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Como a conexão 5G mudará o mundo

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08_16_58_486_fileQuando começarmos a usar roupas que se conectam à internet, comprarmos carros sem motorista que se comunicam com outros carros para evitar acidentes e usarmos latas de lixo que nos avisem quando estão cheias, vamos precisar de uma conexão de internet muito mais rápida.


Por isso começou a corrida mundial para desenvolver a internet 5G, a quinta geração de conexão móvel. Os cientistas envolvidos nesta corrida estão muito entusiasmados pois, desta vez, vão fazer tudo diferente.

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A conexão 5G permitirá a existência de um mundo de cidades inteligentes e interconectadas, cirurgias realizadas à distância, com o uso de robôs e a imersão na internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), ou seja, a interconexão digital de todos os nossos objetos cotidianos.


Este cenário será comum em apenas seis anos: cientistas, governos e empresas de comunicações investigam e fazem planos para começar a usar o 5G a partir de 2020.


Os especialistas acreditam que, até lá, o número de conexões que temos hoje em dia poderá se multiplicar por dez.


“Antes se falava que em 2020 haveria 50 bilhões de dispositivos conectados à internet, agora se acredita que esta cifra é cautelosa”, disse à BBC Sara Mazur, diretora de investigação da Ericsson, uma das companhias de comunicações que está liderando o desenvolvimento do 5G.


Segundo Mazur, a conexão 4G não aguenta esta demanda de conectividade, pois não foi criada para isto.


Rapidez e capacidade


Quando a Samsung anunciou em 2013 que estava experimentando a conexão 5G a 1 gigabite por segundo (Gbps), a mídia informou que os usuários poderiam baixar um filme em HD em apenas um segundo com esta conexão.


Agora, o professor Rahim Tafazolli, que lidera do Centro de Inovação de 5G da Universidade de Surrey, na Inglaterra, acredita que, no futuro, será possível ter uma conexão de dados sem fio a 800 gigas por segundo, o que significa uma conexão cem vezes mais rápida que as conexões 5G que estão sendo testadas atualmente.


Uma velocidade de 800 Gbpse equivaleria a baixar 800 filmes em HD em apenas um segundo.


Mas, além de rápida, nossa futura conexão em 5G deverá ter uma capacidade maior.

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Aumentar a capacidade de uma rede é o equivalente a ampliar uma estrada que passa por um túnel, se uma pista é acrescentada, mais veículos podem passar.


Também é importante colocar ordem nesta estrada: por exemplo, designar certas pistas para o transporte de grandes distâncias e deixar outras para o tráfego local.


Por isso, com a conexão 5G, se estabeleceriam bandas diferentes de frequência para suportar a demanda.


E este aumento gigantesco da demanda será o resultado do boom de objetos inanimados conectados à internet, ou a internet das coisas.


Não vai cair


Outra característica da internet 5G deverá ser de que esta conexão não poderá falhar.


“Terá [o nível de] confiança que atualmente temos com as conexões de fibra ótica”, disse Sara Mazur.


Os avanços na tecnologia de antenas anunciam o fim dos cortes repentinos neste tipo de conexão e essa característica será essencial para a segurança.


Companhias como a Huawei, da China, já estão falando em usar o 5G para permitir a comunicação entre carros sem motoristas e entre esses carros e a infraestrutura que os cerca.


Além do mais, serviços como o transporte inteligente ou as cirurgias à distância, nas quais um médico humano usa remotamente um robô para realizar operações complicadas, dependerão da redução dos períodos de latência, ou seja, os tempos de demora entre ação e resposta.


A Ericsson prevê que o período de latência do 5G ficará em torno de um milissegundo, ou seja, será imperceptível ao ser humano e 50 vezes menor que o do 4G.


Preço?


As empresas Ericsson e Huwaei afirmam que, por enquanto, não se sabe o preço da conexão 5G.


Ainda não é possível fazer este cálculo até que comece a fase de desenvolvimento do produto. Mesmo assim, já existem iniciativas para levar os resultados das investigações ao mercado.


Na Coreia do Sul, que já foi a pioneira no desenvolvimento do 4G, a Samsung espera poder lançar uma rede temporária para testar o 5G a tempo dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.


E a Huawei compete para colocar em prática sua própria versão de conexão 5G em Moscou, durante a Copa do Mundo da Rússia também em 2018.


A boa notícia é que, apesar da rivalidade e das quantias gigantescas de dinheiro que estas companhias estão investindo em pesquisa e desenvolvimento, em termos gerais elas estão colaborando para poder oferecer uma conexão em 5G.


E isso abre as portas para um desenvolvimento sem paralelo de novas tecnologias.


“Mas isto [vale] até a chegada a conexão 6G, até por volta de 2040”, lembrou Rahim Tafazolli, do Centro de Inovação de 5G da Universidade de Surrey.


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