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“O Tião Viana sentou comigo e perguntou se podia usar o meu projeto de calçamento de ruas”, diz Tijolinho

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Em meio a um debate sem propostas e cheio de ofensas mútuas entre os candidatos majoritários, uma figura do tipo do ex-candidato Tijolinho acaba fazendo falta nessas eleições.


Figura folclórica por causa dos “bambures” e das ruas de tijolos, Antônio Neres Gouveia, tornou-se um personagem engraçado da política do Acre por seu jeito inusitado e simples de expor suas propostas quando foi candidato ao governo do Estado em 2010. Sem muitas pretensões, obteve naquele pleito 0,31%, um total de 1.035 votos.

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O apelido Tijolinho surgiu da proposta de calçar todas as ruas do Acre com tijolos, projeto que acabou virando o principal programa de governo do petista Sebastião Viana, o chamado Ruas do Povo. Não é intriga da oposição e muito menos invenção tal afirmação. Pelo menos é o que diz o próprio Tijolinho: “O Tião Viana sentou comigo. Ele não pegou o meu projeto escondido de ninguém. Ele me falou que meu projeto era muito bom e eu falei a ele: governador será um prazer o senhor usar esse meu projeto. O Tião Viana sentou comigo e falou se podia executar o meu projeto. Ele me comunicou se podia e eu autorizei porque é realmente para a população”, diz.


E se a Cidade do Povo tinha como pai apenas Bocalom, que acusa o governo de copiar seu projeto “Bairro da Liberdade”, acaba de ganhar outro. Tijolinho diz que também é ideia dele a criação da Cidade do Povo, o programa habitacional de Sebastião Viana de construção de 10.518 casas.


Servidor público da Secretaria Estadual de Saúde, Gouveia não está filiado a nenhum partido político. O último que ele fez parte foi o PRTB, mas pediu desfiliação. Aos 62 anos de idade, perto de se aposentar do Estado, atualmente ele vive da venda de alimentos para fora do Acre, e embora não seja candidato a nada não titubeia ao dizer em que vai votar: “voto no Tião Viana, que é um grande administrador. E vou dizer o porquê que ele é um grande administrador: você imagine só naquela cheia do Madeira se ele não tivesse entrado. Ele é arrojado e tem um punho firme, digamos, um homem com muitas qualidades”, diz Tijolinho, que apesar de declarar seu apoio ao petista com quem diz manter contatos “aqui e acolá”, não acredita na vitória dele no primeiro turno. “Essa eleição vai para o segundo turno”, acredita.


Tijolinho diz que não tem nada contra a oposição, mas acha que Márcio Bittar e Bocalom deviam ter se unido antes do período eleitoral. Ele evita críticas aos dois opositores que ele considera “homens de bem e trabalhadores”.
Para o ex-candidato ao governo do Acre, Marina “é melhor para o Acre”, mas é incerteza para o Brasil.


Sobre Gladson e Perpétua, os dois principais candidatos ao Senado do Acre, ele não opina e diz apenas que “se tivesse dois votos votaria nos dois. Não sei em qual dos dois eu vou votar. Eu gosto dos dois”.


Ao avaliar o atual pleito, Tijolinho diz que lamenta não ter entrado na disputa. “Quando vejo os debates gostaria de estar la na televisão. Eu nunca deixei uma pergunta sem resposta”.


Sua fala, expressões e gestos simples nem de perto combinam com seu poder aquisitivo. Nas eleições de 2010, Tijolinho declarou possuir quase R$ 1 milhão de bens à Justiça Eleitoral. São carros, motos e uma mansão de dois andares cheia de câmeras por todos os lados, no bairro Bahia, região da Baixada do Sol, em Rio Branco.


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