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Dilma Rousseff quer mudar 60% da equipe e tirar espaço do PT

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Com desafios para superar na economia e na política, a presidente Dilma Rousseff fará a mais ambiciosa reforma ministerial de seu governo. Ela pretende reduzir o espaço do PT na Esplanada e mudar cerca de 60% dos cargos de primeiro escalão.


As negociações para a mudança na equipe que inaugurará o segundo mandato não começaram para a maioria dos postos. A única operação já em curso é para a escolha do titular da Fazenda.

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Dilma tem conversado pouco sobre os seus planos para a equipe econômica. Na semana que vem, pretende falar com o ex-presidente Lula. Entretanto, seus subordinados duvidam de uma definição nos próximos dias.


Segundo assessores presidenciais, dois critérios vão pesar na escolha da nova equipe: representatividade política (o ministro terá de controlar sua bancada no Congresso) ou notabilidade na área em que for comandar.


Em diálogos recentes, Lula avisou a petistas que Dilma tem de repaginar seu ministério de maneira profunda e que o espaço do PT deve ser sacrificado com os futuros remanejamentos e demissões.


O PT, por exemplo, reconhece que pode perder Fazenda e Educação, duas pastas nas mãos da sigla desde 1º de janeiro de 2003.


Nenhuma das apostas para liderar a equipe econômica é filiado à legenda. Entre os mais citados estão Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central no governo Lula), nome apoiado pelo ex-presidente; Nelson Barbosa (ex-número 2 da Fazenda na gestão Dilma), alternativa que tem a simpatia do PT e de empresários; e Alexandre Tombini, atual chefe do BC.


Auxiliares diretos da presidente têm dúvidas sobre a indicação de Meirelles, nome descartado por Dilma em reformas anteriores.


Esses interlocutores lembram que, durante a campanha, a então candidata fez um discurso muito forte contra banqueiros, e que pegaria mal nomear “um deles” agora. Outros auxiliares ponderam que a escolha de alguém chancelado pelo sistema financeiro afastaria a pecha de governo “antimercado”.


Articulador


No caso da Educação, a possível saída do PT do comando da pasta também não é trivial. O ministério terá, em 2015, a segunda maior verba para investimento da Esplanada (R$ 12,6 bilhões) –perderá apenas para os Transportes, com R$ 13,5 bilhões, hoje comandado pelo PR.


Dilma gostaria de nomear o governador Cid Gomes (Ceará) para a cadeira, mas este resiste por preferir um cargo no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) fora do país.

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Para compensar a perda, o PT quer reconquistar o Ministério das Cidades, há anos nas mãos de partidos aliados.


A pasta é o quarto maior orçamento para investir (R$ 7,1 bilhões) e controla o Minha Casa Minha Vida, programa visto como ativo vantajoso para fazer política local por meio da entrega de residências nos mais variados municípios do país.


O problema é que há concorrência. O PP quer se manter no posto e o PSD gostaria de conduzir seu presidente nacional, Gilberto Kassab, para lá. Dilma, no entanto, teria outros planos para o ex-prefeito de São Paulo, tido como bom articulador político.


A presidente deseja colocá-lo na Secretaria de Relações Institucionais, gabinete responsável pela interface do governo com o Congresso, uma das áreas mais sensíveis no próximo mandato.


-DE CARA NOVA


Os cotados para o ministério no 2º mandato


Henrique Meirelles Ex-presidente do BC, é cotado para o Ministério da Fazenda


Nelson Barbosa Ex-secretário-executivo da Fazenda, pode virar ministro


Alexandre Tombini Atual presidente do BC, pode comandar a pasta da Fazenda


Gilberto Kassab Pode ir para Cidades ou para Relações Institucionais


Kátia Abreu A senadora está cotada para o Ministério da Agricultura


Jaques Wagner Comunicações ou Desenvolvimento


Juca Ferreira Cotado para voltar ao Ministério da Cultura


OUTRAS APOSTAS
* Jorge Viana Meio Ambiente


César Borges Transportes


Cid Gomes Educação


Ricardo Berzoini Comunicações, Trabalho ou Previdência


Miguel Rossetto Secretaria-geral


TIME DE VETERANOS


Quem deve continuar na Esplanada e quem pode sair


QUEM PODE FICAR
* Aloizio Mercadante Ministro da Casa Civil, deve continuar no cargo


José Eduardo Cardozo Ministro da Justiça, deve continuar no cargo


Ricardo Berzoini Secretaria de Relações Institucionais –Pode mudar de pasta


Miguel Rossetto Ministro do Desenvolvimento Agrário –Pode mudar de pasta


Luiz Alberto Figueiredo Relações Exteriores


Moreira Franco Aviação Civil


Tereza Campello Desenvolvimento Social


César Borges Portos –Pode mudar de pasta


Alexandre Tombini Banco Central –Pode mudar de pasta


Afif Domingos Micro e Pequena Empresa


Arthur Chioro Saúde


Luís Inácio Adams Advocacia-geral da União


Eleonora Menicucci Políticas para as Mulheres


José Elito Siqueira Gabinete de Segurança Institucional


QUEM PODE SAIR
* Guido Mantega (Fazenda) –Presidente anunciou sua saída


Marta Suplicy (Cultura) –Já deixou o governo


Henrique Paim (Educação)


Gilberto Occhi (Cidades)


Franciso José Coelho Teixeira (Integração Nacional)


Neri Geller (Agricultura)


Jorge Hage (Controladoria Geral da União)


Miriam Belchior (Planejamento)


Edison Lobão (Minas e Energia)


Paulo Sérgio Passos (Transportes)


Celso Amorim (Defesa)


Eduardo Benedito Lopes (Pesca)


Ideli Salvatti (Direitos Humanos)


Garibaldi Alves (Previdência Social)


Gilberto Carvalho (Secretaria-geral)


Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)


Aldo Rebelo (Esporte)


Manoel Dias (Trabalho)


Clelio Campolina (Ciência e Tecnol.)


Paulo Bernardo (Comunicações)


Izabella Teixeira (Meio Ambiente)


Vinicius Nobre Lages (Turismo)


Thomas Traumann (Comunicação Social)


Luiza Bairros (Igualdade racial)


Marcelo Neri (Assuntos Estratégicos)


 


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