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Botafogo quebrou, mas seu presidente fez MBA no esporte

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Após assumir a presidência do Botafogo, em 2009, Maurício Assumpção entrou na primeira turma do MBA em Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan Escola de Negócios, no Rio. Na época, o presidente era comumente citado como exemplo de profissional do esporte preocupado em se aperfeiçoar em um segmento pouco afeito à sala de aula. O Botafogo hoje encontra-se em situação financeira crítica e fala até em abandonar o Brasileirão.


O ápice da crise foi a exibição pública de faixa pelos jogadores do Botafogo no clássico contra o Flamengo, no último domingo, no Maracanã, antes do início da partida. A faixa dizia: “Estamos aqui porque somos profissionais e por vocês torcedores – cinco meses de direito de imagem, três meses de salários na carteira de trabalho, FGTS (numa referência ao que o clube atualmente deve aos atletas)”.

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Não se tem registro nos últimos tempos de uma cobrança desse tipo, tão escancarada, de um clube da primeira divisão do Campeonato Brasileiro. É de envergonhar qualquer um. Com as receitas bloqueadas por conta de dívidas em torno de R$ 700 milhões, Maurício Assumpção disse recentemente que se o problema não for resolvido, a equipe poderia até deixar o Brasileirão.


Na época em que fez o MBA, o presidente do Botafogo posava frequentemente como “garoto-propaganda” do curso, numa espécie de exemplo do que também deveria fazer outros dirigentes de clube. Posteriormente, ministrou aulas sobre o assunto e ainda virou palestrante sobre o tema. Eventos do curso chegaram a ser promovidos no Engenhão, estádio concessionado ao Botafogo.


Maurício Assumpção foi aprovado no MBA. Mas na prática, mostrou-se um dirigente tão incapaz quanto aqueles profissionais envolvidos no futebol que nunca se aprimoraram. A gestão do atual presidente do alvinegro termina no final desse ano – ele não mais poderá concorrer ao cargo.


Assumpção mostra que o problema do futebol brasileiro não se resume a frequentar a escola. É também questão de atitude.


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