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Debate entre os candidatos ao governo do Acre é marcado por barraco nos bastidores

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O último debate entre os candidatos a governador do Acre realizado na noite de quinta-feira (23), foi o mais fraco dos dois realizados no segundo turno, entre Márcio Bittar (PSDB) e Sebastião Viana (PT). O encontro promovido pela TV Acre, afiliada da Rede Globo, canal 4, se resumiu a mesmice do debate anterior realizado pela TV Gazeta, afiliada da Rede Record.


O tucano e o petista pouco acrescentaram em termos de novas propostas, trocando farpas sobre problemas na área de segurança pública, infraestrutura e previdência. O único momento marcante do debate não foi visto pelo telespectador, quando o governador Sebastião Viana e o deputado federal eleito Major Rocha (PSDB), quase se pegam no estúdio da emissora.

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Rocha trajava uma camiseta estampada com notícias contra a administração petista do Acre e isso teria irritado o governador. Tirando as confusões de bastidores, o debate entre os postulantes ao governo do Acre, não serviu para conquistar os votos dos eleitores que ainda não definiram em quem vão apostar para comandar o destino do povo acreano nos próximos quatro anos.


O tucano Bittar quis saber quais os compromissos que Dilma assumiu com o Acre. Sebastião respondeu que 90% do que fez na segurança foi com ajuda da petista, destacando a entrega das casas do PAC, pavimentação das BRs 364 e 317, programas de saneamento básico, criação do Call Center, linhão de energia e a garantia da construção de mais 11 mil casas.


Bittar retrucou afirmando que o único candidato que assumiu compromissos com o Estado foi Aécio Neves. “O único que veio assumir compromisso de levantar o leito da BR-364, construir a ponte do Madeira, fazer a ligação de Cruzeiro do Sul com Peru, instalação de áreas de livre comércio, combate ao corredor de entrada de drogas foi o candidato do PSDB”.


Os candidatos debateram ainda a questão de infraestrutura no Alto Acre. Para Bittar, a instalação das áreas de livre comércio, o investimento na pavimentação de ramais e a redução da carga tributária poderá ser a solução. Sebastião prometeu construir a ponte entre Xapuri e Sibéria, pavimentar ramais com pedra rachão e implementar o programa de suinocultura.


Na segurança pública, Bittar disse que o governo federal não vai contingenciar o orçamento, federalizando o combate ao crime organizado. Viana afirmou que Dilma investiu R$ 17 bilhões na segurança no País. “No Acre, mais de R$ 50 milhões foram investidos no reaparelhamento das policias, o índice de homicídios é um dos menores. O Acre é décimo nono menos violento do Brasil”.


O governador petista acredita que a participação da sociedade poderá fomentar a cultura da paz. Na réplica, Bittar disse que pessoas estariam presas em suas casas. “Combater o crime não se faz com conversa mole, precisamos abrir concursos para as polícias. Viana tentou desqualificar o tucano, informando que ele teria a intenção de extinguir a Secretaria de Polícia Civil do Acre.


Sebastião Viana voltou a questionar a suposta privatização na área de abastecimento de água tratada e saneamento básico. Ele destacou ainda que poderá haver demissões com a medida de Bittar.  O tucano rebateu: “se o candidato tivesse preocupação com o servidor, não estaria fazendo um rombo na previdência e contratando mais de 50% de professores provisórios”.


No segundo bloco de perguntas, com temas determinados pela produção, Sebastião perguntou a Bittar sobre o que significa Enafron. Sentindo que o petista queria fazer mais uma pegadinha, o tucano partiu para o ataque. “Antes de olhar para o quintal alheio, devemos olhar para nossa casa. Eu sou candidato ao governo do Acre. Não é com lorota que vamos resolver problemas”.


Viana aproveitou a deixa de Bittar, para mais uma vez tentar passar para o eleitor que o tucano não teria conhecimento. “a população sabe que não pode confiar num candidato que não se apega a verdade”. O petista afirma que a violência é maior nos estados governador pelos partidos que fazem oposição ao PT. “Fizeram gastos com a Copa e não investiram na segurança”, retrucou Bittar.

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Os gastos com os cargos de confiança também voltaram a fazer parte do repertório de Márcio Bittar. “Políticos condenados estão ganhando mais de R$ 100 milhões, enquanto a polícia tem investimento de 10 milhões. O tucano questionou ainda um suposto rombo na previdência dos servidores estaduais, ressaltando que a administração petista teria deixado de recolher seis anos de contribuição.


Sebastião mais uma vez fez ironias com o candidato tucano. “O candidato continua insistindo em não estudar o assunto, faltando com a verdade, não sabe que o Equilíbrio atuarial, ocorre a cada 75 anos, nem conhece as leis. Nunca houve falta de recolhimento de contribuição. A ameaça seria se o estado não tivesse recolhido as contribuições dos servidores irregulares”, disse o petista.


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O índice alcançado no Ideb voltou a ser destacado por Sebastião. Ele perguntou a Bittar, quais as ideias que ele teria para inovação na educação. O tucano disse que pretende implantar o programa Escola nota 10 – que bonificará os alunos pelo desempenho, além de fazer cortes nos cargos comissionados para ampliar os investimentos na rede estadual de ensino.


O petista falou que não há inovação na proposta de Bittar. “Nosso governo criou escola de música, o centro de idiomas, o centro de matemática e filosofia, o Pronatec, e as estruturas para portadores de  necessidades especiais. Na tréplica, Bittar contestou Viana. “Se tudo fosse verdade, o estado não teria mais de 50% dos professores provisórios”. O tucano prometeu criar cursos técnicos para os jovens.


Na área de saúde, Márcio Bittar assegurou, com a ajuda de Aécio, criar a carreira federal para os médicos. Sebastião prometeu trazer mais 400 médicos, construir o centro de diagnósticos e ampliar mais 250 leitos.


O tucano questionou ainda as filas, falta de exames e remédios básicos. Viana contra-atacou afirmando que Bittar “não quer ver os avanços porque não mora no Acre”.


Nas considerações finais, Sebastião ponderou que tem esperança “na política onde a verdade prevaleça”. Para o petista, o candidato tucano não teve responsabilidade com a verdade durante o debate. Márcio Bittar dedicou a campanha a esposa que seria sua musa inspiradora. “Vou continuar olhando nos olhos de minha mãe sem arrependimento. Seu filho não faz qualquer coisa para chegar ao poder”. O tucano finalizou relatando dificuldades na campanha


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