, Ernilson Burica (PT), já sabe como escolher o candidato do PT para concorrer a sua sucessão. Vai encomendar uma pesquisa para ver qual dos nomes petistas que querem ir para o trono está melhor.
A lógica do Gozaguinha
O deputado Luiz Gonzaga comentou sobre o candidato de oposição a enfrentar o atual prefeito Marcus Alexandre (PT) em Rio Branco. Deve ser alguém que tenha votos naturalmente, mas que sobretudo tenha condições de administrar a Capital.
Tarefa árdua
Já aconselhavam os sábios para as pessoas terem cuidado com aquilo que desejam. Um cargo de prefeito não traz só poder e status social, mas também muita dor de cabeça. Ainda mais com os tempos de vacas magras que as prefeituras vivem no momento. Para alguns políticos competentes a prefeitura pode ser uma alavanca na carreira política, mas para outros pode ser a pá de cal sobre a sepultura de todos os sonhos. Não é fácil administrar um município. Todos os problemas começam ali onde as pessoas vivem, mas os recursos mais polpudos vêm de cima. Conseguir equilibrar essa equação e se dar bem não é tarefa muito fácil. É só olhar a quantidade de processos que ainda respondem a maioria dos políticos que já foram prefeitos nos municípios do Acre.
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