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Caso Telexfree: Carlos Costa quer ter foro privilegiado

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Investigado civil e criminalmente no escândalo Telexfree, Carlos  Costa registrou candidatura a deputado federal pelo Partido Republicano Progressista (PRP) no Espírito Santo. A Justiça Eleitoral ainda precisa aprovar o pleito.


A Telexfree é acusada de ser a maior pirâmide financeira da História do Brasil, com mais de 1 milhão de membros, montada sob disfarce de marketing multinível. Em todo o mundo, o negócio teria movimentado cerca de R$ 2,7 bilhões, segundo uma investigação norte-americana.

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Caso eleito, Costa  – que é um dos donos da Ympactus, braço brasileiro da Telexfree – passa a ter direito a foro privilegiado, o que o levaria a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


O empresário também poderia, caso a Corte receba algum processo contra ele, renunciar ao mandato para ser julgado como cidadão comum – o que retardaria o andamento do caso.


“No momento em que ele é empossado, passa a ter direito a foro privilegiado, da mesma forma em que, se perde ou deixa o cargo, perde direito ao foro”, diz o advogado Euro Bento Maciel Filho.


Atualmente,  Costa é alvo de investigação criminal da Polícia Federal no Espírito Santo e réu na ação civil pública em que o Ministério Público local (MP-AC) pede a extinção da Telexfree no Brasil, acusando-a de ser maior pirâmide financeira brasileira, e a devolução dos recursos aos divulgadores, como são chamados os que investiram dinheiro no negócio.


Costa teve bens congelados a pedido do MP-AC, mas recebeu R$ 6,6 milhões após esse bloqueio, segundo depoimento dos fundadores da empresa à Secretaria de Estado de Massachussetts, onde fica a sede do grupo.


À Justiça eleitoral, Costa declarou ter R$ 13 milhões, sendo R$ 300 mil pela parcela que detém na Ympactus no Brasil.


“Não tem nem processo contra eles”, diz Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Costa e de Carlos Nataniel Wanzeler, um dos fundadores da Telexfree. “Existe um inquérito, não existe uma denúncia formal.”


Empresário foi o responsável por trazer a Telexfree para o Brasil


Costa foi fundamental para que a Telexfree, criada nos Estados Unidos em 2002 por Wanzeler e pelo americano James Matthew Merrill, deslanchasse, segundo a Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana).


Amigo de longa data de Wanzeler, Costa participou da criação do site www.telexfree.com  – por onde os divulgadores aderiam ao negócio e movimentavam suas contas – e foi quem deu a ideia de usar anúncios na internet para recrutar consumidores, de acordo com a SEC.


Foi só depois do sucesso no Brasil que a empresa começou a operar nos Estados Unidos, onde também é acusada de ser uma pirâmide financeira. Wanzeler é considerado foragido da Justiça americana.


Além de deter uma fatia do braço brasileiro da Telexfree, Costa ocupa o cargo de diretor de marketing da empresa, o que lhe deu grande projeção de imagem.


É Costa quem surge no “Plantão Telexfree”, como são batizadas as dezenas de vídeos regularmente publicados na página da empresa numa rede social.

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Num desses vídeios, Costa  garantiu aos divulgadores, dias depois de a empresa ter as contas bloqueadas, que o negócio seria assegurado pela gigante Mapfre – uma informação desmentida em seguida pela própria seguradora.


Nos Estados Unidos, Costa chegou a deter uma parcela da Telexfree, LLC., uma das empresas do grupo, mas se desfez dela no final de 2013 por “razões legais”, segundo um depoimento de Merrill.  A Telexfree sempre negou irregularidades.


 


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