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Arena da Floresta passa por processo de popularização

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arena da floresta


A ideia era futurista, visionária como se costuma dizer na gíria política. A confirmação do Acre como uma das sedes da Copa do Mundo colocaria o Estado na rota das maiores obras de mobilidade e desenvolvimento urbano do país, os investimentos seriam fantásticos. Seriam, porque tudo não passou de um sonho.

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O projeto apresentado pelos gestores acreanos ainda conseguiu passar em duas peneiras feitas pela FIFA. 22 duas cidades concorriam o acolhimento dos jogos: as capitais Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife/Olinda (candidatura conjunta), Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina, além da cidade de Campinas no interior do estado de São Paulo.


Em janeiro de 2009 a cidade de Maceió desistiu, restavam dezessete cidades. A FIFA limita o número de cidades-sedes entre oito e dez, entretanto a organização cedeu aos pedidos da CBF e concedeu permissão para que se utilizem doze sedes no mundial. No dia 31 de maio de 2009, veio a frustração: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco, estavam eliminadas.


Sem desistir do sonho, o ex-governador Binho Marques ainda tentou junto a CBF, que o Acre fosse subsede da Copa do Mundo. O encontro ocorreu na sede da CBF, no Rio de Janeiro, e contou com a presença do então senador á época Tião Viana e de Sibá Machado, do secretário de Planejamento, Gilberto Siqueira, e do presidente da Federação Acreana de Futebol, Antônio Aquino. Todos saíram jurando que Ricardo Teixeira tinha ficado empolgado com o projeto.


Os gestores apresentaram ao Brasil um modelo ousado de investimento no esporte, com apoio a escolinhas de futebol, a injeção de recursos sistemáticos nos clubes de primeira divisão, além é claro, da Arena da Floresta, que era na época, um dos mais modernos estádios de futebol do Brasil.


Inaugurado em 2006, no final da gestão do ex-governador Jorge Viana, o Arena tinha amplas condições de ser emprestado para que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) pudesse disponibilizá-lo para que seleções de qualquer parte do mundo utilizassem suas adaptações em um espaço moderno e confortável. Mas a tentativa foi novamente frustrada.


DIAGNÓSTICO


Quatro anos depois, a Arena da Floresta perdeu mais um título: o de estádio mais moderno da região Amazônica. Inaugurada em janeiro, a Arena da Amazônia ganhou essa referência.


Péssimo clima – A notícia de rebaixamento do maior templo do futebol acreano se assemelha ao desempenho dos principais representantes do esporte do estado em competições nacionais. O Rio Branco Futebol Clube foi uma das primeiras equipes da série C a ter o rebaixamento confirmado para a Série D. O time foi derrotado por 2 x 1 pelo Brasiliense, dentro da Arena da Floresta.


O Plácido de Castro, campeão acreano de 2013, no Campeonato Brasileiro Série D do ano passado chegou a surpreender quase conseguindo uma vaga na Série C. Jogando o primeiro jogo em casa, empatou em 1 a 1. Mas, infelizmente perdendo o jogo de volta para o Salgueiro de Pernambuco por 3 a 1, ficou pelo caminho. Com isso terminou a competição com a 8ª colocação, a melhor participação da História de um time acreano na 4ª Divisão.


Diagnóstico – O subsecretário de esportes, Petronilo Lopes, conhecido como Pelezinho, falou para o ac24horas do esforço que vem pelezinhorealizando para não deixar que um dos maiores patrimônios do futebol acreano, vire um elefante branco, no período em que não são disputados jogos pelo campeonato profissional.

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O que Pelezinho chamou de popularização do estádio é, na verdade, a abertura dos seus portões para a camada mais pobre. “O Gari voltou a jogar aqui de novo. Está participando todo mundo com suas atividades, acho que é uma forma da gente agradecer o povo pelo que eles fazem por nossa cidade”, disse Pelezinho.


As atividades de Taekwondo, Jiu Jitsu, danças e Bombeiro Mirim, realizadas dentro da Arena, justificam, segundo Pelezinho, os investimentos de 18 milhões feitos pelo governo do Acre, que marcou um novo conceito de arquitetura na região. Ainda de acordo o subsecretário, o estádio passou a cumprir com seu dever social ajudando os filhos daqueles que realmente contribuem através dos impostos arrecadados para a manutenção do espaço e que contribuíram para a sua construção.


“Isso aqui é uma casa, o esporte se movimenta, assim estamos contribuindo com o desenvolvimento sustentável, afastando nossa juventude das drogas”, acrescentou.


Com relação a atuação dos times acreanos em competições nacionais, Pelezinho afirma que é preciso que o atleta acreano volte a competir com “amor pela camisa”. O gestor não esconde a frustação e fala até em consultar os universitários para saber, através de uma ampla pesquisa, qual é a verdadeira vocação do esporte acreano.


“Vamos fazer uma pesquisa com universitários para identificar qual é a verdadeira vocação dos nossos atletas”, concluiu.


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