Em Rio Branco existem 10 creches registradas e ativas que disponibilizam pouco mais de 2 mil vagas, mas a lista de espera só cresce e chega a casa das mil crianças em busca de vagas.
Mães que procuraram as unidades e não conseguem matricular os filhos, na grande maioria deixam de trabalhar, pois não tem com quem deixar as crianças.
Com dois filhos de 2 e 5 anos, Aline Bianca Gomes, de 26 anos, é uma das mães que sentem na pele esta realidade. O bairro onde mora, conhecido como Conjunto LBA, não possui creches.. “Não tenho como trabalhar e dar um salário para quem for cuidar dos meus filhos. A creche mais perto fica no bairro Calafate. Lá minha neta tentou vaga e não conseguiu, porque a procura é muito grande”, disse.
O problema levou a Justiça do Acre, por decisão da 2ª Vara da Infância e da Juventude da capital, a determinar, em fevereiro deste ano, que a Prefeitura ofertasse mais vagas em creches e pré-escolas, que hoje não atendem nem 20% da demanda da capital.
A decisão veio após ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), que recebeu uma série de denúncias de pais que não conseguiram matricular os filhos.
Em caso de descumprimento, a Educação Municipal está sujeita a multa de R$ 100 por cada criança. Os valores arrecadados serão destinados ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rio Branco.
A Coordenadora da Educação Infantil no município, Conceição Borges, garante que até o fim do ano, a demanda manifestada deve ser atendida por completo, com a construção de mais 10 creches e ampliação das outras existentes na rede. “Atualmente só atendemos a partir de dois anos. Com essas novas creches, vamos passar a atender de 0 a 3 anos. A previsão é até o final do ano”, afirma.
