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Sem recursos, Acre enfrenta superlotação em abrigo público

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Novamente o Governo do Estado enfrenta um séria crise em torno da chegada desenfreada de imigrantes haitianos à capital acriana. Há dez dias foram suspensos os serviços de transporte dos imigrantes para outros Estados. A medida se deu em virtude do término dos serviços licitados e o fim dos recursos oriundos do Ministério da Justiça, que são repassados ao Estado.


A suspensão do transporte acarretou uma superlotação, o abrigo com capacidade para atender 250 pessoas, já supera os 1.100 imigrantes. Com isso, aumenta também os gastos com alimentação e manutenção do local.

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Segundo o gestor do abrigo, Antonio Crispim, a empresa licitada ainda chegou a realizar o transporte de imigrantes mesmo com o término dos recursos, mas com a dívida na casa dos R$ 3 milhões e sem previsão para sanar o débito, a empresa interrompeu de vez o serviço.


Ao falar sobre o problema, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, disse que a prioridade será sanar os débitos e aumentar a frota de ônibus.


“Precisamos primeiro regularizar as despesas com a empresa de transporte. Vamos precisar também aumentar a fronta de ônibus para dar conta dessa alta demanda. O ideal é que tenhamos quatro ônibus com saída diária do Estado. Além disso, enfrentamos problemas com abastecimento de água, problemas estruturais com o sistema de fossa. São muitas pessoas, o que acaba sobrecarregando toda a estrutura do abrigo. Acreditamos que o Governo Federal estará intervindo o mais breve possível para sanar esses problemas”, disse o secretário da Sejudh, Nilson Mourão.


O gestor do abrigo, Antonio Crispim, informou à reportagem do ac24horas que o governador Sebastião Viana e o secretário Estadual de Desenvolvimento Social (SEDs), Gabriel Maia, se encontram em Brasília para reivindicar a liberação de recursos junto ao Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que já teria assegurado a liberação de um recurso emergencial. A expectativa é que o Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, firme novos convênios para assistência e manutenção do espaço público.


Antonio Crispim relatou que antes da suspensão dos serviços saiam da capital dois ônibus duas vezes por semana. Cada ônibus com capacidade para 44 imigrantes, que seguiam viagem com destino à São Paulo. Cada viagem custa aos cofres públicos R$ 44 mil. Ele explica que o alto custo ocorre devido ao fato dos ônibus regressarem à capital vazios e ainda ao fato dos funcionários da empresa assinarem um termo de responsabilidade pelo transporte dos imigrantes, bem como a alimentação e demais custos ao longo do trecho.


Mais de 30 mil imigrantes utilizaram a rota Peru-Acre-Brasil nos últimos quatro anos

Em 2010, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejdh) registrou o ingresso de 37 haitianos no Acre. Em 2011, esse número saltou para 1.175; 2012 (2.225); 2013 (10.779); 2014 (14.333) e até o dia 28 de fevereiro de 2015 já foram contabilizados 2.869. Esses dados revelam um total de 31.418 imigrantes que cruzaram a fronteira Peru-Acre-Brasil.


Até 2012, eram registrados somente a entrada de imigrante vindos do Haiti. A partir de 2013, imigrantes de outros países também passaram a adotar o Acre como rota de entrada para o Brasil.
Em 2013, foram contabilizados o ingresso de outros 745 imigrantes; 2014 (1.873), Fevereiro de 2015 (332), ambos oriundos do Senegal, República Dominicana, Colômbia, Gâmbia, Gana, Bahamas, República do Camarão, Equador, Serra Leoa, Cuba, Mauritânia e Nigéria.


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