Um requerimento convocando os representantes de operadoras de planos de saúde, com sede no Acre, para prestar esclarecimentos sobre os procedimentos de atendimento aos usuários foi apresentado na manhã desta quarta-feira (5), na Aleac. A iniciativa é do deputado Jamyl Asfury (PEN), que aponta diversas irregularidades cometidas pelos médicos credenciados nas empresas.
Segundo Asfury, o tratamento que as operadoras estariam dispensado aos usuários de planos de saúde tem deixado a desejar. Ele cita como diferencial, o acolhimento recebido por sua esposa pelos credenciados no Acre e Goiânia. “Fui surpreendido, em Goiânia, com um tratamento totalmente diferenciado do que acontece na rede de médicos credenciados do nosso Estado”, enfatiza.
O deputado relata que teria marcado uma consulta para sua esposa no dia que chegou em Goiânia, sendo atendido no dia seguinte, por um médico credenciado do plano de saúde que ele paga. “No Acre, minha esposa foi informada que levaria até dois meses para ser atendida, descumprindo a regulamentação da Agência Nacional de Saúde nesta questão”, destaca Jamyl Asfury.
Ele acredita que a Aleac deve agir e pedir providencias no cumprimento das regras para funcionamentos das operadoras de plano de saúde no Estado. “Precisamos fazer uma reunião, convocar todos os representantes de planos de saúde, em especial, a Unimed, para que expliquem o motivo de uma consulta básica ultrapassar o prazo máximo de atendimento de 7 dias”.
Para o parlamentar, os médicos credenciados estariam preterindo as consultas de usuários de planos de saúde, dando prioridade para quem pagar no ato da consulta. “Eles perguntam de particular ou plano de saúde? Plano é particular. Quando fala que é no convênio, eles marcam para até 30 dias. Quando fala que é particular, para pagar R$ 300 – o atendimento é imediato”, ressalta Asfury.
O presidente da Comissão de Saúde da Aleac, deputado e médico, Eduardo Farias (PCdoB) fez a defesa dos profissionais credenciados nos planos de saúde. O comunista justifica a preferências dos médicos pelas consultas particulares, com os baixos valores pagos pelos planos de saúde. “O plano de saúde paga R$ 57 por consulta, enquanto a consulta particular é de R$ 250 a R$ 300”.
Farias informa que os médicos credenciados estariam levando 30 dias, para receber as consultas. Jamyl retrucou e disse que “falta ética ao profissional. Se não dá, pede para sair. Precisamos equacionar isso, se o médico acha que é bastante conhecido e não precisa mais do plano de saúde, que saia para não prejudicar os usuários dos planos de saúde. Quem não pode perder é o povo”.
