Antes de chegar ao poder, o PT e os pequenos partidos que integram a Frente Popular, coligação que governa o Acre há 17 anos, se aproveitavam de qualquer falha na área de saúde para fazer atos públicos e atacar os políticos adversários. Qualquer denúncias era motivo de regozijo para o partido que chegou ao poder impulsionado pelos protestos e por tornar público as denúncias apresentadas pelos pacientes e servidores das unidades hospitalares estaduais.
Atualmente, as coisas mudaram. Estas mesmas pessoas que usavam os problemas de saúde de pacientes da rede pública para esquentar os debates em seus palanques políticos, acreditam que a prática, ao ser utilizada pelos seus opositores, é antiética. O deputado Raimundinho da Saúde (PTN), que chegou ao mandato representando servidores da saúde, considerou que Eliane Sinhasique (PMDB) errou ao divulgar denúncias de enfermeiros durante uma reunião.
A posição do ex-sindicalista revela que existe um tipo de perseguição aos servidores que denunciam questões ligadas à saúde. Ele acusa a peemedebista de gravar uma reunião com os profissionais que estariam com medo de retaliações. Raimundinho e seus aliados sentem prazer em dizer que os ratos roíam os dedos dos pacientes na época que seus adversários ocupavam o poder. Qual o medo de mostrar os pequenos problemas de um setor que evoluiu tanto?
O líder do governo Daniel (PT), sempre sereno em suas colocações, abandonou o lado Zen, criticando as denúncias do que foi debatido na reunião com profissionais da área médica. Com um governo acusado de fazer arapongagem por diversos seguimentos, o petista protestou pelo direito de sigilo das denúncias apresentadas pelos servidores, alegando que até as operadoras informam que estão gravando as ligações. O que é isso, companheiro?
Da Baixada para o Palácio Rio Branco
O presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT) está confirmando que é um predestinado no meio político. Ele chegou ao primeiro mandato como suplente, sem direito de participar da Mesa Diretora da Casa, mas aos poucos foi conquistando espaço como uma promissora liderança de seu partido. No segundo mandato foi eleito primeiro-secretário, se destacando pela capacidade de articulação para aprovar as matérias de interesse do governo do Acre.
No terceiro mandato, após uma habilidosa costura de apoios, o petista chegou à presidência, eleito sem objeção até mesmo dos nove deputados de oposição. Atualmente, Amorim é unanimidade entre os colegas de parlamento. Os colegas afirmam que ele vem garantindo, de forma democrática, espaço político para todas as bancadas. Agora, Amorim chega ao governo, por dois dias, é verdade, mas chega a ter importância mais que simbólica para um filho da Baixada da Sobral.
Chapa puro-sangue poderá disputar a prefeitura da capital
Os partidos nanicos podem “tirar os cavalinhos da chuva”, se não eles podem morrer de pneumonia, se pensam que terão espaço para indicar o vice da chapa majoritária do PT que disputará a prefeitura de Rio Branco, em 2016. Nos últimos dias, as pequenas legendas estão se engalfinhando para saber quem vai dividir o comando da capital do Estado com um petista, mas de acordo com um político do PT, o confronto não tem a atenção dos cardeais da FPA. Ele afirma que a chapa majoritária será puro-sangue, ou seja, a coligação vai para disputa com dois nomes escolhidos entre as sete tendências do Partido dos Trabalhadores. Os nanicos que se conformem com os pequenos cargos na máquina municipal.
César Messias voltará a dar as cartas no PSB
O atual presidente do PSB, Gabriel Maia, deverá se contentar apenas com seu cargo de secretário na administração do PT. Quem voltará ao comando do partido é o deputado federal César Messias, através de seus assessor mais próximo, João Pereira. A informação é de um dirigente socialista. Ele afirma que Messias será “o dono do partido, já que a maioria dos partidos colocam seus deputados federais para definir quem dá as cartas nos diretórios estaduais. No Acre não poderia ser diferente”, afirma o dirigente ao prevê que muita coisa deverá mudar entre os socialistas, inclusive com alguns insatisfeitos abandonando o barco e procurando guarida em partidos nanicos.
Consigam um assessor para Leila Galvão, por favor
Os discursos da deputada Leila Galvão (PT) são longos, sem objetivos e tremendamente chatos. Com receio de atingir o governador de seu partido, a petista faz arrodeios imensos sem chegar em lugar nenhum. Suas denúncias são vazias. Ela só consegue ser firme quando cobra o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pela recuperação da BR-317, estrada de acesso ao seu curral eleitoral, mesmo assim, fazendo ressalvas que o governo do Acre não é responsável pela recuperação dos buracos. A petista poderia abrir a munheca e contratar uma boa equipe para assessorá-la. Talvez assim, ela consega algumas pautas que não seja elogiar o governo de seu partido. Xô gralha!
O “anjinho” homofóbico
Quem será o deputado federal “gay incubado”, eleito pelo Acre, que o ativista do movimento Germano Marino diz que vota contra os projetos para conceder benefícios para a comunidade LGBT? Marino classifica como ridícula a atuação do parlamentar, que de acordo com ele, “devido a sua orientação religiosa, que nega a sua sexualidade”. Os eleitores do Estado elegeram sete deputados federais do sexo masculino. Meus caros leitores, vocês têm algum palpite de quem seria o “anjinho” homofóbico? A bolsa de apostas foi aberta. Ele deve ter passado por uma sessão de “cura gay” promovida por Marcos Feliciano.
Uma empresaria de sucesso
Nos últimos dias, a publicitária Charlene Lima vem sofrendo uma série de ataques de políticos de Sena Madureira. Depois que a empresária promoveu o carnaval da Princesinha do Iaco, surgiram boatos de bastidores que ela seria candidata a prefeita do município. As velhas raposas que dominam o cenário político da terceira maior cidade do Acre, começaram uma verdadeira campanha para desqualificar a publicitária que apesar de construir uma carreira empresarial de sucesso na cidade de Rio Branco, é natural de Sena Madureira.
Ela destaca que não é nenhuma forasteiras, como alguns “teimam em afirmar”. A publicitária relembra que saiu do município aos 16 anos, com o objetivo de fazer um curso superior. Charlene Lima assegura que ainda não pensou em candidatura. “Meu único objetivo é ajudar a população de minha cidade natal. Não divulgo o que faço, mas desenvolvo um trabalho social com famílias carentes há muito tempo. Tenho certeza que mesmo sem mandato, eu faço mais que a maioria dos políticos deste sofrido município”.
