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Veneno da madrugada em Rodrigues Alves

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O escritor colombiano Gabriel Garcia Marques escreveu um livro sobre um lugarejo em que começaram a circular folhetins anônimos. Os impressos tinham denúncias sobre acontecimentos sociais que eram colocados secretamente por debaixo das portas dos moradores de madrugada. Tanto fatos pessoais como políticos descritos com uma pitada acentuada de veneno sem que ninguém soubesse quem era o autor. Nesses dias Rodrigues Alves tem vivido algo parecido. Estão circulando panfletos anônimos acusando vereadores de conspiração contra o prefeito. E algumas outras informações de âmbitos pessoais. Uma coisa perigosa que mexe com a honra das pessoas e que merecia ser investigado pelas autoridades. Afinal as acusações mesmo que fantasiosas tornam-se boatos e acabam provocando danos irreparáveis.


Quem anda na luz…
Sou 100% a favor da liberdade de expressão. Mas que isso aconteça às claras e com responsabilidade. Quem se esconde na escuridão do anonimato não pode estar bem intencionado. Quer mesmo provocar dano.

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Não é a primeira vez
Há dois anos em Tarauacá aconteceu algo semelhante. Só que utilizando instrumentos digitais. Um blog anônimo fazia denúncias contra políticos supostamente envolvidos em situações de corrupção. Foi um estrago tremendo.


Eleição vale “quase” tudo
Não é a primeira vez que tomo conhecimento desse tipo de panfletagem anônima no Juruá em período próximo de eleições. Uma prática perigosa que deveria ser coibida severamente pelas autoridades responsabilizando seus autores.


Passado negro
Também em Rio Branco, em outras eleições, já houve a distribuição de panfletos apócrifos com acusações contra adversários políticos. Claro que a credibilidade desse tipo de material é muito questionável. Mas é como um travesseiro de penas que se espalha e depois fica difícil recolocar tudo de volta.


Jogada do PT no Juruá
Resolveram colocar o ex-candidato a vice-prefeito de Cruzeiro do Sul, Marcelo Siqueira (PT) no jogo eleitoral de 2014. Ele será candidato a deputado estadual. Uma candidatura forjada por um quadro político do momento no Juruá.


Razões
Primeiro que o ex-prefeito Itamar de Sá (PT), que seria o candidato natural do grupo, ainda tem incertezas jurídicas que poderiam criar problemas. Marcelo vai ser o candidato de Itamar e terá todos os militantes ideológicos do PT (que não são muitos) trabalhando pela sua candidatura.


Alto Juruá
Mas por outro lado, Itamar que tem liderança política em Marechal Taumaturgo deverá levar o seu primo, atual prefeito Aldemir Lopes (PT), a apoiar Marcelo. O mesmo deverá ocorrer com o PT de Porto Walter.


Fechando caminhos
Além disso, a candidatura de Marcelo Siqueira fecha os caminhos para votos ideológicos para Jonas Lima (PT) em Cruzeiro do Sul. Como todo mundo sabe, Jonas é um desafeto dos membros da tendência DR do partido.


Disputa entre jovens
O fato do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) ter lançado a deputada Antônia Sales (PMDB) a vice de Márcio Bittar (PSDB) foi mais um incentivo. Os apoiadores de Marcelo acreditam que ele vai disputar votos com o advogado Jonathan Donadoni (PMDB), apoiado por Vagner.


Quem ganha
O pré-candidato a federal Léo Brito (PT) deverá fazer dobradinha com Marcelo com a marca do Juruá. Mas por outro lado, ficará difícil para Daniel Zen (PT), que concorre à ALEAC, sonhar com um bom desempenho eleitoral na região.


Esperando os aliados
Os suplentes ao Senado da chapa de Gladson Cameli (PP) ainda não estão definidos. A decisão sairá depois que Gladson ouvir todos os onze partidos que integram a Aliança de oposição. Mas a pressão tem sido grande.


Qual é mesmo o papel de suplente?
Não consigo entender toda essa polêmica em torno das vagas de suplente ao Senado. Dificilmente quem se elege deixa os outros assumirem. A não ser em casos muito específicos. Ainda assim quem tem alguma chance é o primeiro suplente porque o segundo nem saí na foto. Só serve mesmo para fazer composições políticas. Na prática os suplentes de um senador não têm nenhuma relevância.


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